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GESTÃO SOCIAL E O ASSISTENTE SOCIAL COMO GESTOR

Por:   •  14/11/2018  •  1.294 Palavras (6 Páginas)  •  560 Visualizações

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Segundo Nogueira, 2005 (p.145), a gestão participativa visa modificar a articulação entre governantes e governados. O gestor governamental relaciona-se com o cidadão de modo não só amigável, mas também interativo, superando distâncias, atritos e unilateralidades. Sua função é trazer o cidadão para órbita do governo da comunidade e envolvê-lo nos assuntos governamentais.

Diante desta forma de gestão participativa, é possível observar que o cidadão como portador de direitos e deveres, deve estar inserido nos processos de decisão das políticas públicas a quem ele mesmo deve ser atendido. Mas apesar de haver uma luta constante, e o empenho de muitos profissionais da área em defesa desta questão, ainda é surpresa encontrar na sociedade atual, a destruição dos direitos humanos e o crescente aumento da pobreza e desigualdade social.

Gestão democrática, de fato, é uma forma de gerir uma instituição, de maneira que possibilite a participação, transparência e democracia, assim deve produzir resultados diante das demandas que se formam na sociedade, e que se aprofundam a cada dia no cotidiano do profissional, que precisa estar munido de competências teóricas e metodológicas para gerir esse processo. Por isso essa gestão tende a impulsionar a participação popular e incluir os sujeitos nos processos de gestão da política social, de forma a integrá-los nos processos de tomada de decisões, e ampliar o poder de pressão sobre as reivindicações que se pretende incluir nas arenas decisórias políticas.

É preciso democratizar informações contidas num planejamento, para que nos processos de decisão os cidadãos possam opinar sobre as questões de suas necessidades, priorizando a sua qualidade de vida e assim os profissionais devem atuar utilizando instrumentos acessíveis para a participação da população.

A descentralização político-administrativa das políticas públicas para os municípios, prevista pela Constituição Federal de 1988, atribuiu uma nova dimensão ao trabalho do assistente social. Os espaços sócio-ocupacionais aumentaram consideravelmente em virtude das responsabilidades que cabem aos municípios de prestar serviços à população usuária. É neste âmbito que o assistente social passa a desempenhar papel fundamental no desenvolvimento e operacionalização das políticas sociais (BENEVIDES & LIMA, 2015).

A atual conjuntura requer um profissional que saiba planejar, avaliar, implantar e executar serviços oriundos das políticas sociais. Que se evidencie na elaboração de planos, programas e projetos sociais, assim como, habilidade de elaborar, implementar, organizar, administrar, pesquisar, encaminhar, coordenar e assessorar (LEWGOY, 2010, P.198).

Diante desta nova exigência é necessário que o profissional seja qualificado na execução, gestão e formulação de politicas sociais públicas, que possua uma postura crítica, criativa e propositiva, ou seja, um profissional que corresponda com as ações qualificadas que irão detectar tendências e possibilidades que alavancarão novas ações, projetos e funções, rompendo assim com atividades rotineiras e burocráticas (SARMENTO, 1999, p.100).

Gerenciar ações sociais públicas iguala-se a gerir a necessidades dos usuários, as políticas sociais, os programas sociais e os projetos que são os meios por onde serão transportadas as respostas as demandas dos cidadãos. O assistente social gestor terá como meta utilizar princípios do projeto ético politico profissional e as diretrizes curriculares como norte (BORGATO, et al, 2008).

Para isso é necessário que o assistente social faça uso de instrumentos de trabalho, tais como; entrevista, análises social, relatórios, levantamento de recursos, encaminhamentos, visitas domiciliares, dinâmicas de grupo, pareceres sociais, contatos institucionais, entre outros. Ele se torna o responsável por analisar a realidade social e institucional, e intervir com vistas a melhorar as condições de vida do usuário. Para utilização correta destes instrumentos se faz necessário uma continua capacitação profissional que aprimore seus conhecimentos e habilidades nas diversas áreas de atuação (BORGATO, et al, 2008).

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