PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL II

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- Tendência Liberal Tecnicista

À escola tecnicista cabe o processo de prover o aluno de habilidades, atitudes e conhecimentos específicos para atendes as necessidades do modo de produção capitalista. A partir da década de 1970 o tecnicismo foi amplamente difundido no Brasil. Os Institutos Federais (antigas escolas técnicas) são os grandes expoentes desta corrente. A recente e contestada reforma do ensino médio tende a ampliar este viés tecnicista.

- Tendência Pedagógicas Progressistas

A pedagogia progressista, também chamada de critico-emancipatória propõe uma ação pedagógica para formar indivíduos na e pela práxis, com forte sentido de transformação da realidade socioistórica, que toma o conhecimento em sua ligação com a vida social” (Franco, 2003)

- Tendência Pedagógica Progressista Libertadora

A pedagogia libertadora de Paulo Freire foi proposta para a alfabetização de adultos. O objetivo da educação libertadora é levar o aluno a atingir um nível de consciência da realidade social em que está inserido visando sua transformação. A dialogicidade caracteriza o método de ensino.

- Tendência Pedagógica Progressista Libertária

- O propósito da escola libertária e o antiautoritarismo e a autogestão. A aprendizagem ocorre na participação grupal, em assembleias e reuniões. A grande contribuição da pedagogia libertária está na construção da autonomia do educando.

- Tendência Pedagógica Crítico-Social dos Conteúdos

A função da escola nesta tendência progressista é primar por conteúdos ligados a realidade social do aluno.

Ainda, de acordo com Libâneo (1985, pag.11) “a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade”.

A escola crítico-social procura a democratização do conhecimento e da aprendizagem proporcionado aos menos favorecidos socialmente acesso aos mesmos conteúdos ministrados às camadas privilegiadas da sociedade. E o inverso também deve ocorrer porque os professores são formados, em princípio, para atender todas as camadas da sociedade. Portanto devem levar aos alunos mais favorecidos conhecimento sobre as condições sócio-econômicas das classes que os precedem na pirâmide social. Porque “a escola é parte integrante do todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da sociedade” Libâneo (1985, pag.32)

Conclusão

Libâneo (1985) considera que provavelmente a maioria dos professores em atividade baseia sua prática em prescrições pedagógicas que viraram senso comum. Bauman (2015) também fala que em situações de escolha a grande maioria se manterá indiferente, indecisa quanto a uma ou outra escolha e seguirá as linhas de menor resistência e optará por acompanhar a maioria.

Portanto, conhecer as tendências pedagógicas e todo o arcabouço teórico que as sustentam é de vital importância para a formação dos educadores. Sempre que os professores selecionam os conteúdos, definem técnicas de ensino e de avaliação devem estar conscientes e convictos do pressupostos teórico-metodológico adotado. E como alertou Seneca: “não existe vento favorável a quem não sabe onde deseja ir”.

Bibliografia

BITTENCOURT, Renato Nunes. Entrevista – Zygmunt Bauman: A Aflição de Uma Vida Líquida. Filosofia Ciência e Vida. Maio 2015

FRANCO, Maria Amélia Santoro. Pedagogia Como Ciência da Educação. Campinas, Papirus, 2003. Resenha de: PARREIRA, Lelis Dias. Cadernos de Pesquisa, vol. 37 nº 131, São Paulo, Mai/Ago. 2007.

GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

GALLO, Silvio. Anarquismo e filosofia da educação. s.d. In: http://www.suigeneris.pro.br/edvariedade_anarquismo.htm Consultado em 26/08/2006.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: Pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo, Loyola, 1985.