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Resenha Marcos Bagno

Por:   •  27/3/2018  •  1.519 Palavras (7 Páginas)  •  639 Visualizações

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O sexto mito “O certo é falar assim porque se escreve assim” Bagno denomina esta tendência um preconceito muito forte no ensino da língua, reprovando o fato de que se obrigue ao aluno a pronunciar do “jeito que se escreve” isto anula o fenômeno de variação entendendo que a língua incessantemente vai se transformando.

O sétimo mito “É preciso saber gramática para falar e escrever bem” o autor trata a seguinte teoria como um mito onde não existe um grão de evidencia a favor dessa declaração, exemplificando que se fosse assim, todos os gramáticos fossem grandes escritores, e os bons escritores seriam especialistas em gramatica.

O oitavo mito “O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social” Bagno fecha o circuito de mitos apresentando o ultimo como uma questão de aparência e fora da realidade manifestando que os professores de português não ocupam o topo da pirâmide social, econômica e politica do país por manter a norma culta, ninguém alcança o sucesso e uma vida financeira de um individuo pelo mero domínio da norma culta, pois ela não é uma formula magica.

No capitulo dois, o autor expõe o circulo vicioso do preconceito linguístico desenvolvido por três elementos transmitidos e perpetuados na sociedade eles são: Ensino tradicional, gramatica tradicional e livros didáticos, mencionando um quarto que ele costuma denominar de forma sarcástica “Santíssima Trindade” do preconceito linguístico, afirmando que cada um deles são utilizados incorretamente, assegurando que ao serem usados impregnam atitudes preconceituosas. Ele também fala sobre os comandos paragramaticais como um exemplo de preconceito que merece ser denunciado.

No capitulo três, A desconstrução do preconceito linguístico Bagno aborda o reconhecimento da crise no ensino da língua portuguesa com a ideia de romper o circulo vicioso do preconceito linguístico, compreendendo que a norma culta é reservada a poucas pessoas no Brasil, ele explica três problemas básicos a esse respeito, primeiro mostra a quantidade injustificável de analfabetos que existe no Brasil e 80° é o lugar que ocupa em investimento na educação; lamentando a decadência e corrupção da norma. Em segundo lugar ele explica como as pessoas alfabetizadas não desenvolvem suas habilidades linguísticas no nível da norma culta por motivos culturais e históricos, isso se prende aos velhos preconceitos de que “brasileiro não sabe português” e “português é difícil”. E terceiro como a norma culta designa uma modalidade de língua que não corresponde a língua efetivamente usada pelas pessoas cultas do Brasil. Bagno deseja desarraigar a ideia preconceituosa tentando separar o ideal do real mas compreende que a tarefa é difícil e explica que deve existir uma mudança de pensamento.

No capitulo quatro, O preconceito contra a linguística e os linguistas o autor faz uma comparação com o ensino da língua como doutrina gramatical tradicional e a ciência, explicando como as ideias ultrapassadas da ciência começaram a ser substituídas por novas concepções e o ensino da língua continua sem transformação utilizando seus antigos fundamentos. Bagno afirma que o problema esta na confusão que reina na mentalidade das pessoas que atribuem uma crise na língua, quando a crise existe na escola e no sistema educacional. A língua não esta em crise, pelo contrario o português esta sendo muito falado, escrito e impresso. Tudo o exposto com a tentativa de transformar e argumentar sobre a gramatica tradicional exposta como instrumento de dominação e exclusão social de quem não se fundamenta e se adequa a sua normativa culta.

A obra culmina com uma carta escrita pelo Marcos Bagno para a revista Veja, ele manifesta sua opinião sobre o titulo da revista “Falar e escrever bem, eis a questão” sua intenção não era que se publicasse a carta, mas desejava se posicionar como um pesquisador comprometido com o avanço da ciência brasileira diante de atitudes preconceituosas.

Finalmente, o livro preconceito linguístico se torna interessante durante a leitura porque possibilita ao leitor criar uma consciência ampla sobre a variedade enorme que existe na língua e mesmo que a gramatica normativa seja abordada como a única forma correta de expressão a sociedade não deve usar julgamentos e atitudes discriminatórias para cada tipo de pessoa ao falar e se expressar, o autor pode parecer um pouco exagerado ao escrever seus argumentos no livro, mais o foco dele é despertar um entendimento de que a língua é rica e precisa ser aceita pelo que não deve existir razão para que tenhamos preconceito dentro de qualquer que seja a variedade linguística.

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