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Fundamentos Sociais

Por:   •  20/12/2017  •  1.640 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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A razão dialética tem como fundamento o ser social, tendo a apreensão da processualidade da realidade concreta. Já na razão analítica falta essa apreensão da processualidade presente em qualquer realidade.

b) Anti-totalidade: Se dá perante a divisão da vida social, por meio do processo distinção entre os indivíduos e na determinação do fim das metanarrativas. Não existe um sistema total a ser entendido e mudado, não há uma totalidade no interior da qual podemos entender nossas localidades, é uma fragmentação sem rumo. A categoria de totalidade fica numa condição de inutilidade.

Os pós-modernistas, afirmam que não podemos aspirar a nenhuma representação unificada do mundo, nem retratá-lo como uma totalidade cheia, atribuem ao mundo atual um estado pós-moderno de fragmentação constituindo assim a descrença diante das metanarrativas.

O ceticismo teórico e prático vindo das idéias pós-modernas é assustador. É um canto ao irracionalismo e ao capitalismo, um afastamento do sujeito, um verdadeiro anti-humanismo por ver na ação humana a submissão aos mecanismos de controle da estrutura sócio-econômica do capital. Visto que esses pensadores tenham falado da morte do marxismo e o fim da história. Com essa crítica a Marx, poderíamos afirmar que o comunismo ronda os pós-modernos. A própria teoria marxista é o antídoto ao ceticismo pós-moderno.

A crítica pós-moderna à noção de universalidade nega as diferenças e as particularidades dos grupos sociais da humanidade.

c) Anti-história: Há uma redução do vivido, o presente é o que se vive, o passado perde sua significação, sem preocupação com o real abandonando a continuidade e relação com o tempo. Havendo a desvalorização do tempo, ocorre a valorização do espaço. Se existe uma história, ela é aleatória, sem qualquer relação causal entre um momento e outro. Ela é mutável, múltipla e aberta. O entendimento sobre o espaço e o tempo traduz a aceleração do tempo de giro do capital e mediante a qual os novos perfis de vida associados com os modos do pós-modernismo. As seqüelas desse processo vão ser inconstantes e passageiros das coisas em âmbitos gerais, com regressão nos estilos de vida, valores, relações sociais, afins. Cabendo ao pós-moderno comandar essas novas mudanças.

d) Anti-ontologia: Resulta do processo de significação e representatividade do real mostrando a correlação entre aparência e essência, centralização e da hipertextualidade.

É, sem dúvida, caracterizado pela avalanche recente de inovações tecnológicas, pela subversão dos meios de comunicação e da informática, com a crescente influência do universo virtual, e pelo desmedido apelo consumista que seduz o homem pós-moderno

O pós-moderno ao tentar desfazer a perspectiva ontológica da vida social se ergue no dever de contrapor os elementos base dessa, a realidade objetiva.

O quadro pós-moderno associa-se ao contexto dessa avalanche informacional, com inúmeras inovações tecnológicas pela subversão dos meios de comunicação e da hegemonia da informática. Vivendo em uma sociedade norteada pela informatização, habitada em um universo imagético, repleto de signos e ícones, privilegiados em detrimento dos objetos; a simulação substitui a realidade, e elege-se o hiper-realismo.E que pretende transpor para o universo das imagens uma realidade ilusória, falsa, entra em choque o real e ficção. Esta técnica pode, facilmente, driblar a vigilância tanto de quem transmite a mensagem, quanto de quem recebe que perde, assim, o domínio sobre ela. Este é o universo da espetacularização do noticiário, o qual é, muitas vezes, distorcido em benefício do show protagonizado pela mídia.

O simulacro repassa o mundo como uma atração, embelezando, aumentando as cores, ficando acima da realidade, já que se torna mais chamativo que a própria realidade.

Então, o mundo a luz dos pós-modernos consolida-se em signo, linguagem, simulacro e espetáculo.

A realidade objetiva não é desmaterializa, havendo um mundo capitalista arenoso e injusto. Representações ilusórias, fantasmas que manipulam e aprisionam a vida social, financiadas por capitalistas, a humanidade é induzida para que sua escolha recaia sempre no consumismo.

A comunicação, a informação e a linguagem ganham centralidade no mundo pós-moderno. O conhecimento e os saberes se relativizam perante um quadro diferente e confuso de signos.

e) Anti-método: Baseado no ecletismo, relativismo, na transgressão metodológica e na prática do próprio anarquismo metodológico.

O discurso pós-moderno faz parecer constrangedor qualquer tipo de ortodoxia, vez que ironicamente advogam que “qualquer tradição” aparentemente tem a sua validade. Para os pós-modernistas na “era da informação” é impossível impor uma forma de reorganização cultural baseada em quaisquer ortodoxias modernistas e em qualquer tentativa de totalização – classificada por eles como totalitarismo. Desse modo, declaram o fim das metanarrativas.

Todos os discursos são igualmente produto de práticas características e, dessa forma, não pode ter uma leitura diferenciada de nenhum deles ou de prática cultural, nem do significado universal ou da veracidade deles.

Alguns autores do pós-modernismo dizem que do mesmo jeito que não existe uma teoria social que venha ligar todos os fragmentos da vida social e que tenha como seguir alguma direção ou sentido comum para o mundo, e como também, não é possível que apenas um método mostre um caminho metodológico.

Nessa medida, é possível apontar que o conhecimento pós-moderno é relativamente “imetodológico” (NETTO, 2010).

Segundo Kuhn (2003) essa noção de paradigmas se aplica às ciências paradigmáticas, àquelas que compartilham de um mesmo paradigma e isto não se aplica as ciências sociais.

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