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COORDENAÇÃO DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM LITERATURA E ENSINO

Por:   •  21/2/2018  •  14.644 Palavras (59 Páginas)  •  374 Visualizações

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PALAVRAS-CHAVE: Literatura infantil; Valores burgueses; Capitalismo; Maxismo.

ABSTRACT

This paper aims to discursion and reflection on temporality of allegory Fairy Tales articulated with Marxist theory (dialectical historical materialism) on bourgeois values, Red Riding Hood, the Three Little Pigs and Beauty and the Beast, which are consolidated in the context educational and family, and then emerges as a possibility and naturalization of essentially bourgeois values necessary for the construction of a building. Want to understand this reflection from the social construction of the teachings embedded in children's literature to justify and legitimize the bourgeois values fundamental to the child's imagination in the capitalist system dominations.

KEYWORDS: Children's literature; Bourgeois Values; Capitalism; Maxismo.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1. LITERATURA INFANTIL: UM INSTRUMENTO SUTIL E EFICAZ NA REPRODUÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DOS VALORES BURGUESES.

1.1.LITERATURA INFANTIL NAS RELAÇÕES DE CLASSE.

1.2.CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL DOS CONTOS DE FADAS.

2. DESCORTINANDO OS CONTOS.

2.1. CHAPEUZINHO VERMELHO.

2.2.OS TRÊS PORQUINHOS.

2.3.A BELA E A FERA.

3. ANALISE COMPARATIVA DAS OBRAS PROPOSTAS.

4. CONCLUSÃO.

5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

INTRODUÇÃO

O processo de desenvolvimento da humanidade é determinado pela produção da vida material, em que os indivíduos estabelecem relações sociais independentes de suas vontades; constroem as formas que vão expressar no plano das ideias e comportamento as relações de produção da vida material do período histórico determinado.

Com a compreensão crítica que a forma social somente pode existir como um todo articulado, em que as partes se articulam entre si e com o todo, de forma que a parte já contém o todo e o todo existindo na parte, portanto que, materialidade e subjetividade são partes de uma totalidade indissociável, mas que, em última estância, a materialidade é a determinação, as representações são construídas nos indivíduos, de forma a blindar e consolidar a estrutura social. Entende-se, portanto, que a base material condiciona o desenvolvimento de todas as formas de pensamento como Estado, Direito, Igreja, Família, Escola, produção cientifica e literária. E esses elementos formam a ideologia que serve para ocultar as relações de dominação.

Pelos pressupostos de Marx, a classe que dispõe dos meios da produção material dispõe também dos meios da produção intelectual, de tal modo que o pensamento daqueles aos quais são negados os meios de produção intelectual está submetido também à classe dominante, a escola e a produção literária são condicionadas de modo a ser expressão ideal (pensamento) das relações materiais de produção.

A sociedade burguesa, a forma mais aperfeiçoada das sociedades de classe, está estruturada nas relações de dominação entre capital e trabalho, e constituindo-se de um todo articulado, essas relações se reproduzem em todas as esferas da sociedade, inclusive, na produção intelectual, literária, sobretudo, na escola. Nesta perspectiva, a literatura infantil nas relações de classe expressa os interesses da classe dominante, e a escola, como espaço privilegiado de reprodução e consolidação, destes interesses, utilizam, de forma muito sutil a linguagem contida nesta literatura.

A elaboração sistematizada deste trabalho , aqui exposto, propõe analisar criticamente os clássicos: Chapeuzinho Vermelho, Os três porquinhos e A bela e a Fera, objetivando revelar o caráter da classe presente na literatura infantil, bem como, sua utilização no âmbito escolar como forma de reprodução dos valores burgueses. O norteamento teórico metodológico dado a esta pesquisa baseou-se na visão Materialismo Histórico Dialético de construção do saber, em que a teoria e a evidência, o sujeito pesquisador e o sujeito pesquisado, através do diálogo constroem o conhecimento. Através do método dialético é possível entender o sujeito da investigação em conexão com outros objetos e fenômenos, admitindo que nenhum fenômeno é isolado e que são determinados mutuamente ao mesmo tempo em que estão em constante movimento e desenvolvimento. Entender as categorias da Dialética, como de geral-singular-particular, ou seja, a dimensão da totalidade; aparência-essência; conteúdo-forma; luta dos contrários e contradição entre outras, foi fundamental por se tratar de um tema como este Literatura infantil um instrumento político na reprodução e consolidação dos valores da sociedade burguesa: uma análise das obras Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos e A Bela e a Fera. Pelos argumentos expostos, defende-se que por meio de uma concepção Teórica Metodológica que permita uma compreensão crítica da realidade, no caso, o método Materialismo Histórico Dialético, é possível uma análise crítica das obras Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos e A Bela e a Fera revelar na Literatura Infantil, a reprodução, consolidação e manutenção dos valores burgueses e, que, portanto, a escola, como espaço de reprodução desses valores, utiliza essa linguagem para reforçar a forma de dominação burguesa.

A escola, enquanto aparelho ideológico é espaço de transmissão e legitimação dos valores burgueses. A literatura infantil por ser um elemento envolvente por seu caráter lúdico e atuar, principalmente, durante o período mais fértil em que os valores estão sendo introjetados nos indivíduos, tem sido utilizada pela burguesia eficazmente na consolidação e reprodução de seu projeto de dominação. Por essa particularidade é amplamente utilizada no campo escolar.

A proposta de trabalho se justifica pela necessidade do desvelamento da literatura infantil como mecanismo legitimador das relações sociais de produção capitalistas tendo a escola como legitimador dessa forma de dominação. Literatura infantil e escola são agentes eficazes na formação de uma subjetividade que reconheça e aceite a forma social vigente como natural e perene, e não como histórica transitória

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