TCC - LÍNGUA INGLESA COMO ELEMENTO DE COMUNICAÇÃO
Por: Hugo.bassi • 23/10/2018 • 3.884 Palavras (16 Páginas) • 301 Visualizações
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De acordo com alguns relatos de experiências, pode-se perceber a angustia dos alunos nas aulas de língua inglesa, os mesmo alegavam ser inúteis as aulas repetitivas e não sabiam por que ter essa matéria em sala de aula, as aulas resumiam-se a decoração de regras gramaticais e traduções de textos automáticas. Assim como foi possível visualizar a falta de preparo dos docentes e a limitação das aulas ao quadro branco, sem a utilização de recursos eficazes para a prática do ensino de línguas.
Almeida Filho (2005) faz referência ao ensino de línguas estrangeiras no Brasil, apontando uma grande diferença entre o que se pratica nas escolas e salas de aula e o que acadêmicos, teóricos e pesquisadores desenvolvem.
Na maioria das vezes a teoria não é atrelada a prática, por fatores diversos como o planejamento do curso, o material adotado, as provas, os exames, o método da professora, limitações de tempo, contato com a língua alvo, recursos de ensino, alunos por classe, salário do professor, dentre outros fatores.
Conforme os PCNs (BRASIL, 2006, p. 109):
[...] os novos conhecimentos introduzidos em determinada prática sociocultural ou determinada comunidade de prática entrarão numa inter-relação com os conhecimentos já existentes. Nessa inter-relação entre o “novo” e o “velho”, ambos se transformam, gerando conhecimentos “novos”. Para que ele se torne um processo crítico e eficaz, é importante evitar, nessa inter-relação, a mera importação do novo, sem promover a devida interação com o velho, por meio da qual tanto o recém-importado quanto o previamente existente se transformarão, criando algo novo.
É preciso que o professor de língua inglesa aproprie-se dos conhecimentos prévios dos alunos, ou seja, da sua bagagem cultural a cerca do conteúdo a ser ministrado, a utilização da gramática é um instrumento essencial, mas não deve ser utilizado como o único meio de ensinar uma língua. Diante do século da globalização e mediante a diversidade de recursos tecnológicos é inaceitável o ensino de idiomas voltados para palavras soltas e descontextualizadas.
O professor deve tentar fazer com que seus alunos compreendam a importância de estudar a Língua Inglesa para sua vida, fazendo com que assimilem a relevância da disciplina na escola.
3 A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE LETRAS EM LÍNGUA INGLESA RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA
A Resolução CNE/CP 1/2002 que institui as Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, estabelece que todas as disciplinas pedagógicas terão sua dimensão prática que deverá permear todo o período de formação, desde seu inicio e transcender o estágio supervisionado, promovendo as diferentes práticas em uma perspectiva interdisciplinar com ênfase nos procedimentos de observação e reflexão, visando à atuação em situações contextualizadas.
Sendo assim, há a necessidade de se buscar estratégias que possibilitem maior reflexão dos professores sobre o ensino e a prática docente.
Pimenta (1999) discute a formação inicial dos professores a partir da construção de sua identidade e dos saberes da docência.
Segundo a autora, além de conferir uma habilitação legal para o exercício da docência, espera-se do curso de formação inicial que forme o professor ou que colabore para sua formação, que mobilize os conhecimentos da teoria da educação e da didática necessários à compreensão do ensino e da realidade social a fim de que, a partir da própria atividade, os acadêmicos constituam e transformem “seus saberes-fazeres docentes, num processo contínuo de construção de suas identidades como professores” (PIMENTA, 1999, p.18).
É no interior das práticas e estágios, elementos curriculares constitutivos próprios dos cursos de formação docente, que se apresenta grande parte das possibilidades de articulação entre prática e teoria. Para isso, é necessário superar as formas tradicionais de observação e regência dos estágios supervisionados, como momentos estanques, separados da formação como um todo, de pouco envolvimento do acadêmico com a vida escolar, produzindo um novo significado a essas práticas a partir do entendimento da importância da construção dos saberes da experiência em uma perspectiva epistemológica.
Nesse sentido, uma das possibilidades é apontada por Zeichner (2002) quando relata suas experiências na formação de professores nos Estados Unidos, orientando os estágios curriculares através do desenvolvimento da pesquisa-ação.
Existe uma necessidade eminente da pesquisa na formação docente, pois esse é um processo que colabora para o crescimento profissional e auxilia na formação continuada, já se foi o tempo da teoria superar a prática, uma vez que ambas devem estar relacionadas, o professor tem a oportunidade de aprender e tornar-se um investigador das suas próprias ações.
Segundo Schön (1983) o professor deve refletir sobre a sua prática, antes, durante e depois dela, ele acredita que a aprendizagem ocorre a partir da reflexão – na -ação, ou seja, enquanto o professor ensina ele pensa sobre o que está fazendo, quando o professor sente insegurança na sua atuação, ele passa a refletir sobre a necessidade da pesquisa correlacionada a sua atuação, deve-se ter cuidado, pois nem tudo pode ser tratado como prática reflexiva.
Deve haver o exercício da crítica tanto na prática reflexiva, quanto na prática de pesquisa, o professor deve-se autoavaliar e ser sistematicamente critico, levando em conta toda a estrutura a sua volta, em cada tipo de ensino.
Leffa enfatiza que,
A sala de aula não é uma redoma de vidro, isolada do mundo, e o que acontece dentro da sala de aula está condicionado pelo que acontece lá fora. Os fatores que determinam o perfil do profissional de línguas dependem de ações, menos ou mais explícitas, conduzidas fora do ambiente estritamente acadêmico e que afetam o trabalho do professor. Entre as mais explícitas temos as leis e diretrizes governamentais, o trabalho das associações de professores, os projetos das secretarias de educação dos estados, os convênios entre diferentes instituições, etc. entre as menos explícitas temos aquelas que resultam das relações de poder que permeiam os diferentes setores da sociedade, hoje globalizada. (LEFFA, 2006, p.334).
Vários são os autores que partem do princípio de que
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