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CONSTRUINDO O CONHECIMENTO NO EJA COM GÊNEROS TEXTUAIS

Por:   •  7/9/2018  •  9.401 Palavras (38 Páginas)  •  297 Visualizações

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4 cONHECIMENTO DO QUE É TEXTO 23

4.1 A Construção do Sentido do Texto por Meio dos Gêneros 24

5 aPLICAÇÃO PEDAGÓGICA DOS GÊNEROS TEXTUAIS 27

5.1 metodologias 29

5.1.1 Descrição de uma proposta de atividade com gênero textual escrito - bilhete 31

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 35

REFERÊNCIAS 37

1 INTRODUÇÃO

Durante toda a vida, o ser humano é exposto a uma série de situações comunicacionais que exigem diferentes comportamentos linguísticos. Nesse contexto, surgem os gêneros textuais como suporte para a constante necessidade das pessoas em interagir e comunicar-se, fazendo parte do discurso diário dos indivíduos. Diferem dos tipos textuais – os quais possuem estrutura bem definida e número limitado de possibilidades – pois são diversos e com funções sociais específicas, podendo sofrer alterações com o tempo; desde que preservados os seus principais elementos linguísticos.

Por serem inerentes à vida em sociedade, é importante que os alunos da EJA – Educação para Jovens e Adultos que não tiveram oportunidade de terminar seus estudos, porém agora vislumbram uma nova chance de alcançar esse feito; tenham acesso a um ensino atual e de qualidade no tocante a Língua Portuguesa. Os diversos gêneros textuais já fazem parte do dia a dia do indivíduo e, levando em consideração que o estudante da EJA traz consigo uma considerável bagagem de conhecimento, é possível que ele consiga de forma didática aprender a diagnosticar, compreender e ter uma melhor apreensão de leitura e escrita por meio do tema em questão.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (Brasil, 2001), apontam para a diversidade textual na prática escolar, dada a sua importância para o desenvolvimento da leitura e da escrita na produção dos textos, a qual se torna um compromisso social do ensino nas escolas e particularmente na EJA, onde os alunos têm uma bagagem maior de vida e assim vê-se a necessidade da aplicação dessa ferramenta em “gêneros textuais”, visto que temos orientações e direcionamentos para o ensino-aprendizagem nesse sentido.

Quando falamos de EJA, os gêneros textuais constituem uma excelente ferramenta didática; mesmo que as interações sejam tímidas, possibilitam a criação de condições de desenvolvimento das capacidades, promovendo mudanças e a redefinição das concepções pedagógicas e de vida dos indivíduos. Espera-se que o aluno saiba usar a linguagem em diferentes esferas comunicativas, possa desenvolver competências discursivas específicas e compreenda as comunicações orais com as quais se deparam socialmente; interpretando-as e produzindo inferências sobre as intenções da mesma.

- OBJETIVOS

Avalizada a necessidade do uso dos gêneros textuais, este estudo tem o propósito de discutir a aplicação prática dos gêneros textuais apresentados por Bakhtin e Marchuschi e promover uma ação dos professores para que se realize o uso de tipos e gêneros textuais nesse processo de construir os sentidos dos textos escritos pelos alunos na EJA.

Vislumbrando assim, a afirmativa de Paulo Freire na qual ele enfatiza que o aluno jovem e adulto deve chegar a descobrir-se a si mesmo como um ‘fazedor de seu próprio mundo’ cultural e social, em um esforço de transformar a natureza e a sociedade a serviço de seu próprio bem e ao bem comum.

Dessa forma, idealiza-se uma formação na qual o aluno seja capaz de construir um entendimento mais verdadeiro e certo a de sua colocação na sociedade como cidadão crítico e possa analisar causas e as consequências de uma dada situação, e consiga organizar comparações e relacionar com outros momentos, impelindo-o a agir eficazmente, buscando transformar sua realidade vigente e proporcionando-lhe o conhecimento de sua própria dignidade, tendo em vista uma atividade política com o objetivo de provocar mudanças pretendidas.

Numa perspectiva sociointeracionista, verifica-se que o eixo do ensino da língua materna é a compreensão e a produção de texto. No pensamento Bakthiniano, a linguagem é concebida de um ponto de vista histórico, cultural e social, que inclui para efeito de compreensão e análise, a comunicação efetiva e os sujeitos e o discurso nela envolvidos.

Como parte dos discursos cotidianos, referimo-nos a tipos textuais para tratarmos de sequências teoricamente definidas pela natureza linguística da sua composição que são os tipos narrativos, expositivos, argumentativos, descritivos e injuntivos, contudo são por meio dos gêneros textuais, que os indivíduos interagem entre si e segundo Schneuwly (2004, p. 21) encontram-se o indivíduo que age e o objeto sobre o qual ou a situação na qual ele age: eles determinam seu comportamento, guiam-no, afinam e se diferenciam sua percepção da situação na qual é levado a agir (...).

Identificamos a necessidade de que os alunos da EJA tenham contato com a diversidade de gêneros textuais e tipologias distintas no período em que se propuseram a voltar aos estudos. Portanto, é suma importância que o aluno da EJA esteja ao par desse conhecimento dos gêneros textuais, os quais de certa forma, já fazem parte do seu cotidiano.

Diante do exposto, o trabalho tem por objetivo geral que o aluno consiga realizar de forma precisa e satisfatória a sua leitura e escrita partindo do estudo dos gêneros textuais. Para isso, é necessário que se cumpra os objetivos específicos, ou seja, espera-se que o indivíduo consiga identificar e interpretar os diversos gêneros textuais, utilizar o aprendido nas situações comunicacionais diárias e elaborar considerações sobre as interações comunicativas sociais; refletindo diretamente na sua produção de leitura e escrita.

- JUSTIFICATIVA

No que diz respeito ao ensino de língua materna, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), têm o objetivo e a visão da inserção do aluno em uma sociedade letrada, consoante a isso, a ênfase dada pelos parâmetros à compreensão de trabalho com Gêneros Textuais durante a aquisição e ensino-aprendizagem de línguas. O tema aqui discutido veio da reflexão sobre as dificuldades encontradas por grande parte dos alunos; seja da EJA como também do ensino regular em avaliação assistemática; o que nos faz comprovar que, mesmo na escola, a maioria dos alunos não consegue ler,

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