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Aps Jogos e Brinquedos

Por:   •  5/9/2018  •  1.674 Palavras (7 Páginas)  •  294 Visualizações

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A importância da brincadeira de faz-de-conta proporciona a criança um espaço onde ela delega autoridade, atribui funções, reproduz papeis sociais, cria elementos fictícios, expressa valores culturais assumindo personagens discorrendo em atitudes diversas que com soberania é capaz de gerenciar. Sem a intervenção do adulto, a criança encontra liberdade para se expressar com autonomia e tem o poder da decisão, reproduzindo muitas vezes o procedimento de pessoas as quais convive, em especial a família na maneira de falar, vestir, gesticular, etc. também há de se mencionar o fato de que elas criam um mundo peculiar de presenças fictícias como o de super-heróis, fadas, duendes, princesas, etc., onde a imaginação flui de limitadamente sem quaisquer normas ou regras. Embora esse ambiente lúdico não disponha de nenhum molde da realidade, a criança é capaz de se legitimar o que pode ou não fazer, por exemplo se imagina ser o super-homem, não vai se atirar pela janela para voar pois faz a separação entre o lúdico e o real.

Outro fator que contribui muito para o desenvolver da brincadeira é o espaço onde ela ocorre. O ambiente deve ser propicio e organizado com brinquedos, vestimentas e acessórios capazes de enriquecer a imaginação e alimentar por mais tempo a brincadeira, podendo ser esta individual ou coletiva, deve também fluir com espontaneidade e a criança deve estar livre para brincar do que quiser, sem a isenção dos cuidados dos adultos para evitar possíveis acidentes.

O tempo é mais um indicador fundamental para o desenvolvimento da brincadeira, pois se não estiver bem estabelecido, o brincar torna-se um alvo vulnerável, sujeito a extinção, uma vez que com tantos afazeres do nosso mundo contemporâneo o tempo torna-se escasso. Aí entra o papel da escola em considerar a brincadeira como algo fundamental para o desenvolvimento da criança, bem por que, este é um direito que lhe é garantido por lei.

3.RESULTADOS E DISCUSSÕES

O trabalho foi realizado em alguns finais de semana, por uma integrante do grupo ao relatar as brincadeiras de sua sobrinha, A.P.D.L.M de 5 anos de idade.

No primeiro dia de observação, a brincadeira da garotinha foi de Mamãe e Filhinha. Animava-se ao brincar e assumia o papel de bebê, chorando e falando como tal, além de demonstrar muita obediência.

Num dado momento, a integrante do grupo também participou da brincadeira e tornou-se sua mãe, no qual passearam ao shopping. A.P.D.L.M porém, ao mesmo tempo que era filha, também era mãe ao introduzir sua boneca no faz de conta.

Segue a baixo a narração da brincadeira:

3.1IDA AO SHOPPING

Integrante: Filha, que tal irmos ao shopping depois que a mãe acabar o serviço?

A: Eba, “vamo” sim.

Integrante: Então, vai tomar banho que logo a gente vai.

MINUTOS DEPOIS...

A: Mãe, posso levar minha filha? (Referindo-se a boneca)

Integrante: Pode sim, mas cuidado para não perder.

A: Tá bom mamãe.

NO SHOPPING...

A: Mãe, mamãe, eu quero tomar sorvete. “VAMO”? “VAMO”!

Integrante: Hum, hum. É uma boa ideia filha, nesse calor. Vamos lá!

A filha vai saltitando de tanta felicidade ao lado de sua mãe, depois da aprovação de seu pedido.

Depois que tomaram o sorvete, A e I continuaram o passeio olhando as vitrines das lojas. De repente, A abre a boca de sono.

A: Mamãe, tô cansada. Quero ir embora.

Integrante: Vamos filha.

Após o passeio, chegaram em casa e foram tomar banho. Em seguida, dormiram.

Na narração, foram mantidas as frases ditas exatamente pela A.P.D.L.M e escritas iguais as suas pronúncias.

No segundo momento de observação, A.P.D.L.M resolveu brincar de exploradoras aventureiras com sua tia. Percorreram o sítio desviando e protegendo-se dos animais.

Estavam à procura de pegadas e bichos estranhos, queriam desvendar os mistérios presentes ali no sitio. Mesmo nesta brincadeira, continuava a ser filha.

Segue a baixo a narração da brincadeira:

3.2EXPLORADORAS

A: Mãe, vou na casa da Sofia chamar ela pra brinca, posso ir?

T: Pode. Não demore, tá?

A: Tá bom.

Então, A foi até a casa de Sofia...

A: Sofia, vamo brinca de exploradoras?

S: Vamos sim, ebaaaaaa!

A: Vamo anda por todo o sitio, desvendando os mistérios.

S: Vamo sim A, vamo sim...

S: A, olha só esse bicho, o que será que é?

A: Acho que é uma aranha que voa...

S: Eu acho que é uma borboleta aranha...

A: Vamo desvendar mais lugares e esconderijos. Que tal a gente chama minha mãe?

S: Boa ideia!!!

A: Vamo brinca mamãe?

T: Vamosssss!

E assim, passaram a manhã toda explorando o sítio atrás de mistérios para serem desvendados. Encontrando vários bichos estranhos e até mesmo fugindo de alguns.

Novamente foram mantidas as frases ditas exatamente por todos as personagens e escritas iguais as suas respectivas pronúncias.

Visando compreender o mundo adulto, a criança se esforça para agir nele ou até agir como um adulto. A menina observada adota o papel de filha, desenvolve a capacidade de planejar a brincadeira, escolhendo seus conteúdos e regras sociais.

Sempre a brincadeiras de faz de conta possui regras internas, não escritas, mas obrigatórias. Sendo assim, é possível analisar

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