A Gestão Escolar

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da escola por somete uma pessoa.

O inicio da década de 1980 foi um período importante no que se diz respeito ao tema gestão escolar, bem como sua autossuficiência, adquirindo importantes debates políticos e pedagógicos acerca da escola pública.

A vitórias mais importantes das escolas no campo político-educativo foi sem dúvida a aquisição da liberdade de ação e a tomada de decisão no que se refere aos órgãos superiores de comando e a maior participação da sociedade escolar nos ambientes de poder da escola, através de setores como os conselhos de escola.

Esse novo modelo recomenda a edificação de órgãos autônomos competentes para tomada de deliberações, na elaboração de projetos institucionais ligados às necessidades e aos interesses da comunidade. Recomenda também, que a administração seja organizada de forma adequada, com expedientes, estratégias e materiais que possibilitem chegar à resultados almejados que com certeza, serão aferidos por autoridades centrais.

O elemento mais complexo da proposta é a avaliação externa dos resultados que são feitos por meio de testes, deixando para trás estruturas burocráticas do sistema, a estrutura do sistema educativo.

Ainda na década de 1980, a gestão escolar é alvo de debate político, mas agora no contexto de reforma do Estado, tendo como um dos pontos principais a descentralização. Supunha-se, por razões distintas, que as formas descentralizadas de prestação de serviços públicos seriam mais democráticas, fortalecendo e consolidando a democracia. Ao mesmo tempo, elevariam os níveis reais de bem-estar da população. As reformas do Estado nessa direção seriam, portanto, desejáveis, pois viabilizariam a concretização de idéias progressistas como eqüidade, justiça social, redução do clientelismo e aumento do controle social sobre o Estado.

CAPITULO I - OS PRIMEIROS ESCRITOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR NO BRASIL

Este primeiro capítulo objetiva demonstrar o método de constituição dos princípios legais que norteiam as políticas públicas educacionais, decorrência de uma luta histórica banhada por diversos interesses e práticas consideradas contraditórias.

As políticas públicas fazem parte de um processo histórico com fatores sociais e culturais, políticos, econômicos, que reconhece a necessidade de se restabelecer o rumo que toma atualmente a gestão escolar, que tem o objetivo de reconhecer identificar a trajetória deste campo abrangendo seus conhecimentos.

Frente as inúmeras mudanças que ocorrem no campo educacional, torna-se imperioso o entendimento acerca das metas a serem seguidas, para não incidirmos em terminologias vagas e que não promovem as devidas mudanças para a educação.

1.1 PRIMEIROS ESCRITOS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL

A administração escolar vem de uma trajetória educacional com mais de 500 anos, ainda se organizando. Os primeiros escritos teóricos no Brasil reportam-se à década de 1930. Não que a prática administrativa na educação brasileira fosse inexistente, entretanto, a população sofria com a ausência de um sistema de ensino, e nesse caso se configurava em descaso dos governantes da época, e com isso não houve o progresso necessário para o desenvolvimento de uma administração educacional de qualidade.

Os anuários que haviam até a Primeira República incidiam apenas em “memórias, relatórios e descrições de caráter subjetivo, normativo, assistemático e legalista” (SANDER, 2007a, p. 21).

A década de 1930 é marcada por uma nova etapa da administração da educação, pois, “começamos a escrever um novo capítulo no campo da administração da educação” (SANDER, 2007b, p. 425). Época em que a situação educacional acadêmica achava-se mergulhado nos ideais progressistas de educação, ao contrário da educação tradicional, que não contribuía com os ideais de crescimento do país nesse período, e que tinha olhos apenas para o crescimento da industrialização.

Tal panorama educacional estabeleceu-se, especialmente, pela influência do movimento pedagógico da Nova Escola, particularmente, da corrente norte-americana protagonizada por John Dewey.

A preleção dos intelectuais brasileiros mais importantes, defensores da Escola Nova, fundamentava-se na obrigação de maior cientificidade no campo educacional seguido do aumento da oferta educacional. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova data da década de 30, que entre outros pontos, havia a falta de “espírito filosófico e científico na resolução dos problemas da administração escolar” como principal responsável pela “desorganização do aparelho escolar” (MANIFESTO, 1932).

Este reconhecimento reflete o momento histórico em que se fomentavam as bases para o surgimento dos primeiros escritos teóricos sobre a temática da Administração Escolar.

Destacam-se nesse cenário educacional, obras de Leão (1945), Ribeiro (1986), Lourenço Filho (2007) e Teixeira (1961; 1964; 1997), autores e obras que detêm o material histórico-bibliográfico que visa entender os primeiros escritos teóricos na área da administração escolar. Seus escritos são respeitados e tidos como as primeiras descrições sobre o conceito de administração escolar, beneficiando as bases iniciais para a concretização deste campo de estudos no meio educacional brasileiro (SANDER, 2007b).

Segundo Benno Sander (1995), ao analisar os exemplo que nortearam a produção da ciência da área da Administração Escolar, reconhece os autores mencionados, como sendo parte de um “enfoque tecnocrático” (p. 14) de administração, comparando-se a administração pública do período. Este aspecto infundiu-se nos princípios da Abordagem Clássica da Administração, acolhendo a idéia de universalidade destas criações para o campo educacional.

Os escritos são produzidos de acordo com a compreensão de que o campo educacional é uma “arena de lutas, de conflitos nos quais os agentes almejam impor, como legítimos, os arbitrários culturais mais compatíveis com os seus capitais” (PEREIRA e ANDRADE, 2007, p.139).

1.1.1 - Antônio de Arruda Carneiro Leão

Com o crescimento da proposta da educação no inicio do século XX, e após vivenciar um processo administrativo da educação complexo, para Leão (1945), a tarefa de conduzir a educação é uma das mais difíceis tarefas. Esta condição acaba