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A Evolução da Polis

Por:   •  30/5/2018  •  1.523 Palavras (7 Páginas)  •  400 Visualizações

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Segundo Morrou (1975) a educação é “a técnica coletiva pela qual a sociedade inicia sua geração jovem nos valores e nas técnicas que caracterizam a vida de uma civilização”. Portanto, sendo a educação um reflexo da civilização, ela só se torna plena e madura após a era helenística, quando a civilização toma sua “própria forma”.

Já Morrou (1969), devido a importância da educação no período homérico, como o marco inicial do desenvolvimento posterior, afirma que a instituição dominante, a cidade-estado, forneceu a fase e os ideais da educação do antigo período.

Então Morrou (1975) e Morroe (1969) compararam a função realizada pela Bíblia na educação do povo anglo-saxão, a de Ilíada e Ildisséia, no período homérico, pelo fato de proporcionarem aos gregos orientação moral, inspiração ética e direção prática para as necessidades da vida, segundo Morrou.

No século V a.C. a antiga educação grega atingiu o ápice de suas realizações pessoais e de seu desenvolvimento, o que ficou conhecido como século de Péricles, que foi quando a civilização grega chegou seu mais alto nível. Embora a antiga educação ter sido base para essas realizações, Morroe (1969) afirma que “ela era insuficiente para satisfazer as exigências da época e inteiramente inadequada para as necessidades futuras”.

De acordo com o autor acima, nesse período ofereciam-se maiores oportunidades e exigiam mais, visando o “desenvolvimento individual do que a cidade-estado, e que o individuo não fosse absorvido pelo cidadão”.

A velha moralidade, baseada nas instituições da cidade-estado da família e do culto dos deuses familiares, é substituída por uma nova moralidade, baseada no interesse próprio ou no esclarecimento racional (Moroe, 1969).

A popularização da escrita é através de uma técnica mais precisa que, segundo Monroe (1969), “a leitura e a escrita foram introduzidas nas escolas por volta no ano 600 a.C. mas, antes disso, os poemas homéricos eram ensinados oralmente, mas continuaram a sê-los depois”.

Cambi (1999) afirma que “a polis como organismo também educativo entra em crise; a ela se contrapõe o individuo, o sujeito que (...) é levado a buscar uma nova identidade”. De outro modo pode-se dizer que o padrão de educação anterior é modificado para visar a formação de bons oradores, de armá-los para luta política, fazê-los conduzir bem a própria casa e de gerirem com eficiência os negócios do Estado.

Surgem, então, os Sofistas, considerados por Chaui (1999) como os primeiros filósofos do período socrático, e cujas atividades desenvolvem-se na segunda metade do século V a.C. (Moroe, 1975).

Para Morrou (1975) os sofistas são como revolucionários, além de serem os primeiros professores do ensino superior e de terem inovado com tendências pedagógicas variadas. Destaca-se neles “a condição de homens de negócio, para os quais o ensino é uma profissão cujo êxito comercial lhe atesta o valor intrínseco e a eficácia social”. O primeiro a propor esse tipo de ensino é Protagoras de Abdera.

Segundo Cambi (1999) é nessa fase, dos sofistas e de Sócrates, que ocorre uma grande mudança na cultura ocidental, que é a passagem de “uma dimensão pragmática da educação para uma dimensão teórica”, da “educação para a pedagogia”.

Logo após a geração dos sofistas e de Sócrates, surge outra, no século IV a.C., onde os mais importantes são Platão e Isócrates, que conduzem a educação antiga à sua maturidade.

De acordo com Cambi (1999), o modelo de formação das classes sociais é reorganizado por Platão, e Isócrates desenvolve um modelo alternativo no novo mundo.

Mas a educação só toma sua “Forma” clássica e definitiva com a chegada de Aristóteles e Alexandre, O grande. A partir de então não se vê mais grandes mudanças, apenas simples ajustes.

Considerações Finais

A civilização grega foi de grande importância para a humanidade, e isso pode-se concluir pelos aspectos de proximidade e familiaridade que a analise histórica nos proporciona, principalmente em relação aos atenienses, assegurou Mossé (1082), e, de acordo com Cambi (1999) a pedagogia e a educação, dos quais herdamos suas estruturas mais profundas, São fenômenos que transcenderam um território e venceram a barreira do tempo.

Portanto, Cambi (1999) e Marroe (1975) demonstram que nosso sistema de educação, e também o essencial de nossa civilização remontam a civilização grega.

Percebe-se também que entre os autores há o acordo sobre a importância da polis na formação do pensamento grego e na educação. De acordo com Monroe (1969), ela forneceu uma nova forma de vida social.

Por sua vez, Vernant (1977) consolida que a polis proporcionou uma nova forma de vida social. Já Cambi (1999), acrescenta que a polis foi uma das responsáveis pela evolução grega.

O surgimento da polis, para Vernant (1977), é um fato decretório para o pensamento grego. O aparecimento do pensamento racional está então ligado com as estruturas mentais e sociais que são próprias da cidade grega. Vernat então afirma que “a razão grega (...) é filha da cidade.

Entretanto, para o desenvolvimento da polis e do pensamento grego, é o surgimento

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