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Relatório de Psicolinguística

Por:   •  31/5/2018  •  2.669 Palavras (11 Páginas)  •  262 Visualizações

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O presente relatório está estruturado em 5 (cinco) tópicos, onde no primeiro apresenta-se os objetivos que norteiam o desenvolvimento desta pesquisa. No segundo tópico é detalhado os procedimentos metodológicos adotados para a realização da pesquisa: o local de realização da pesquisa e como esta foi realizada, critérios e raciocínios adotados para a seleção dos dados trabalhados, a filiação teórica, o método de pesquisa utilizado, a espécie de abordagem dos dados e a forma que a análise foi desenvolvida. O terceiro tópico se encarrega de apresentar a fundamentação teórica adotada no trabalho, retomando conceitos e postulados da Psicolinguística, em particular sobre a área da aquisição da escrita, numa perspectiva sociodiscursiva. O quarto tópico apresenta a análise e discursão dos dados coletados e o quinto e último tópico discorre sobre os resultados alcançados e as considerações finais referentes a pesquisa realizada.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Estudar a segmentação não-conencional em textos produzidos por pré-adolescentes em processo de aprendizagem da escrita.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Visando atingir o objetivo principal, alguns objetivos específicos são requeridos, entre eles:

- Identificar e descrever as ocorrências de segmentação não-convencilnal, apontando suas regularidades no corpus em análise;

- Discutir sobre os fatores que atuam como principais condicionantes da segmentação não-convencional no processo inicial de aprendizagem da escrita formal.

3. METODOLOGIA

Com a intenção de se atingir os objetivos citados anteriormente, foi desenvolvido neste trabalho uma pesquisa de campo que se constituiu em uma etapa transversal de coleta de dados em três turmas do 6º (sexto) ano do ensino fundamental da escola pública Cleonice Freire de Queiroz , cituada na cidade de Pereiro, estado do Ceará, entre os dias 21 e 23 de setembro de 2016. O material coletado se constitui em produções textuais de alunos de em média 11 anos de idade, que resutou na coleta de 59 textos. Foi solicitado pela professora que os alunos realizassem a produção de um texto do gênero dissertativo com a intenção de XXX. (coloar as orientações dadas pela professora e quantas versões foram solicitadas).

Com o intuito de observar a existência ou não da segmentação não-convencional, foram selecionadas 10 (dez) das produções textuais. Estes selecionados foram os únicos que apresentaram indícios de uso de termos não convencionais na gramática da língua portuguesa.

A fundamentação teórica deste trabalho se apoia nos estudos da Psicoliguística referentes ao processo sócio interacional de aquisição e desenvolvimento da linguagem, como: Interacionismo social de Lemos, Aquisição e desenvovimento da escrita de Fayol e Segmentação não-convencional na escrita infantil apresentado por Capristano.

Partiu-se do método indutivo com o objetivo de se coletar dados qualitativos reias com a intenção de interpreta-los e(ou) explica-los de acordo com os objetivos aqui apresentados.

Na análise do corpus, que constitui a quinta seção deste trabalho, serão analisados os 4 textos selecionados destacando seus usos não convencionais da linuagem escrita. Após o destaque destes “erros” ortográficos foi realizada uma reflexão acerca da natureza deste fenômeno e o encaixe deste nos estudos referentes a segmentação não-convencional.

4. MEIO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

No decorrer de sua história, a humanidade passou por variados processos de desenvolvimentos de habilidades físicas e adaptações sociais e territoriais. Dentro das adaptações socioculturais está à elaboração de línguas que permitissem estabelecer uma comunicação com o outro proporcionando a interação e a troca de informações, o que leva a entender a linguagem como um instrumento necessário para a comunicação.

Tomando como suporte teórico os estudos de Lemos (apud DEL RÉ, 2006; FARIA, 2002), autora que trabalha a importância da interação social para que ocorra um melhor e completo desenvolvimento linguístico verbal, entendemos a aquisição da linguagem como um processo sócio interacional.

O processo de aquisição da linguagem tem seu berço em nossa infância. Pesquisadores da área colocam o momento em que choramos pela primeira vez com a intenção de chamar a atenção de nossos pais como sendo a utilização de uma forma de linguagem. E este processo passa por diversas fases durante os nossos primeiros anos de vida onde ocorre a aquisição de todas as competências classificadas como essenciais para que a criança consiga dominar todos os elementos de uma determinada língua.

De acordo com os postulados centrais dos estudos de Claudia Lemos (apud FARIA, 2002), a criança, em seus messes iniciais de vida, não têm uma capacidade inata de atribuir sentidos às palavras ou às expressões dos adultos. Conforme o bebê mantém uma interação constante com os outros que o cercam (um jogo de vai e vem de ações e respostas), ele começa a relacionar os discursos dos adultos a significados variados. Temos então o adulto como um mediador que regula as informações da estrutura da língua que é absorvida pela criança, consagrando assim o processo de interação.

Ainda nesse sentido, a autora também defende a ideia de que a criança, após passado um tempo de reconhecimento e adaptação da língua, é promovida de interprete observador para falante, sendo capaz de elaborar e articular seu próprio discurso. (apud DEL RÉ, 2006. p. 29).

O interacionismo social propõe a ideia de que a criança, além de um aprendiz, também seja considerada como um criador e usuário criativo da língua que aprende (DEL RÉ, 2006). Tomando como base a ideia de que a criança se desenvolve linguisticamente por conta de sua interação sócio verbal com os demais que o cercam (sejam eles adultos ou outras crianças), pode-se entender que a criança não é um usuário da língua inferior ao adulto, mas sim um simples observador que analisa, processa e absorve dados sobre a língua que o cerca. Conforme a criança passa por esse processo de interação, a linguagem lhe aparecerá de forma contínua, sempre acrescendo seu “poder de diálogo” e comunicação verbal com os demais que compartilham desta mesma capacidade sócio comunicativa.

4.2

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