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A INCLUSÃO ESCOLAR: COMO FAZER?

Por:   •  23/1/2018  •  1.878 Palavras (8 Páginas)  •  259 Visualizações

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O ponto de partida para se ensinar a turma toda, sem diferenciar o ensino para cada aluno ou grupo de alunos é entender que a diferenciação é feita pelo aluno, ao aprender e não pelo professor, ao ensinar. Alguns processos pedagógicos indicados para a realização das atividades escolares são: debates, pesquisas, registros escritos e falados, observação e vivências. Para se ensinar a turma toda deve-se ir contra certas práticas aprovadas nas escolas, pois estas se configuram no ensino para alguns alunos, e por isso que a exclusão aumenta, atingindo a todos os alunos, não apenas os que apresentam uma dificuldade maior de aprender ou uma deficiência específica.

As desigualdades tendem a se aumentar quanto mais especializa o ensino para alguns alunos. Não se pode imaginar uma educação para todos, constituindo grupos de alunos por séries, por níveis de desempenho escolar ou quando encaminhasse os que não cabem em nenhuma dessas determinações para classes e escolas especiais, estas ações só aumentam as diferenças, acentua as desigualdades, justificando o fracasso escolar, como problema do aluno.

A maioria dos professores tem uma visão de trabalho própria, na qual quando é proposta uma mudança na sua metodologia, se recusa por medo de não “dá certo” e por estar acostumado com sua própria pratica docente, por isso, é notório que inovações educacionais como a inclusão abalam a identidade profissional. O professor que concebe e participa da caminhada do saber com seus alunos consegue entender melhor as dificuldades e as possibilidades de cada um e provocar a construção do conhecimento com maior adequação. Os diferentes conhecimentos que os alunos atribuem a um dado objeto de estudo e as suas representações vão se expandindo e se relacionando e revelam, pouco a pouco, uma construção original de idéias que integra as contribuições de cada um, antes. O professor deve garantir a liberdade e a diversidade das opiniões dos alunos e deverá ficar atento à singularidade das vozes que compõem a turma, promovendo o diálogo entre elas, contrapondo-as, complementando-as.

O argumento mais freqüente dos professores, quando se discutem à inclusão é não estarem preparados para esse trabalho, na qual, há sempre uma divergência entre o que os professores aprende e o que colocam em prática nas suas salas de aula.

A maioria dos professores aprende de maneira fragmentada e essencialmente instrucional, na qual esperam uma preparação para ensinar os alunos com deficiência e/ou dificuldades de aprendizagem e de indisciplina, ou melhor, uma formação que lhes permita aplicar esquemas de trabalho pedagógico pré-definidos às suas salas de aula, garantindo-lhes a solução dos problemas que presumem encontrar nas escolas ditas inclusivas.

Para ensinar, no aspecto inclusivo é necessário ressignificar o papel do professor, da escola, da educação e de práticas pedagógicas que são usuais, no contexto excludente do nosso ensino, em todos os seus níveis. A preparação de professores para a inclusão, ainda não foi bem assimilada pelos que elaboram políticas públicas de educação, pelos que planejam ações para concretizá-las e é por essas e outras razões que estão sendo oferecidos cursos de especialização, sobre educação inclusiva e que se sugere a inserção da disciplina Educação Inclusiva em cursos de formação de professores, na qual deve-se ressaltar que falta ser criada uma habilitação específica nos Cursos de Pedagogia.

Cada vez mais é notória a preocupação em apresentar outras maneiras de se preparar profissionais para transformar a escola, na perspectiva de uma abertura incondicional às diferenças e de um ensino de qualidade. O fato de professores fundamentarem suas práticas e argumentos pedagógicos no senso comum dificulta a explicitação dos problemas de aprendizagem e essa dificuldade muda a trajetória escolar de alunos que muitas vezes são encaminhados indevidamente para as modalidades do ensino especial e outras opções segregativas de atendimento educacional. No entanto, a necessidade de se formarem grupos de estudos nas escolas, para a discussão e a compreensão dos problemas educacionais, à luz do conhecimento científico e interdisciplinarmente. Na qual estes estudos têm como função discutir as necessidades e interesses comuns de alguns professores de esclarecer situações e de aperfeiçoar o modo como trabalham nas salas de aula.

Algumas redes de ensino criaram centros de gestão da proposta educacional da rede e de apoio e atualização dos professores. Esses núcleos representam um avanço na nova direção de formação em serviço, pois além de sediar ações de aprimoramento da rede, eles reúnem os profissionais que atendem (individualmente ou em pequenos e grandes grupos) os professores, nas suas respectivas escolas, os pais e a comunidade. A criação desses centros é uma maneira de nortear as ações educativas propostas pelas escolas através de seus projetos político-pedagógicos.

Os profissionais que fazem parte do quadro dos centros são supervisores de ensino e coordenadores pedagógicos externos às escolas, eles visitam as escolas semanalmente e atendem a três ou quatro delas, no máximo. As redes de ensino oferecem aos professores alguns cursos e atividades de formação, mas não estão obtendo o retorno que o investimento propõe, o que justifica a insistência na criação desses centros, porque a existência de seus serviços redireciona o que já é usual nas redes de ensino, ou seja, o apoio ao professor, pelos professores itinerantes ou também pelos coordenadores pedagógicos das escolas.

A autora não concorda com a existência de professores itinerantes, pois considera que trata-se de mais um serviço da Educação Especial que paralisa os desafios da inclusão.

Na maioria das vezes esse serviço impede que o professor se defronte diretamente com a responsabilidade de ensinar todos os seus alunos, pois existe um especialista para atender aos casos mais difíceis, que são justamente aqueles que provocam o professor para que mude a maneira de proceder com a turma toda. O professor itinerante/especialista acomoda o professor comum, pois impede que o professor comum cresça e busca soluções, ficando acomodado em esperar alguém de fora para resolver seus problemas.

A existência de um coordenador

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