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A INCLUSÃO ESCOLAR DO SÍNDROME DE DOWN

Por:   •  8/10/2018  •  4.242 Palavras (17 Páginas)  •  350 Visualizações

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denominado translocação e mosaicismo, porém são menos freqüentes.

Independente do tipo, quer seja trissonomia simples, translocação ou mosaicismo, é sempre o cromossomo 21 o responsável pelos traços físicos específicos e função intelectual limitada observados na grande maioria das crianças com Síndrome de Down.

A ocorrência da Síndrome de Down está associada com a idade avançada da mãe, ou seja, quanto mais velha a mãe, maior o risco de ter uma criança com Síndrome de Down. Os médicos e os geneticistas recomendam que mães acima de 35 anos de idade façam exame pré-natal para determinar se o feto está afetado. Ainda esta havendo muitos estudos sobre a causa desta Síndrome.

Os pais necessitam de aconselhamento genético específico, sabendo que uma vez tido um filho com trissonomia 21, o risco de um outro filho nascer com Síndrome de Down é cerca de 1 em 100.

Os autores CRONK, CULLEN, SCHNELL & ZAUSMER (1984) presumem que a expectativa de vida do indivíduo com Síndrome de Down pode ser um tanto reduzida, demonstrando processos acelerados de envelhecimento. (p. 112).

2.1 DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

Embora as crianças com Síndrome de Down demonstrarem atraso em todas as áreas de função biológica, apresentam progresso constante em seu desenvolvimento global. Elas possuem talentos e qualidades definitivas que, na presença de um ambiente familiar carinhoso e das oportunidades sociais de educação disponíveis atualmente para nossas crianças, geralmente, podemos observar grandes progressos.

O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativamente a outras com idêntica condição genética, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 246).

2.2 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

Ainda que a Síndrome de Down seja classificada como uma deficiência mental, não se pode nunca predeterminar qual será o limite de desenvolvimento do indivíduo.

Historicamente, a pessoa com Síndrome de Down foi rotulada como deficiente mental severa e em decorrência deste rótulo acabou sendo privada de oportunidades de desenvolvimento.

A classificação da deficiência mental nos grupos profundos (severos), treináveis e educáveis é bastante questionada hoje em dia. Estes diagnósticos, determinados a partir de testes de QI (Medida do Quociente da Inteligência), nem sempre condizem com a real capacidade intelectual do indivíduo, uma vez que os testes aplicados foram inicialmente propostos para povos de outros países, com culturas diferentes da nossa.

A educação da pessoa com Síndrome de Down deve atender às suas necessidades especiais sem se desviar dos princípios básicos da educação proposta às demais pessoas.

A criança deve freqüentar desde cedo a escola, e esta deve valorizar sobretudo os acertos da criança, trabalhando sobre suas potencialidades para vencer as dificuldades.

A educação especial, garantida por lei ao deficiente, deve atender aos seguintes objetivos:

- Respeitar a variação intelectual de cada um, oferecendo iguais possibilidades de desenvolvimento, independente do ritmo individual.

- Valorizar a criança ou jovem, incentivando-o em seu processo educacional.

- Realizar planejamentos e avaliações periódicas, a fim de poder suprir todas as necessidades do grupo (gerais e individuais), com constante reavaliação do trabalho.

A aprendizagem da pessoa com Síndrome de Down ocorre num ritmo mais lento. A criança demora mais tempo para ler, escrever e fazer contas. No entanto, a maioria das pessoas com esta síndrome tem condições para ser alfabetizada e realizar operações lógico-matemáticas.A educação da pessoa com Síndrome de Down deve ocorrer preferencialmente em uma escola regular que leve em consideração suas necessidades individuais. As crianças com deficiência têm o direito e podem beneficiar-se da oportunidade de freqüentar desde cedo uma creche e uma escola comum, desde que adequadamente preparadas para recebê-las. O professor deverá estar informado para respeitar o ritmo de desenvolvimento do aluno com deficiência, como, de resto, deve respeitar o ritmo de todos os seus alunos. O papel do professor é muito importante, pois caberá a ele promover as ações para incluir a criança deficiente no grupo.

É preciso orientar a família da pessoa deficiente sobre quais os recursos educacionais de boa qualidade que estão disponíveis em sua comunidade. Para realizar tal orientação, o profissional deve procurar conhecer melhor as opções de escola especial e escola comum de sua cidade e região, para que o encaminhamento seja feito com segurança e traga benefícios ao desenvolvimento global da criança.

2.3 PSICOPEDAGOGIA E INCLUSÃO ESCOLAR

A Psicopedagogia como área de estudo e de atuação, responsável pela aprendizagem e suas dificuldades, tem importantes tarefas diante do fenômeno da exclusão escolar de pessoas que apresentam dificuldades com a aprendizagem. A primeira delas diz respeito à necessidade da "dificuldade" no processo de aprender; sem ela não há desequilíbrio e, conseqüentemente, busca de equilíbrio para a aprendizagem. A dificuldade só é motivo de preocupação quando é muito intensa e freqüente, geradora de um obstáculo tão grande que impeça ou dificulte a aprendizagem de alguém.

Mesmo nestes casos, a dificuldade não deve ser motivo de exclusão. Sabemos que os grupos humanos são compostos por pessoas diferentes, com graus de compreensão distintos e com áreas de mais dificuldades e de mais facilidades, também diferenciadas. A grande dificuldade, aquela obstaculizadora à qual nos referimos antes, encaminha-nos para a compreender o contexto no qual a exclusão ocorre e a ótica de mundo, de ser humano e de educação que sustenta esta ação.

A exclusão e o tipo de dificuldade a ser excluída vai depender da tendência educacional de determinado grupo, instituição, comunidade ou cultura. Em grupos que possuem uma visão multifacetada do ser humano, do mundo e de ensino / aprendizagem, e que vêem cada faceta de forma separada, descontextualizada e especializam-se em cada uma delas, a dificuldade pode ser compreendida como uma dificuldade esperada pois, afinal de contas, temos tantas facetas que temos o direito de não nos darmos bem em algumas delas.

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