RESENHA DO TEXTO: ESTÁGIO E DOCÊNCIA: DIFERENTES CONCEPÇÕES
Por: Salezio.Francisco • 12/4/2018 • 1.342 Palavras (6 Páginas) • 3.214 Visualizações
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Considera-se que, o estágio também pode ser técnico no sentido de que é necessário a utilização de técnicas para desenvolver habilidades que o possibilite exercer e executar as atividades práticas em sala de aula, no entanto nem sempre essas técnicas e habilidades serão capazes de solucionar inúmeros problemas complexos que surgirão no âmbito de sua profissão, tendo o professor em muitos momentos que ser prático em sua ação pedagógica. Frente a esse embate, pode-se dizer que o estágio é um momento de aprendizado que se pode efetivar técnicas para se obter grandes habilidades.
Portanto, a habilidade que o professor deve desenvolver é a de saber lançar mão adequadamente das técnicas conforme as diversas e diferentes situações em que o ensino ocorre, o que necessariamente implica a criação de novas técnicas e habilidades e para isso é preciso reflexão crítica sobre aquilo que se faz e conhecimento teórico-prático.
A profissão docente é uma prática social, ou seja, como tantas outras, é uma forma de se intervir na realidade social, no caso, por meio da educação que ocorre, não só, mas essencialmente nas instituições de ensino. Neste contexto é de suma importância que o professor tenha consciência da responsabilidade de sua ação pedagógica frente a educação. Sendo assim,
O papel das teorias é iluminar e oferecer instrumentos e esquemas para análise e investigação que permitem questionar as práticas institucionalizadas e as ações dos sujeitos e, ao mesmo tempo, colocar elas próprias em questionamento, uma vez que as teorias são explicáveis sempre provisórias da realidade (PIMENTA; LIMA, 2004, p. 43).
Todavia observa se não ser suficiente apenas um embasamento teórico, embora esses nos levem a questionamentos e reflexos importantes, faz se necessário a busca constante pela prática, ao qual nos leva ao aperfeiçoamento de nossa ação pedagógica, tão importante no cotidiano da sala de aula.
(...) é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática (Freire, 2011, p. 40).
É por isso que se torna tão importante a formação permanente e continuada dos professores.
Vale salientar que o estágio nos aproxima da realidade da profissão e da sala de aula, o convívio com os alunos e suas realidades, tão quanto da comunidade ao qual a escola está inserida, já nos dá uma dimensão do que iremos enfrentar no âmbito de nossa profissão. Diante dessa realidade observamos seus comportamentos e questionamentos e indagamos suas experiências, com a finalidade de orientar e aperfeiçoar nossa prática pedagógica. Nesse sentido, o estágio atividade curricular é atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade, este sim objeto da práxis. Ou seja, é no trabalho docente do contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis se dá.
Cabe ainda ressaltar que o estágio pode e deve ser um campo de pesquisa e investigação uma vez que ao ingressar no estágio iremos nos deparar com situações e problemas que irão nos incomodar e diante desses iremos articular meios de soluciona lós, podendo permear todas as disciplinas
Nessa perspectiva, os cursos de formação, por meio do estágio, devem valorizar as atividades que desenvolvem capacidades, habilidades, reflexão, pesquisa, investigação e análises críticas dos contextos educativos.
Por fim, o estágio assim realizado permite que se traga a contribuição de pesquisas e o desenvolvimento das habilidades de pesquisar, conclui se então que, o estágio destaca se como via fundamental para compreender a complexidade das práticas e das ações pedagógicas na formação docente.
REFERENCIAS
HENGEMUHLE, Adelar Gestão de ensino e práticas pedagógicas.6.ed.Petrópolis, RJ: Vozes,2010.
LUCK, Heloísa. Gestão educacional: uma questão paradigmática. 8.ed.Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
OLIVEIRA, E.S.G.; CUNHA, V.L. O estágio Supervisionado na formação continuada docente à distância: desafios a vencer e Construção de novas subjetividades. Revista de Educación a Distancia. Ano V, n. 14, 2006.
FREIRE, Paulo Educação e mudança. 12º edição, ed. Paz e Terra, 2011.
Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
http://hptre.blogspot.com.br/2013/06/biografia-de-selma-garrido-pimenta.
https://www.revistas.ufg.br/biografia-de-maria-socorro-lucena-lima.
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