Seminario tematico
Por: Hugo.bassi • 1/11/2018 • 2.639 Palavras (11 Páginas) • 311 Visualizações
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quando se fala em estágio curricular, estamos a proferir um procedimento didático-pedagógico caracterizado por fazer parte da grade curricular de um curso, por exigir a elaboração de um contrato de Termo de Compromisso entre universidade/empresa/aluno e por ter uma supervisão e orientação de um professor e também de um tutor da instituição onde se realiza o estágio.
A partir desse estágio, o indivíduo passa a colocar em prática as teorias aprendidas durante o seu curso, podendo agora trabalhar os conteúdos ministrados no seu curso de forma direta com seus próprios alunos (no caso o estagiário da rede de ensino). Assim, devemos entender o estágio como uma forma do aluno se qualificar profissionalmente. Crescendo de forma social, profissional juntamente com a instituição de ensino.
O estágio curricular na maioria das vezes no contexto dos cursos de licenciatura é visto como espaço prático de atuação negligenciando-se a perspectiva teórica inserida neste movimento. É necessário considerarmos que esse é o período de experimentação dos futuros educadores quanto as ações educativas, etapa na qual os estudantes precisam articular as 4 diferentes aprendizagens, advindas de diferentes campos do conhecimento compreendendo que intervenções pedagógicas são resultantes das negociações teórico-práticas. Não há possibilidade de atender uma turma de alunos, de desenvolver conteúdos, de construir conhecimentos sem o estabelecimento permanente de diálogo entre a teoria e a prática.
Percebemos que a sala de aula é o espaço do inédito, do diverso e que ser professor compreende capacidades as quais um curso inicial de formação não é capaz de sustentar. Entendemos que é necessário um permanente investimento em pesquisa, em reflexão, em aprofundamento teórico que possa instaurar novas indagações sobre todas as relações que perpassam o ser e o estar em sala de aula como professor. Compreendemos que efetivamente é muito difícil estar totalmente preparada para o ser e o fazer docente. Estar com pessoas, fomentar o desenvolvimento dos sujeitos, compreende uma dinâmica humana que pouco pode ser capturada, por isso a necessidade do contínuo movimento investigativo que guarda a possibilidade de tornar o ensinar e o aprender processos viáveis, eficientes, e também criativos e prazerosos a todos os sujeitos escolares.
Mesmo que ao planejar estejamos imbuídos de comprometimento, mesmo que possamos dispor de bons e recomendados referenciais teórico práticos, o que se desenrola no interior da sala de aula, é ímpar e pouco previsível. Conforme nos aponta Pimenta (2008), essa realidade encerra a própria natureza do trabalho docente, por essa razão, a autora defende que os cursos de Licenciatura devem proporcionar aos futuros docentes o acesso a conhecimentos que os preparem para o enfrentamento das problemáticas que o ensinar como prática social lhes apresenta. Para tanto, Pimenta (2008) enfatiza as contribuições do campo da didática como importantes para difundir a premissa de que a identidade docente é construída cotidianamente a partir do permanentemente questionamento e investigação da prática pedagógica.
O estágio possibilita a continuidade das reflexões sobre a docência, sobre formação de professores e sobre a identidade docente. É no cotidiano da experiência desta docência inicial que podemos compreender melhor que a construção das identidades docentes constituem um processo intenso no qual são mobilizados diferentes conhecimentos. Conhecimentos e saberes que advém de múltiplas fontes, de vivências que perpassam a socialização na família, o processo de escolarização, os saberes acumulados no processo de formação profissional, até os saberes construídos em contato com as escolas, currículos e programas educacionais (Tardif, 2002). São esses múltiplos saberes que internalizados e negociados pelos educadores acabam se refletindo na ação docente cotidiana. Nessa direção, reside a importância de estimularmos o contínuo processo de reflexão sobre o ser e o fazer docente; não somos professores, vamos nos fazendo professores no processo de atuação profissional. Assim é que os professores supervisores de estágio também podem a partir das experiências de sua atuação junto aos estagiários refletir sobre a formação dos licenciando contribuindo para novas abordagens curriculares nos cursos de formação de professores.
2.2 A MEDIAÇÃO DA LEITURA
O processo de leitura é desenvolvido no aluno desde o seu primeiro contato com a instituição de ensino (começando na pré-escola), essa leitura é feita a partir de livros infantis com ilustrações, aonde é mostrado aos alunos figuras e letras que correspondem ao nome dessas gravuras. Com o avançar do ensino, o professor vai levando novos textos e meios do seu aluno ter o contado com o mundo da leitura, o professor usa os recursos que tem, principalmente o livro didático, nesse caso o direcionado as crianças do ensino fundamental menor, que é um material rico em textos, para o desenvolvimento de leitura dos seus alunos, o autor Amaral (2010)[2] vem a dizer que
Como mediador, cabe ao professor a tarefa de ajudar seus alunos a dominarem estratégias de leitura que lhes sejam úteis nos atos de interpretação textual. Essas estratégias são ações procedimentais estreitamente vinculadas aos conhecimentos prévios dos estudantes, as quais precisam ser abordadas em sala de aula. (2010, p. 71)
O papel de formação que o professor irá mediar aos seus alunos, irá prepará-los para a vida na sociedade. Trabalhando com o livro didático, esse preparo é reforçado, pois o conteúdo apresentado no livro, traz aos alunos realidades em formas de palavras, aonde esses alunos irão associar essas palavras com o seu cotidiano, trabalhando o novo conteúdo com fatos que já conhecem, os alunos tem uma maior facilidade de interpretação, compreensão do que vem sendo trabalhado nas escolas. Uma das formas do professor ajudar o aluno no seu processo de leitura, é exatamente trabalhar o que ele já conhece, com o que ele deduz conhecer e o que ele deve conhecer, essa estratégia faz o aluno associar mais rapidamente palavras-chaves durante sua leitura, fazendo o aluno sentir o desejo de conhecer mais sobre o que ele está aprendendo.
Outro ponto importante na mediação do conhecimento da leitura, é a investigação do material didático a ser usado, sabemos que o livro é o grande ajudante do professor e das escolas nessas tarefas, mas infelizmente muitos desses livros têm uma qualidade duvidosa, fazendo com que o trabalho de mediação do conhecimento ao leitor seja um pouco mais complicado. Para ser eficazmente realizado
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