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A DIVERSIDADE ESCOLAR

Por:   •  5/12/2018  •  3.844 Palavras (16 Páginas)  •  309 Visualizações

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II A DIVERSIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR.

Todas as formas de preconceitos que vemos não foram formados e criados hoje, todas elas começam de uma maneira simples e inofensiva, com um gesto um olhar somente com o tempo elas ganham tamanha magnitude e impacto sobre a sociedade. É como uma herança passada de geração em geração, a respeito disto Ribeiro (1995) observa que “A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista. Ela é que incandesce, ainda hoje, em tanta autoridade brasileira predisposta a torturar, seviciar e machucar os pobres que lhes caem às mãos. Ela, porem, provocando crescente indignação nos dará forças, amanha, para conter os processos e criar aqui uma sociedade solidaria”.

Em toda historia humana encontramos relatos de desrespeito e crueldade para com então chamados de “diferentes”, desde o antigo Egito marcado pela escravidão de centenas de pessoas, os Gregos e Romanos que buscavam a perfeição física e intelectual, vemos que os indivíduos eram erroneamente taxados como incapazes ou não eram vistos como pessoas iguais. Ações de racismo e preconceitos podem começar de forma pequena como brincadeiras, no entanto devem ser levados a serio, pois podem tomar grandes proporções com o passar do tempo.

Ainda hoje existem pessoas que no passado sofreram horrores unicamente por não terem nascidos iguais, um dos maiores exemplo disto foram as crueldades cometidas pelos nazistas sobre o comando de Adolf Hitler que buscava a perfeita hegemonia alemã onde homens e mulheres loiros de olhos claros eram exemplo que perfeição, estima-se que cerca de 6 milhões de judeus foram pelas ordens dele assassinadas.

Desenvolver em nossas crianças hoje o bom senso, atitudes cooperativas e de respeito ao próximo não é apenas tarefa da escola, e sim uma ação que deve ser realizada por todos aqueles que esperam e acreditam que uma boa educação pode sim fazer a diferença para melhor dos alunos e a sociedade em geral.

[...] as instituições escolares, ao reproduzirem constantemente o modelo tradicional, não têm demonstrado condições de responder aos desafios da inclusão social e do acolhimento às diferenças nem de promover aprendizagens necessárias à vida em sociedade[...] (PRIETO, 2006 p. 33).

Aquino (2002) ressalta que [...] Somos todos iguais como seres humanos. Por isso devemos combater qualquer forma de discriminação e de arrogância, agindo solidariamente uns com os outros. O artigo 5° do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. No entanto a realidade que cerca as crianças é por diversas vezes contraditória ao que rege a lei, infelizmente nosso pais ainda deixa muito a desejar em relação a cuidados com a educação e saúde de nossas crianças.

“[...] a educação escolar não pode ser pensada nem realizada senão a partir da idéia de uma formação integral do aluno- segundo suas capacidades e seus talentos- e de um ensino participativo, solidários, acolhedor (MANTOAN, 2006, p.09)”.

Ensinar a respeitar as diferenças é uma tarefa extremamente delicada e exige do professor grande desempenho, Barbosa (2014) ressalta que o respeito ao próximo deve partir da conscientização histórica e política sobre diversidade no espaço escolar, tais princípios deve levar em conta:

- À igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos.

- À compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos etnicorraciais distintos que possuem cultura e historia própria, igualmente valiosa e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua historia.

- Ao conhecimento e à valorização da historia dos povos africanos e da cultura afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira.

- À superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros, os povos indígenas e também as classes populares às quais os negros, no geral, pertencem, são comumente tratados.

- À desconstrução, por meio de questionamentos e analises críticas, objetivando superar conceitos, idéias, comportamentos veiculando pela ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia racial, que tanto mal fazem a negros e brancos.

O aluno deve ser visto como igual obtendo todos os direitos e deveres que processo de ensino faz necessário, respeitar as diferença não é tratar como se fosse único e excluir do restante da classe, o respeito ao aluno se da no memento em que o educador compreende que a criança possui dificuldade necessita de uma atenção diferenciada. A tarefa difícil para o professor é justamente ministrar sua atenção entre o aluno incluso e os demais, para que ambos não se sintam excluídos em.

[...] a diversidade cultural é muito mais complexa e multifacetada do que pensamos. Significa muito mais o que apologia ao aspecto pluriétnico e pluricultural de nossa sociedade. Por isso refletir sobre a diversidade exige de nós um posicionamento critico e político e um olhar mais ampliado que consiga abraçar os seus múltiplos recortes(GOMES. 2003, p.70).

A respeito das instituições escolares o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos- PNEH enfatiza a importância da escola na construção cultural da sociedade; [...] A escola tem um papel fundamental na construção dessa cultura, contribuindo na formação de sujeitos de direito, mentalidades e identidades individuais e coletivas;

- A educação em direitos humanos, sobretudo no âmbito escolar, deve ser concebida de forma articulada ao combate do racismo, sexismo, discriminação social, cultural, religiosa e outras formas de discriminação presente na sociedade brasileira;

O eu define-se por um conjunto de características tidas como exclusivas, não compartilhadas com o outro; o outro, por sua vez, caracteriza-se por um conjunto de atributos que, de modo nenhum, são compartilhados com o eu. Dessa maneira, o eu afirma-se por oposição ao outro, na medida em que recusa, para si mesmo, os atributos do outro. Resultam dois termos contraditórios aos termos contrario o não eu e o não outro (PAIS,2014,p.3).

Segundo o Livro de Conteúdo Gênero e Diversidade na Escola (2009, p. 196): O racismo é uma doutrina que afirma não só a existência das raças, mas também a superioridade

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