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INSTRUMENTALIDADE E COMPETÊNCIAS UTILIZADAS PELA ASSISTENTE SOCIAL NA FCEE

Por:   •  16/2/2018  •  2.336 Palavras (10 Páginas)  •  254 Visualizações

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públicas, que também são de direito desses usuários, que muitas vezes desconhecem a existência de benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Angélica descreve o seu exercício profissional: Participação em estudo de casos, reuniões gerais; Reuniões com profissionais de outras categorias que prestam atendimento ao público alvo; Reuniões com as famílias (verificação do motivo da recorrência das faltas); Reunião com as famílias em conjunto com a equipe técnica (devolutiva a família, solicitação de parceria - ampliar o tratamento a domicílio); Responde ao Ministério Público (em casos de acionamento da família para conseguir resposta da instituição ou denúncia do próprio Serviço Social em casos de vulnerabilidade social ou evasão dos atendimentos); Foca na tratativa com as famílias e com os usuários; Orientação às famílias - assuntos internos e externos (direitos); Mediações de conflito entre equipe técnica e família; Demanda espontânea trazida pela equipe técnica (diária); Orientação à Equipe técnica (a equipe procura o Serviço Social); Denuncias ao Conselho Tutelar e Ministério Público (casos que já foram articulados com a família, mas não teve resultado);

Encaminhamento para o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS I). Informa que também desempenha outras atribuições, como: Prestar assessoria escolar em conjunto com outros membros da equipe (Intuito de conhecer os Centros de Educação Infantil - CEI) e orientar os profissionais que prestam atendimento ao usuário); Elaborar a programação de sexta-feira, dia em que não há atendimento externo. Neste dia são realizados os estudos de caso, as visitas domiciliares, as assessorias escolares e as reuniões gerais; Elaboração do quadro de horário dos atendimentos dos usuários.

Questionamos a Assistente Social Angélica qual eram as dificuldades da categoria, e ela elencou algumas: As barreiras institucionais, pois a instituição tem os seus objetivos institucionais que muitas vezes não contemplam as demandas que chegam até o Serviço Social do CENER; O trabalho em rede, pois há uma dificuldade de acesso e de realizar parcerias com a rede do município; A intersetorialidade com CRAS e CREAS, devido a morosidade de respostas as demandas encaminhadas; A articulação com o Conselho Tutelar, devido a demanda reprimida; Dialogar com os promotores; O trabalho de prevenção, justamente por isso não ser uma estratégia/ uma política adotada no Brasil.

A Assistente Social afirma que mesmo em meio as dificuldades do dia-a-dia, ela busca concretizar os seus objetivos profissionais que concentra-se nos direitos dos usuários e familiares, orientando e encaminhando-os a ampliar os seus direitos através da políticas públicas.

Angélica fala com orgulho que possui o respeito de toda a equipe multidisciplinar, bem como, das famílias que atende, e afirma que esse respeito pela classe profissional e pelo Serviço Social oferecido pela instituição se consolidou a partir de muita luta. Um exemplo real disso são as atribuições que deixaram de ser realizadas pela Assistente Social, por não serem da sua competência, são elas: Ligar para as famílias dos usuários desmarcando os atendimentos dos terapeutas que por algum motivo de doença ou pessoal, não possam realizar os atendimentos agendados; Resolver conflitos internos entre os servidores e a coordenação; Observar e controlar a assiduidade e o registro do ponto dos servidores.

A Assistente Social relata quais são os instrumentos técnico-operativos que utiliza no seu dia-a-dia, são eles: Acolhimento e orientação ás famílias; Visita Domiciliar, que ocorre somente após o agendamento prévio com a família do usuário; Relatórios sociais realizados após as visitas domiciliares, após os estudos de caso; Visitas institucionais ao CREAS, FÓRUM, que ocorre com pouca frequência; Registro diário de todos os atendimentos – arquivo no Excel com senha exclusiva do Serviço Social; Parecer Social; Relatório Social Individual; Observação; Reuniões.

ANÁLISE REFLEXIVA COM BASE NA BIBLIOGRAFIA ESTUDADA

Os instrumentais são utilizados no cotidiano da pratica profissional, onde o assistente social necessita das bases, ético-político, teórico-metodológico e técnico - operativo para o seu exercício profissional. A dimensão ético-político propõe que o assistente social não assuma uma posição neutra, devendo se posicionar politicamente diante da realidade, para então planejar a sua intervenção, e assim ter o discernimento de qual direção seguira. O conhecimento do código de ética profissional é fundamental para tal atuação. Devendo o profissional qualificar-se para ter o olhar critico sobre a realidade social, conhecendo seu campo de atuação. Para isso, é necessário a competência teórico - metodológico, que permite o conhecimento da realidade e das demandas dos usuários, com embasamentos teóricos, podendo assim enxergar a dinâmica da sociedade para além do senso comum.

A intervenção profissional dos assistentes sociais está permeada por desafios, mas dispõe do instrumental técnico - operativo para auxiliar na compreensão da realidade, como por exemplo, as Visitas Domiciliares e Institucionais, as Entrevistas, os Relatórios, Pareceres Sociais, e a Observação Social, dentre outros. Sendo esses instrumentos necessários para a intervenção do assistente social, e também no enfrentamento das demandas posta ao profissional. Neste estudo estaremos nos preocupando com a dimensão técnico-operacional e desta forma destacaremos a atuação da assistente social do Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi (CENER).

A Assistente Social Angélica desempenha as seguintes ações profissionais: Reuniões com familiares, com familiares e alguns integrantes da equipe multidisciplinar, ou somente com a equipe técnica; Orientações as famílias dos usuários - direitos - assuntos relacionados a instituição ou fora dela, com o objetivo da ampliação de direitos; Orientação a própria equipe técnica, que muitas vezes procura o serviço social para esclarecer dúvidas; Articulação Mediadora de conflitos entre familiares e a equipe técnica.

Os textos trabalhados em sala trazem como tema a configuração da ação profissional e com isso o projeto ético político da profissão, estando este cada vez mais difícil de se alcançar devido, as novas condições impostas nas formas de relações sociais. E com base que, o objetivo da profissão é a Questão social, atuando diretamente nas suas expressões, consideramos o desafio longo e de muita luta.

Foi possível perceber que a profissional contorna vários limites institucionais para fazer valer de sua ética

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