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A EPIDEMIA DA DENGUE

Por:   •  9/4/2018  •  3.003 Palavras (13 Páginas)  •  319 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO:

Para realizar o estudo de caso é preciso conhecer o aluno: quantos anos ele tem? Como ele percebe a escola que estuda? De qual professor gosta mais e por quê? Qual professor gosta menos e por quê? Em que horário faz as atividades em casa e como? No quarto? Em cima de uma mesa? com a televisão ligada? Sozinho? Alguém ajuda? Antes de dormir? Que horário?

A necessidade pelo estudo de caso surge do desejo de se compreender o porquê do aluno não conseguir aprender. Saber se essas dificuldades de aprendizagem são resultados de problemas sociais, sócio-afectivos e deficiências mentais ou outras. Há situações que à primeira vista podem parecer teima falta de vontade do aluno. É necessário estar atento para que estas situações sejam observadas constantemente para não ficar dúvidas, pois os problemas de aprendizagem podem trazer transtornos e obstáculos para o desenvolvimento do individuo. Um dos principais motivos que levam os pais a procurarem ajuda psicológica para seus filhos são problemas de dificuldades de aprendizagem escolar. Varia de mau aproveitamento na escola a problemas comportamentais, inclusive adaptação na escola. Podem ser problemas neurológicos como: déficit de atenção, imaturidade, inflexibilidade, dificuldade na organização mental, distração, falta de aptidão, impulsivo, hiperativo, retardo mental, dificuldades de amarrar o cadarço no tênis, abotoar roupas, ir sozinho ao banheiro, guardar objetos, organizar o material escolar e outros problemas que demonstram mal funcionamento do sistema nervoso central. Mas, é importante observar que nem todos os problemas que atrapalha a aprendizagem do aluno são neurológicos.

Pelegrini e Golfeto (2000) apresenta uma classificação para as dificuldades de aprendizagem: a) desordens escolares; b) baixo potencial intelectual da criança; c) personalidade, ainda em evolução, associado a um conflito psíquico; d) razões sociais como: falta de continuidade de ensino, as mudanças de escola, a troca de professores e salas muito cheias; e) e outros distúrbios como: desatenção, e dificuldade de conduta.

2.DESENVOLVIMENTO

Participaram deste estudo de caso duas crianças, uma do sexo feminino (que chamaremos aqui de Márcia) e um do sexo masculino (que chamaremos de Carlos), que possuem dificuldades de aprendizagem, com queixa de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), alunos do 6° ano, da Escola Estadual Divina Olímpio Miranda, três de seus professores, suas mães, a diretora da escola e a coordenadora pedagógica.

Foi observado o desenvolvimento dos alunos durante as atividades na escola e entrevista com as mães, professores e a coordenadora pedagógica. Obsevado o contexto social de cada um dos alunos: o nível socioeconômico da comunidade em que eles moram e das famílias; se mora com o pai e a mãe; se têm irmãos (quantos); as relações familiares; qual o nível educativo dos amigos fora da escola; se têm acompanhamento e apoio das famílias para as atividades escolares. Observado a característica da personalidade do aluno e da aluno como: falta de atenção, desinteresse, rejeita tarefas, se são inseguros, teimosos, agressivos e indisciplinados. E observado a psicomotricidade dos alunos em relação à leitura, escrita e nas atividade físicas (se reclamam de cansaço, lateralidades e noção de espaço).

Durante as atividades em classe foram escolhidas, propositadamente, atividades voltadas à leitura e escrita, que foram trabalhadas em grupos, porque a maioria das críticas foram em relação à leitura, à escrita e comportamentais.

Nas entrevistas com os professores, duas têm uma visão muito negativa em relação a esses dois alunos. Palavras como: esses dois não tem jeito, não fazem nenhuma tarefa, não conseguem ler nem escrever direito, não conseguem fazer as tarefas, só bagunça durante todo o tempo, è praticamente impossível desenvolver atividades em grupos, com a classe, porque esses dois não permitem, são insuportáveis, brigam com todos os outros alunos, só fazem as tarefas quando querem, são crianças apáticas. Essas duas professoras são unânimes ao dizer que esses dois alunos já deveriam a muito tempo terem sido encaminhado para tratamento psicológico ou psiquiátrico. Já o professor têm opiniões diferentes, relatou ele que, são crianças difíceis, mas, quando querem fazem as atividades e fazem mais depressa que os demais alunos, às vezes erram por fazer muito rápido, porque são ansiosos, são crianças de personalidades fortes, são espertas, difíceis de lidar, mas, com paciência elas aprendem. Relatou, este professor, que nas avaliações de sua matéria eles sempre tiraram boas notas, diferente das outras duas professoras que disseram que eles nem mesmo conseguiam fazer as avaliações. O professor também tem opinião diferente quanto a encaminhamento desses dois alunos para tratamento fora da escola, segundo ele não é o caso. A coordenadora pedagógica, também, disse que já cansou de ouvir reclamações desses dois alunos e acha que é sim o caso de encaminhar para tratamento psicológico. Já a diretora, apesar de dizer que já está com as orelhas ardendo de tanto ouvir reclamações, por causa desses dois, pensa que não é o caso para encaminhamento, disse ela que devemos insistir mais com eles que eles irão mudar, segundo ela é má influência de pessoas de fora da escola.

Em entrevista com as mães, elas disseram que o comportamento de seus filhos também lhes têm trazido muitas preocupações. A mãe do Carlos desconfia que ele esteja se envolvendo com drogas, disse que não dava conta de educar mais o seu filho, pois, o mesmo já não mais ouvia ela nem o padastro e o pai vive bêbado e drogado, nunca participou na educação de seu filho. A mãe da Márcia disse que, a garota era filha de pai desconhecido, segundo ela, nunca teve a certeza de quem é o pai, e a garota passa a maior parte do tempo com garotos, que conforme palavras da mãe, "vivem malocados". A garota relatou a uma de suas professoras que é sexualmente ativa desde os oito anos de idade.

Foram registradas todas as observações, entrevistas e conversas informais e feito um documento, por tratar-se de informações, especiais, de pessoa física.

3.JUSTIFICATIVA

Os motivos pela decisão para este estudo de caso, foram o fato desses dois alunos não conseguirem aprender, praticamente nada, de matemática e as reclamações dos docentes, e dos outros alunos, não só da mesma classe, mas, de toda a escola sobre as bagunças desses dois alunos, e, conforme relato dos professores, “não aprendem ou

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