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EDUCAÇÃO NA IDADE MEDIA

Por:   •  12/7/2018  •  5.925 Palavras (24 Páginas)  •  258 Visualizações

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É válido ressaltar que até o Concílio de Nicéia, não se conhecia Jesus Cristo como divindade realizadora de milagres, más como profeta de caráter humano, e grande lider de sua época.

Com a escolha de novos textos, e o fortalecimento da religião, a Igreja, inicia uma formação de pastores, agora denominados de padres e Abades, que serviriam como educadores principalmente daquelas crianças que anteriormente eram abandonadas ou vendidas por suas famílias.

Enquanto na tradição patrística, com referência a Santo Agostinho, predominou o Credo ut intelligem – a fé em busca da razão no período áureo da Escolástica, a razão fundamenta-se na fé de uma criação racional operada pelo Criador Divino. Assim, a síntese filosófica do medievo é a tentativa de constituição da metafísica como ciência ou, em outros termos da pressença de Deus na Natureza, nos seus mistérios cósmicos e fenomenológicos. Na filosofia medieval o conhecimento das coisas estava relacionado em como se dá ou não o conhecimento de Deus.

Durante a baixa Idade Média o crescimento populacional atingia uma alta demanda, e os pais, por não terem condições de cuidar de seus filhos abandonavam algumas crianças a própria sorte, ou ainda eram vendidas como escravos, ou mesmo aos prostibulos (tanto meninas como meninos). Assim os mosteiros passam a ter um papel importante na reconciliação desta criança com o mundo aceitando-as e formando-as para atingirem um papel civil na sociedade.

O melhor desenvolvimento dos textos neste período da história ocorre com a presença de Santo Agostinho, que já era professor aos dezoito anos de idade em 372 d.C. . Santo Agostinho descreve o chamado neoplatonismo e é tido como doutor da Igreja, e grande mestre altamente seguidor da visão divina, determinando a natureza de Deus como poder racional infinito, espirito, pessoa, consciência, sendo ainda Deus ser, saber e amor.

Santo Agostinho descreve vários textos e livros importantes da época como a Cidade de Deus, e a Imortalidade da Alma, textos que viriam a representar o desejo divino referente a formação do ser humano. É válido ressaltar que mesmo temente a Deus, Santo Agostinho tinha uma grande fraqueza com o desejo da carne, e a gula.

Para Santo Agostinho, a felicidade do homem está no reencontro com seu criador, Deus. No livro X de As Confissões, a relação entre Deus e o homem ocorre em termos da memória do esquecimento: memória e esquecimentos humanos de si e de Deus, bem como memória e esquecimento divinos quanto ao homem. Tal conceito revela elementos do pensamento antigo e das escolas helenísticas mas inova pela reflexão de cunho teocêntrico.

A Cidade de Deus representa, talvez, o maior monumento da antigüidade cristã e, certamente, a obra prima de Agostinho. Nesta obra é contida a metafísica original do cristianismo, que é uma visão orgânica e inteligível da história humana. O conceito de criação é indispensável para o conceito de providência, que é o governo divino do mundo; este conceito de providência é, por sua vez, necessário, a fim de que a história seja suscetível de racionalidade. O conceito de providência era impossível no pensamento clássico, por causa do dualismo metafísico. Entretanto, para entender o plano da história, é necessário compreender o mistério da Redenção, graças aos quais é explicado o enigma da existência do mal no mundo e a sua função. Cristo tornara-se o centro sobrenatural da história: o seu reino, a cidade de Deus, é representada pelo povo de Israel antes da sua vinda sobre a terra, e pela Igreja depois de seu advento. Contra este cidade se ergue a cidade terrena, mundana, satânica, que será absolutamente separada e eternamente punida nos fins dos tempos.

Já o projeto franciscano representou uma importante transformação das relações entre comunidades religiosas e a sociedade, pois acabou por romper o isolamento, trazendo o espírito missionáriopara mais próximo da crescente dinâmica urbana do século XIII.

- CIÊNCIA E ALQUIMIA

O desenvolvimento da Educação na Idade Média, após ter sido apoiada pela figura da Igreja, bem como de seu grande primeiro mestre Santo Agostinho, tinha que descrever novas descobertas e com ela o posicionamento da ciência.

Com o desenvolvimento cultural da Baixa Idade Média, ocorrido pela influência da filosofia médi-oriental (árabe e judaica) na qual a cultura helênica já se encontrava estabelecida há alguns séculos, apresentava a inclusão da geometria de Euclides, bem como a tradução direta para o latim de textos gregos em especial os de Aristóteles. Tal filosofia havia passado por um processo de absorção indireta intermediado por pensadores como os sírios Nísibis e Gandisapora. Paralelamente os árabes travam o conhecimento com os muitos comentários de Teofrasto (372-287 a.C. ), sucessor de Aristóteles no Liceu de Atenas. Os árabes ainda tiveram um papel decisivo na incorporação e divulgação das obras de Euclides quanto a geometria e de Galeno na medicina.

A partir do século XI muitos comentadores de Aristóteles começam a tratar esta questão e a pensar no estatuto epistêmico das ciências. Entre eles destacam-se Avicenas (980-1037), comentador árabe de Aristóteles; Roberto Grosseteste (1168-1253), o primeiro comentador latino; Santo Tomás de Aquino (1224-1274), o primeiro a utilizar a expressão “ciências intermediárias” para catalogar a astronomia, a ótica e a música como tais; Guilherme de Okham (1285-1349), nomilalista do século XIV, membro da escola franciscana de tradição inglesa.

Nenhuma ciência trata de um único assunto. O conhecimento científico provém do conhecimento de certas proposições articuladas em um raciocínio em forma de princípios e de conclusões. Okham utiliza a filosofia natural como exemplo de ciência no sentido apresentado. O seu objetivo é conciliar o realismo epistemológico, que procura garantir a universalidade e necessidade do conhecimento científico, como o seu anti-realismo metafísico, que afirma a exisência única e exclusivamente de coisas singulares e contingentes criadas pelo poder absoluto de Deus.

A Ciência é vista pela filosofia antiga como a busca das respostas mais corretas, ou de novos conhecimentos, durante a idade média, fora quase que em sua totalidade concentrada dentro dos mosteiros, sendo que fatos isolados eram logo vistos como atos de heresia e bruxaria, logo perseguidos pelos defensores da religião, fatos que falaremos mais tarde como a Santa Inquisição e as Cruzadas.

O primeiro ressurgimento da ciência, não ocorreu por novas descobertas más por redescobertas,

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