DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO
Por: Kleber.Oliveira • 27/11/2017 • 2.000 Palavras (8 Páginas) • 264 Visualizações
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Segundo Piaget, a estrutura e a formação do pensamento ocorrem em etapas ou estágios diferentes, e também aparecem de maneira gradual podendo perdurar pela vida toda.
Para tomar conhecimento das dificuldades de aprendizagem que cada aluno apresenta, é relevante que os profissionais tais como coordenadores, professores ou ainda, os psicopedagogos consigam distinguir em qual estágio operatório o aluno se encontra.
Em justificativa a esta questão, as provas de diagnóstico operatório foram desenvolvidas também para auxiliar neste processo de grande dificuldade, não só para pais e professores que vivenciam de perto esta problemática, mas também para oferecer suporte aos alunos que se encaixam neste grupo.
Cada prova de diagnóstico operatório possui objetivos específicos e bem centrados, que visam auxiliar na descoberta e sucessivamente buscam desenvolver as potencialidades destes alunos.
Para tanto, é relevante que as provas sejam aplicadas de maneira correta e de acordo com a faixa etária de cada aluno em observação.
- O DESENVOLVIMENTO HUMANO E A ESTRUTURA COGNITIVA SEGUNDO JEAN PIAGET
O desenvolvimento humano pode referir-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental refere-se a construção contínua ou aparecimento progressivo das estruturas mentais que podem perdurar por toda a vida.
DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO
1.INTRODUÇÃO
Objetivos:
Conteúdo:
Piaget passou grande parte da sua carreira estudando o processo de raciocínio da criança.
A formação inicial de Piaget na biologia influenciou todo o desenvolvimento da sua teoria, primeiramente, na perspectiva dos instrumentos científicos utilizados por ele como comprovadores empíricos, sempre baseados em métodos científicos rigorosos, isto é, possíveis de serem replicados. A outra influência da biologia na teoria piagetiana diz respeito à concepção de inteligência enquanto algo ligado à ação e à adaptação ao meio. A principal obra do autor que expõe esse assunto é o livro intitulado Biologia e conhecimento.
Tal modelo teórico explica o desenvolvimento da inteligência, tendo como conteúdo básico a ação do sujeito que interage com os objetos, construindo, a partir dessas ações, formas e/ou estruturas de inteligência que lhe permitem, cada vez mais, adaptar-se ao mundo em que vive. Os trabalhos do autor, na psicologia, conduziram-no à ideia da utilização do modelo lógico-matemático como meio de análise e instrumento de descrição do funcionamento e do desenvolvimento da inteligência.
Os estágios do desenvolvimento da inteligência apresentados pela teoria psicogenética são assim denominados: o sensório-motor (da inteligência prática), o operatório concreto (que se constitui inicialmente de uma inteligência intuitiva e depois operatória, baseada na reciprocidade do pensamento) e o estágio formal (quando se pode agir e pensar sob hipóteses e abstrações).
As provas de diagnóstico do nível operatório são instrumentos de pesquisa elaborados, como método para investigar o nível de desenvolvimento cognitivo da criança.
Disponível em acesso em 23/08/2015
O desenvolvimento passa pelos seguintes estágios de desenvolvimento de acordo com Piaget:
- Sensório-Motor (0 - 2 anos). Ao nascer, o bebe tem padrões inatos de comportamento, como agarrar, sugar e atividades grosseiras do organismo, segundo Piaget. Nas primeiras semanas de existência a atividade do recém-nascido é puramente reflexo. O bebê recebe estímulo e a resposta reflexiva é invocada. As modificações e o desenvolvimento do comportamento ocorrem como resultado da interação desses padrões inatos (semelhantes a reflexos) com o meio ambiente. O bebê então começa a construir esquemas para assimilar o ambiente.
Nesse estágio, seu conhecimento é privado e não tocado pela experiência de outras pessoas (o mundo é ele).
- Pré-operações (2 – 7 anos). O período pré-operatório abrange a idade de 2 a 7 anos e é dividido em dois períodos: o da Inteligência Simbólica (dos 2 aos 4 anos) e o período Intuitivo (dos 4 aos 7 anos). As principais estruturas cognitivas utilizadas nesse período pela criança são caracterizadas pelo egocentrismo, centralização e irreversibilidade. Nessa fase eles não aceitam ver o mundo de outra forma que não seja a deles, são incapazes de reconhecer diferenças de medidas e volumes, tem dificuldade de retroceder a um ponto inicial.
- Operações concretas (7 - 11 anos). O pensamento infantil avança de forma considerável desenvolvendo várias capacidades como, a reversão e a descentralização. A principal estrutura cognitiva é o agrupamento. Neste estágio são capazes de organizar os objetos e os acontecimentos em conjuntos, descrevem o ambiente em vez de explicá-lo, tem facilidade em dar exemplos. O indivíduo consolida as conservações de número, substancia, volume e peso. Desenvolve também noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade. Organiza então o mundo de maneira lógica e operatória. É capaz de estabelecer compromissos, compreende as regras podendo ser fiel a elas.
- Operações formais (11 – 15 anos). No período formal as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento, e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas. Neste período são capazes de formular uma hipótese sem a necessidades de ter ao menos passado por alguma experiência ou situação concreta do fato que elas argumentam ou formulam. Compreendem conceitos, conseguem ver que agora poder ser independentes. O indivíduo é capaz de criar hipóteses e fazer deduções a partir dos resultados. Enfim, é a “abertura para todos os possíveis”.
Disponível em http://www.infoescola.com/educacao/teoria-cognitiva/ acesso em 29/08/15.
A Avaliação diagnóstica apresenta dois objetivos básicos: identificar as competências do aluno e adequar o aluno num grupo ou nível de aprendizagem. No entanto, os dados fornecidos pela avaliação diagnóstica não devem ser tomados como um "rótulo" que se cola sempre ao aluno, mas sim como um conjunto de indicações a partir do qual o aluno possa conseguir um processo de aprendizagem.
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