Artigo estágio I
Por: Lidieisa • 22/7/2018 • 1.453 Palavras (6 Páginas) • 275 Visualizações
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Por outro lado, é necessário reconhecer que, embora distintos, alfabetização e letramento são interdependentes e indissociáveis, ou seja, a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto de práticas sociais, leituras e escrita, em um contexto de letramento e por meio de atividades de letramento.
Para Paulo Freire o termo alfabetização tem um sentido próximo ao de letramento, para designar uma prática sociocultural de uso da língua escrita que vai transformando-se ao longo do tempo, segundo a época e as pessoas que a usam.
Aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade.
(Paulo Freire, 1987, p.08)
Enfim após essa distinção entre alfabetização e letramento, o ideal para nossas escolas
seria alfabetizar letrando. Através de interação com diversos gêneros textuais, exploração com o nome próprio, que é fundamental, servindo como escrita estável e de referência para o alfabetizando, atividades que envolvam uma reflexão sobre as palavras (quantidade de letras e sílabas, ordem e posição das letras, comparação entre elas, quantidade de letras, sílabas, etc...). Pela integração e pela articulação de várias facetas do processo de aprendizagem, esse alfabetizar/letrando é sem dúvida um dos caminhos para a superação de problemas enfrentados nas escolas. Essa é também uma citação do diretor da escola onde fiz meu Estágio I, e passa a ser pertinente as escolas o trabalho com a alfabetização.
2 Psicogênese da alfabetização
Quando aborada-se o tema Psicogênese imediatamente a referência que surge é da doutora e pesquisadora Emilia Ferreiro, que propôs um novo olhar sobre a alfabetização. Suas ideias constituem uma nova teoria, intitulada Psicogênese da língua escrita.
Para Emíla o conhecimento da lecto-escrita pela criança se dá a partir do contato entre esta criança e os objetos escritos. Ela destaca que o mais importante é a linha de pensamento desenvolvida pela criança ao se propor ler e escrever. O a pesquisadora quer que o professor aprenda é que possam detectar e entender os erros construtivos característicos das fases em que a criança se encontra, forçando assim a criança ao conflito cognitivo e fazendo modificar seus esquemas assimiladores frente a um objeto.
Através dos fundamentos científicos de Emília Ferreiro, cabe ao professor buscar a melhor maneira pedagógica de ajudar a criança a construir sua aprendizagem e adaptar-se a prática metodológica. A criança busca a aprendizagem na medida em que costrói o raciocínio lógico. O processo evolutivo de ler e escrever passa por níveis que revelam as hipóteses em que a criança chegou.
3. Uso da medicação:
Abordar esse tema é de suma importancia nos dias de hoje no ambiente escolar. Analisando o PPP – Projeto Político Pedagógicoda escola onde realizei meu estagio observei que uma porcentagem de crianças fazem acompanhamento psicopedagogico e outra porcentagem de crianças fazem uso de medicamentos pscotrópicos.
O uso desses “medicamentos controlados” em criança é cada vez mais frequente, pois são vários os transtornos que justificam o uso dos mesmos, e entre eles os mais comuns são o déficit de atenção/hiperatividade, transtorno invasivo do desenvolvimento/autismo, transtorno da fala e da linguagem. O diagnóstico e tratamento corretos são fundamentais para o bom desenvolvimento da criança, porém sabe-se que muitos profissionais da saúde não possuem realmente um diagnostico correto e mesmo assim prescrevem esses medicamentos.
O fato é que com o uso abusivo dessas medicações podem causar sérios danos a saúde dessa criança quando se tornar adulta, além de se tornar dependente de uma droga. Acredito que há casos em que realmente o uso da medicação se faz necessária, porém não podemos fazer nossas crianças reféns de pílulas.
Muitas dificuldades enfrentadas pelos alunos são identificadas pelo professor, através de sua observação com o desenvolvimento desses alunos. Acredito que o professor deve estar sempre atento e se possível encaminhar para outros profissionais quando de fato for necessário, fazer seu papel.
Considerações Finais
A aprendizagem não é feita de certezas, mas de inquietações, de crises e dúvidas que nos projetam às novas descobertas. Principalmente para a criança esta constatação, faz com que o professor observe atentamente os processos de ensino-aprendizagem e perocure ter consciência que não há um limite cognitivo, uma estabilidade, mas sucessivos progressos. Por isso, é essencial que vivamos em constante formação e busca de saberes. A atuação do professor no processo educativo deve levar em consideração a cultura em que a criança está inserida, adequando-a aos conteúdos a ser trabalhado, entrar no mundo da criança e, junto com ela, aprender e oferecer novas propostas.
Referências
RUSSO, Maria de Fátima. Alfabetização: um processo em construção/
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