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A Pratica Componente Curricular

Por:   •  13/6/2018  •  2.873 Palavras (12 Páginas)  •  412 Visualizações

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no Brasil, como acontece em qualquer outra nação.

O que determina a grande variação da Língua Portuguesa do Brasil. E seguindo um professor que foi muito influente na formação de linguistas, Serafim da Silva Neto, deu ênfase ao contínuo rural e urbano no Brasil. Este trabalho revisado, mostrou que a classificação apresentada pelo IBGE a respeito do que seja rural e urbano necessita de correções, pois, a par de características sócio demográficas, há características socioculturais e sociolinguísticas.

A respeito da diversidade linguística e da pluralidade cultural no Brasil: Ao ler um texto, encontra-se algumas palavras que não fazem parte do repertório linguístico do leitor. Ele não as conhece porque algumas delas são palavras e expressões características da cultura rural da região Centro-Oeste, onde o autor foi criado. Outras, além de pertencerem ao léxico regional, também são antiquadas, isto é, já não são usadas com frequência, tendo sido conservadas na cultura de grupos sociais mais isolados, como é o caso das comunidades rurais.

Esses são os três ambientes onde uma criança começa a desenvolver o seu processo de sociabilização: a família, os amigos e a escola. Pode-se chamar esse ambiente, usando uma terminologia que vem da tradição sociológica, de domínios sociais. Um domínio social é um espaço físico onde as pessoas interagem, assumindo certos papéis sociais. Os papéis sociais são um conjunto de obrigações e de direitos definidos por normas socioculturais, construídos no próprio processo da interação humana.

Quando observado um diálogo entre mãe e filho, por exemplo, verifica-se características linguísticas que marcam ambos os papéis. As diferenças mais marcantes são as Inter geracionais (geração mais velha geração mais nova) e as de gênero (homem/ mulher). É, sem dúvida, no domínio do lar e da família onde sente-se mais à vontade para conversar. Por isso, em casa, o aluno é mais falante, não se sente constrangido. Pode-se dizer que, nessas circunstâncias, a pressão comunicativa sobre o aluno é mínima. Já na escola a situação é um pouco diferente.

Você pode observar que a transição do domínio do lar para o domínio da escola é também uma transição entre uma cultura predominantemente oral e uma cultura permeada pela escrita, que pode chamar de cultura de letramento. O que quero dizer é que, em todos os domínios sociais, há regras que determinam as ações que ali são realizadas.

Um importante aspecto, ressaltado, refere-se ao personagem Chico Bento, da “Turma da Mônica”. Na década de 80, o Conselho Nacional de Cultura resolveu proibir a revista em quadrinhos “Chico Bento”, pois acreditava que ela contribuía para que a criança falasse “errado”. Cheguei à conclusão que essa decisão foi absurda. E defendo que o personagem Chico Bento é muito importante porque considera ao aluno que existem muitas formas de utilizar o português do Brasil: Chico Bento pode se transformar, em nossas salas de aula, em um símbolo do multiculturalismo que ali deve ser cultivado. Suas historinhas são também ótimo recurso para despertarmos no aluno a consciência da diversidade sociolinguística.

Ainda na visão macro, com o objetivo de analisar a Língua Portuguesa no Brasil, existe metodologia dos três contínuos: de urbanização, de oralidade-letramento e de monitoração estilística. Em relação ao contínuo de urbanização, considera-se que este pode ser representado da seguinte forma: Variedades rurais isoladas, Área urbana e Variedades urbanas padronizadas.

A língua que se estuda, a língua que se fala é imprescindível para entender características do idioma. Além disso, muitas obras auxiliam a compreender alguns processos que acontecem na produção linguística do aluno, desde a alfabetização até estágios avançados. Apresentando datas e descrições históricas, os autores tratam das mudanças diacrônicas da Língua Portuguesa e da diferenciação da produção lusitana da brasileira.

A partir de diversas explicações dos processos linguísticos ocorridos no Brasil, há dados para refletir e entender que as variantes brasileiras são um espelho da sua história interna e externa. Também salientando que o português culto - produzido na literatura, na comunicação e exigido nas instituições de ensino – a Língua Portuguesa brasileira – convivem no Brasil trazendo um descompasso entre a exigência e a realidade.

Três pontos principais são: o estudo diacrônico do idioma português depois da colonização, a possibilidade de reconhecer no português brasileiro um idioma independente e reflexões que ajudam na aceitação das variações da Língua Portuguesa Brasileira. Pontos abordados sendo levantados questionamentos sem a apreensão de apresentar respostas prontas, o que oportuniza a participação mais concreta do leitor e a contínua pesquisa.

Um pouco de história da Língua Portuguesa: fatos históricos de Portugal e da Península Ibérica – a chegada dos romanos, invasões germânicas e árabes, os movimentos de reconquistas etc. –, observando que o português do descobrimento tem início no ano 1000 e esse deve ser o seu marco de abordagem para os estudos da atualidade. Releva-se, nesse contexto, a influência recebida dos indígenas, escravos e africanos. É destacada, na sequência, a situação de outros países de fala portuguesa e de fala crioula com base no português.

Para diferenciar a história interna da externa, a evolução do próprio idioma, trazendo como exemplo o futuro do subjuntivo, característica apenas do português se comparada com as línguas românicas, nascidas também do latim vulgar (francês, italiano, espanhol e romeno, entre outras), e das influências que o idioma recebe, citando como exemplo o legado de palavras árabes devido ao convívio de vários séculos entre as línguas. Na relação entre o português e o latim, é ressaltada a necessidade de estabelecer relação entre os idiomas a fim de responder a possíveis dúvidas ou explicar algumas propriedades da Língua Portuguesa atual (ortográficas, alfabéticas, fonéticas etc.), já que o latim está na origem da nossa língua.

Outro aspecto que pode abordar é a dificuldade de limitar, a partir de datas, o período clássico e o moderno, o que não os impede de arriscar como marco o ano de 1572 com o poema épico Os Lusíadas, de Camões. Também é ressaltante salientar o tratamento dado à abrangência do português.

Ainda que em 2004 tenha sido constatado que a Língua Portuguesa é um idioma falado por 210 milhões de pessoas em todo o mundo, 180 milhões estão no Brasil, razão pela qual os autores explicam as variações linguísticas existentes. Para tanto, proporciona-se uma recapitulação

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