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A POSTURA DO PROFESSOR, UM CONSTANTE APRENDIZADO

Por:   •  20/12/2018  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  265 Visualizações

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Diante desse contexto, pensar e repensar qual a postura ideal do professor é de fundamental relevância. Cortella infere que, o auto conhecimento é de suma importante, porque para ser grande, deve-se conhecer-se pequeno. Deve-se ainda ter o desejo por buscar o que é novo, sem deixar de preservar o que é tradicional. Por tradicional o autor entende: a relação humanista, o relacionamento saudável na convivência, a recusa ao egoísmo, à noção de acolhimento, o desejo de formar pessoas. Enquanto que por arcaico, considera o autoritarismo, o envelhecimento de certas práticas pedagógicas, a arrogância de alguns professores que no mundo de mudanças insistem preferem não mudar, a utilização às vezes de conteúdo, que não fazem mais sentido a uma geração desse século.

Sendo assim, o educador precisa ter clareza que tradição é aquilo que vem do passado e precisar ser preservado e levado à diante; já o arcaico é aquilo que é ultrapassado e deve ficar no passado e deve-se descartar.

Dando continuidade a palestra, Cortella faz uma reflexão sobre a regra 34 dos monges Beneditinos que, em suas palavras, diz:

“é proibido resmungar, não é proibido discutir, não é proibido debater, não é proibido discordar, é proibido resmungar. O monge beneditino que resmungar, que murmurar - pra usar o latim- ele é colocado fora. ”

Assim, resmunga quem não se implica, aquele que ao invés de fazer algo, fica dizendo que “alguém” precisa fazer.

Cortella, encerra sua palestra citando outro monge Beneditino, François Rabelais, que diz: "Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam". O professor apropriado é aquele que consegue ser humilde, não se satisfaz por completo, tem coragem e senso de urgência.

Com todos os seus argumentos, Cortella põe em evidência a importância de refletir de forma crítica sobre uma prática realmente engajada na mudança de metodologias, conectadas com o contexto atual, com a prática profissional e social.

Dito isto, fica evidenciado que todo o conhecimento deve ser analisado, contextualizado e repensado visando mover o ser humano em busca de novos conhecimentos e possibilidades. O educador da atualidade, necessita ter clareza para abrir mão de práticas arcaicas, de certo autoritarismo, certa relutância aos conteúdos contemporâneos, certo orgulho em relação ao modo de relacionamento e de pensar.

Destaco, portanto com as palavras do autor que diz: “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (FREIRE, 1996, p. 44).

O homem pode refletir sobre si mesmo e:

colocar-se num determinado momento, numa certa realidade: é um ser na busca constante de ser mais e, como pode fazer essa auto-reflexão, pode descobrir-se como um ser inacabado, que está em constante busca. Eis aqui a razão da educação. (FREIRE, 2007, p. 27)

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 37ª edição, 1996 (coleção leitura).

CORTELLA, Mário Sergio: Qual a postura ideal do professor?

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