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Didática e Educação Online - Um estudo bibliográfico

Por:   •  3/6/2018  •  4.411 Palavras (18 Páginas)  •  270 Visualizações

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Nas palavras de Freire (2002, p.25), “não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. Nesse sentido, as novas tecnologias ratificam essa posição freireana, quando docentes e discentes participam da interatividade que os meios eletrônicos permitem para facilitar o ensino-aprendizagem como via de mão dupla, efetivando-se na construção e reconstrução do aprender e do ensinar como duas faces de um mesmo processo.

Para Libâneo (2012) a didática é uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto, no qual os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se relacionam entre si de modo a criar as condições e os modos de garantir aos alunos uma aprendizagem significativa. Ela ajuda o professor na direção e orientação das tarefas do ensino e da aprendizagem, fornecendo-lhe segurança profissional.

A atividade docente tem a ver diretamente com o “para quê educar”, pois a educação se realiza numa sociedade formada por grupos sociais que têm uma visão distinta de finalidades educativas.

A didática, portanto, trata dos objetivos, condições e meios de realização do processo de ensino, ligando meios pedagógico-didáticos a objetivos sociopolíticos (LIBÂNEO, 2001).

Para o autor, tem-se que a didática cuida dos objetivos, condições e modos de realização do processo de ensino. Portanto, o principio básico que define esse processo é o seguinte: o núcleo da atividade docente é a relação ativa do aluno com a matéria de estudo, sob a direção do professor. O processo de ensino consiste de uma combinação adequada entre o papel de direção do professor e a atividade independente, autônoma e criativa do aluno.

O papel do professor, portanto é o de planejar, selecionar e organizar os conteúdos, programar tarefas, criar condições de estudo dentro da classe, incentivar os alunos, ou seja, o professor dirige as atividades de aprendizagem dos alunos a fim de que estes se tornem sujeitos ativos da própria aprendizagem.

Libâneo (2011), coloca que, não há ensino verdadeiro se os alunos não desenvolvem suas capacidades e habilidades mentais, se não assimilam pessoal e ativamente os conhecimentos ou se não dão conta de aplicá-los, seja nos exercícios e verificações feitos em classe, seja na prática da vida. Pode-se dizer, então, que o processo didático, é o conjunto de atividades do professor e dos alunos sob a direção do professor, visando à assimilação ativa pelos alunos dos conhecimentos, habilidades e hábitos, atitudes, desenvolvendo suas capacidades e habilidades intelectuais.

Nessa concepção de didática, os conteúdos escolares e o desenvolvimento mental se relacionam reciprocamente, pois o progresso intelectual dos alunos e o desenvolvimento de suas capacidades mentais se verificam no decorrer da assimilação ativa dos conteúdos. Portanto, o ensino e a aprendizagem (estudo) se movem em torno dos conteúdos escolares visando o desenvolvimento do pensamento.

Assim, alguns autores afirmam que a didática é composta de conhecimentos adquiridos. Constituem saberes adquiridos por diversos meios, inclusive por meio da formação escolar ao longo do percurso como estudante, assim como aprendendo esses conhecimentos em disciplinas do currículo de formação de professores, tal como esta. A conotação de ter baseia-se num modo de ser, de se comportar em sala de aula nos momentos de ensinar. Quando se diz que tem didática é porque se reconhece que o professor sabe ensinar bem, de um modo que os alunos aprendem.

Outros autores, apontam que o professor tem alguns conhecimentos, porém eles não são suficientes para exercer bem a função, de modo que os alunos aprendam. E a Didática pode então fornecer esses conhecimentos.

- EDUCAÇÃO ONLINE

As constantes inovações surgidas no mundo pelo grande desenvolvimento das áreas das telecomunicações e da informática, aliado ao advento da Internet, revolucionaram as formas de comunicação e interação entre as pessoas.

A possibilidade de acesso irrestrito e permanente aos mais variados tipos de informações fascinou e continua fascinando a todos. Trata-se de “uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação [que] começou a remodelar a base material da sociedade em ritmo acelerado” (CASTELLS, 1999, p.39).

O crescimento exponencial da Internet – em número de usuários e em informações disponíveis – possibilitou que vários setores da sociedade se expandissem em novas formas e condições de acesso, entre eles o setor educacional.

O EAD (Ensino a Distância) surge a partir da invenção da imprensa por Gutenberg em 1453, no qual o homem começou a aprender diretamente dos textos e não diretamente do professor. O correio foi o modelo precursor nos Estados Unidos da América e na Europa, sendo que, no final do milênio passado é que surgiram os grandes sistemas de educação superior a distância na Europa, Canadá, EUA e Austrália (PESSOA, 2008).

Dentre os diversos conceitos sobre o EAD, destaca-se o proposto por Alves e Nova (2003), que define o EAD como uma das modalidades de ensino-aprendizagem, possibilitada pela mediação dos suportes tecnológicos digitais e de rede, seja esta inserida em sistemas de ensinos presenciais, mistos ou completamente realizada por meio da distância física.

Para os autores no modelo de EAD via Internet, a flexibilização do tempo, representado pela quebra do compromisso espaço-temporal, e a possibilidade de comunicação permanente entre professores e alunos, são algumas das vantagens que mudaram as formas como a educação a distância pode ser vista e utilizada. Essa forma de educação tornou-se atraente para a oferta diferenciada de cursos, independente do espaço em que os alunos se encontram e do horário disponível que possuam.

A grande mudança provocada na EAD nesses novos tempos, conforme afirma Kenski (2003), é que a Internet, mais do que uma conexão entre computadores, é um espaço de interação entre pessoas conectadas. Pessoas reunidas virtualmente com os mais diferentes propósitos, inclusive o de aprender juntas.

Para o autor, a possibilidade de ter graus diferenciados de interatividade entre seres em busca de aprendizado - grupos de professores e alunos, situados em múltiplos espaços, essa sim é a forma diferente e revolucionária de interação e comunicação para o ensino.

O EAD caracteriza-se, portanto, pelo

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