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A SOCIALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE AGROTÓXICOS USADOS NAS LAVOURAS DE SOJA

Por:   •  17/12/2018  •  2.338 Palavras (10 Páginas)  •  355 Visualizações

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O processo educativo das questões ambientais não se resume a transmitir informações sobre o que fazer para melhorar o ambiente, mas é preciso investir na formação de pessoas que concretamente enfrentem a problemática ambiental e comprometam-se com as mudanças necessárias à qualidade de vida no ambiente de forma autônoma e responsável (JANKE e TOZONI-REIS, 2008).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) foram elaborados para nortear as metodologias de aplicação dos conteúdos programáticos na educação básica. Uma oportunidade de colocar em prática tais conteúdos é trabalhar com diferentes estratégias de ensino, proporcionando situações problemáticas reais e que busquem o conhecimento necessário para entendê-las e procurar solucioná-las (BRASIL, 2002).

Assim sendo, a educação contemporânea deve, compulsoriamente, buscar uma ciência contextualizada; que seja capaz de contribuir para uma aprendizagem significativa (AUSUBEL, 1982). E que, por conseguinte, garanta a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a construção de uma sociedade sustentável.

Para Munhoz (2004), a educação ambiental, EA, deve ser trabalhada, e é pela ação direta do professor na sala de aula e em atividades extracurriculares que isso poderá acontecer. Através de atividades como leitura, trabalhos, pesquisas e debates, os alunos poderão entender os problemas que afetam a comunidade onde vivem: instigados a refletir e criticar as ações de desrespeito à ecologia.

Os professores são a peça fundamental neste processo, pois buscarão desenvolver em seus alunos hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental e respeito à natureza transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país (COSTA et al., 2013). Nesse contexto, a inserção da EA vem ganhando espaços cada vez maiores nos sistemas de ensino.

A Lei 9.795/99, que estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental, colocando-a como uma obrigação legal e de responsabilidade de todos os setores da sociedade, da educação formal e informal. Assim, é de extrema importância o vínculo da EA com a realidade do sujeito, considerando então suas particularidades, a sazonalidade e o modo de vida (SILVA et al., 2004).

Outra vez se percebe como o aprendizado é significativo, quando a realidade dos alunos é estudada a partir dos temas escolhidos, sendo que estes devem reconhecer a importância da temática para si e para o grupo social a que pertencem (MARCONDES, 2008). Atitudes como socializar-comentar com os familiares e refletir sobre o uso intensivo de agrotóxicos nas lavouras maranhenses e suas implicações da utilização sem os cuidados necessários, são evidências da importância da temática para a formação desse jovem cidadão.

A formação de jovens multiplicadores (alunos secundaristas), atua como instrumento pedagógico do desenvolvimento, tanto local (aluno urbano), como pontual (aluno rural) de forma integrada e sustentável. É importante que se leve em consideração a riqueza de conhecimentos das experiências diárias desses alunos e de suas possibilidades como articuladores (POZZEBON, 2012).

METODOLOGIA

Este projeto de extensão, realizado nos meses de agosto e setembro de 2015, foi de cunho qualitativo e consistiu em socializar informações visando sensibilizar e conscientizar estudantes sobre o tema de nossa pesquisa.

As ações foram realizadas no Colégio Militar 2 de Julho, localizado no bairro da Vila Palmeira, em São Luís-Ma. A escola de ensino médio apresenta 15 turmas, sendo 5 turmas de primeiro ano, 6 de segundo ano e 4 de terceiro ano.

Nessa etapa inicial do projeto foram contemplados apenas os 130 alunos das cinco turmas do 1º Ano. Em outro momento serão estendidas as ações para as outras turmas (2º e 3º Ano, respectivamente). O motivo de não iniciarmos pelos alunos do últimos anos foi devido a prova do ENEM, o que ocorrerá somente nos meses de março, abril e maio de 2016.

O parceiro que disponibilizou as atividades na escola foi o diretor Oberdan Silva de Sá, formado em Química Industrial. Já o parceiro que facilitou as atividades na sala de aula, foi o professor de química Pedro de Jesus, formado em Química Licenciatura.

As ações foram divididas em três momentos:

i) uma reunião com os atores envolvidos (stakeholders), o diretor da escola, o professor da disciplina, o orientador do projeto e as duas bolsistas, visando planejar as atividades de socialização;

ii) uma palestra/turma com duração aproximada de 20 minutos e a utilização de dois vídeos educativos, um de âmbito nacional e outro local;

iii) um pequeno workshop, no auditório da escola, com as 5 turmas reunidas visando fazer um fechamento das ações realizadas em cada uma das turmas.

Cabe aqui ressaltar que antes da atividade em sala de aula, foi perguntado para os alunos de cada turma se eles conheciam o tema da palestra. Caso sim, que nos dissessem com uma nota de 0 a 10, qual o seu conhecimento sobre o tema.

Em seguida, foram realizadas as palestras informativas cujo título foi “Socialização de informações sobre agrotóxicos usados nas lavouras de soja no Maranhão”. Como visto, essa atividade incluiu dois vídeos ilustrativos visando dinamizar a referida ação, sensibilizando-os.

Também foi feita indicação de outros vídeos (disponibilizados na internet) para agregar conhecimento suficiente visando conscientizá-los sobre o problema, tornando-se multiplicadores. Sendo, portanto, capazes de desenvolver ações de replicação do tema em suas atividades cotidianas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS;

Essas atividades de extensão foram desenvolvidas no Colégio Militar 2 Julho, em uma ação conjunta entre os alunos das escolas, o professor da disciplina, o orientador do projeto e as duas bolsistas, ambas estudantes do curso de Química Licenciatura da Universidade Estadual do Maranhão, Uema.

A proposta foi socializar, primeiramente, informações sobre a química dos agrotóxicos, definição, classificação, formas de ação e, posteriormente, os problemas ambientais e de saúde decorrentes da utilização excessiva desses compostos (nocivos) nas lavouras de soja do Maranhão.

A clientela-alvo foram 130 alunos das cinco turmas do 1º ano do ensino médio. Já os articuladores foram as duas bolsistas, que já estudaram o assunto e fizeram visitas “in loco”, por meio de atividades

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