ANALISE E REFLEXÃO DO DOCUMENTÁRIO PRO DIA NASCER FELIZ
Por: Hugo.bassi • 25/6/2018 • 1.623 Palavras (7 Páginas) • 435 Visualizações
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Durante duas semanas ela só pode frequentar a escola três vezes, pois o ônibus quebrou, e apesar de tudo conseguiu encontrar motivação, mesmo com tantos obstáculos. Ela diz “eu deveria ter uma péssima impressão da vida, senão fosse a paixão que tenho pela arte de viver... Meu acalanto é a melodia do vento sobre a minha janela, a minha certeza é a de que sempre que olhar pro céu terei as estrelas, protagonizando um belo espetáculo e que, ao anoitecer, terei um singelo luar e no despontar de um novo dia terei novas esperanças... E no palco da vida terei uma plateia exclusiva para me aplaudir em meio às contradições impostas pelo destino”.
É triste ver que tantos estudantes passam por esses problemas diários e acabam se desestimulando na maioria das vezes, tanto pela distância na qual se encontram muitas escolas e muitas vezes não existem vagas para o Ensino Médio. O inciso I do artigo 3º da Lei 9394/96 da LDB expõe a igualdade de condições e permanência na escola (BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996) como um dos princípios do ensino. Porém essa não é a realidade que se pode ver através dessas entrevistas.
Dona Nenê (diretora da Escola de Inajá) fala dos conceitos insatisfatórios e que o professor precisa rever a situação oferecendo uma recuperação paralela, e fala do quanto é restrito (3 dias) para todos os professores da escola inteira. Então não tem como o professor rever os conteúdos, marcar um dia pra avaliação... eles tem que ver sozinho. Tem aulas vagas, muitos alunos vêem a escola como válvula de escape. Os professores são desestimulados, faltam muito nas aulas. Na maioria das vezes vai só o substituto.
Há próxima entrevista foi em uma escola pública em Duque de Caxias a 15km da Cidade do Rio de Janeiro, Colégio Estadual Guadalajara, fica a poucos metros da boca de fumo, os estudantes entrevistados afirmam que o ódio é presente na instituição por falta de outras atividades. A escola é antiquada, tem muitos alunos na mesma turma e os mesmos estão desestimulados. Durante o conselho de classe para um dos alunos (Douglas), entra em discussão se ele passa de ano ou se ficará com dependências. Decidem então dar um voto de confiança para ele. Douglas quer seguir carreira militar.
Na mesma escola existe um Núcleo de Cultura, onde eles têm um projeto com banda para tirar os alunos da rua, e esse acompanhamento é essencial para que muitas crianças e adolescentes não entrem para o mundo da criminalidade.
Localizada na Periferia de Itaquaquecetuba a Escola Estadual Parque Piratininga, é uma escola bonita, limpa, porém mostra a realidade difícil dos alunos que não têm oportunidades de ir ao cinema, teatro pela falta de dinheiro. Os alunos dessa escola são interessados, obtiveram excelentes notas no Enem e muitos foram aprovados em faculdades. Muitas vezes os alunos não têm aulas por falta de professores, e então cabe aos eventuais substituírem os mesmos, o que os desestimula muito.
A Professora Celsa fala do cansaço, que muitas vezes não vai para a escola pois está estressada, o envolvimento com os problemas dos alunos e faz com que seja um cansaço psicológico. E muitas vezes o professor é visto como um inimigo. Os professores não acreditam mais na escola, ele não está preparado para a violência. Estão desmotivados.
Na escola a professora faz um projeto Fanzine que traz poemas. Mostra a realidade de um dos estudantes Keila que hoje terminou o 3o ano do Ensino médio e trabalha em uma fábrica dobrando calças. Ficou acomodada, e sente fala dos amigos da escola. Não tem condições financeiras para ir para a faculdade.
Já no Colégio Santa Cruz em Alto de Pinheiros a realidade é completamente diferente, com uma disciplina rígida, limpo, os alunos são mais interessados, porém em algumas entrevistas podemos constatar que os alunos sofrem de depressão, por causa da pressão que sofrem, dessa disciplina que cobram de si mesmas. Uma das alunas passa pelo conselho para ser aprovada.
Podemos observar o quanto existe uma acentuada diferença entre os alunos, de classes sociais desiguais, onde o pobre se preocupa em ter algo para comer, como vai voltar para casa e os alunos de classe média têm outras preocupações o que os outros falam deles, qual faculdade vão escolher.
Na Escola Levi Carneiro, mostra um reflexo na qual a sociedade tem vivido a violência, o bullying. Com isso os alunos abandonam a escola, os professores se sentem agredidos, desrespeitados. Alguns entrevistados falam que tanto faz ir pra FEBEM, a criminalidade faz parte da realidade desses meninos, onde vêem uma forma mais fácil de conseguir dinheiro, assaltam, pois não tem emprego, trabalham na boca, e não tem esperança de vida, a vida é dura e sem graça, a diferença social é exorbitante.
3. CONCLUSÃO
Podemos concluir que apesar de leis que garantam o acesso, obrigatoriedade e qualidade de ensino, a realidade é outra. No fim podemos observar que apesar das diferenças existirem a educação final do jovem brasileiro não se difere muito.
Existem diferentes problemas no qual o jovem passa nesse momento da vida e muitas vezes a instituição não está preparada para enfrentá-lo nem muito menos ajudá-los. O comodismo é parte do processo educativo e as instituições maqueiam os problemas encontrados, onde não se encontra muito esforços para acabar de vez com eles, apenas ignoram os problemas.
Os problemas com a educação de um povo é visível dentro e fora dos muros escolares. São questões que envolvem aspectos social, político, econômico, cultural e histórico, e devem ser considerados em todos os seus contextos. Desse movo, é fundamental conhecer como vem sendo traçado o processo de avaliação visando obter a qualidade da educação braseira.
Além disso, se tivermos professores qualificados, valorizados e alunos com oportunidades, conseguiremos obter uma qualidade de ensino e interesse de ambas as partes.
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