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ABREU, Antônio Suárez Técnica de Redação Fichamento

Por:   •  2/4/2018  •  2.217 Palavras (9 Páginas)  •  304 Visualizações

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No texto argumentativo, uma vez definido o tema, deve-se levantar, dentro deste, uma problemática sobre a qual versará a redação: “Um texto argumentativo implica sempre, inicialmente, um tema e um problema. Sobre um tema (...) podemos colocar uma porção de problemas (...). [O autor] Escolhe um deles (...) e o desenvolve.” (Idem, p. 32). Depois disso, formulam-se hipóteses para a solução do problema abordado. A melhor, ou a mais conveniente, delas é transformada em tese, isto é, na ideia central do texto: “As hipóteses são as possíveis respostas que podemos dar como solução de um dado problema. (...) O passo seguinte (...) é escolher a melhor hipótese, que passa a ser batizada (...) com o nome de tese.” (Idem, p. 32-33). Quanto à argumentação, trata-se de selecionar informações que darão sustentação à tese durante o desenvolvimento do texto: “Geralmente, a argumentação se faz atacando as hipóteses rejeitadas e defendendo a escolhida” (Idem, p. 33).

O texto narrativo, segundo o autor, pode ser um simples relato em ordem cronológica, como as atas de reuniões ou relatórios de experiências científicas, ou subordinar-se à estrutura dos motivos ou plots, como é o caso da narrativa literária. De acordo com Abreu, “O plot é uma unidade dramática que se compõe de uma situação, uma complicação e uma solução.” (Idem, p. 34).

5. Macroestrutura do Texto e Uso dos Tempos Verbais, p. 39.

O autor analisa a correlação entre o texto narrativo, que ele denomina de mundo narrado, e os tempos verbais do passado – perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito e futuro do pretérito; e entre o texto argumentativo, chamado de mundo comentado, e os tempos verbais no presente e no futuro do presente.

Após exemplificar, por meio da análise de textos, essas correlações, Abreu aventa outras possibilidades de uso dos tempos verbais nesses dois tipos de texto.

Muitas vezes, utilizamos, entretanto, tempos do mundo narrado no mundo comentado. Isso caracteriza aquilo que Weinrich (1973) chama de metáfora temporal. (...) fizemos menção de que, no texto, ficam marcas da enunciação. A Metáfora temporal é uma dessas marcas. (ABREU, 1991, p. 41)

A metáfora temporal ocorre quando se empregam o presente e o futuro do presente na narrativa e, por outro lado, quando se empregam os tempos do passado e o futuro do pretérito na dissertação.

6. Polifonia e Intertextualidade, p. 45.

A polifonia é a presença de outras vozes, além da voz do autor ou do narrador, no texto. A polifonia pode ser realizada explicitamente, por meio do discurso direto, do discurso indireto e da colocação do leitor como voz no texto; ou com o emprego da intertextualidade (paráfrase e paródia), que pode ser explícita ou implícita. No último caso, no entanto, a percepção da polifonia depende do repertório cultural do destinatário, que deverá perceber a referência ao outro texto.

Quando estamos produzindo um texto, nem sempre somos a única voz presente. Às vezes, colocamos, explicitamente, uma outra voz, por intermédio de processos de citação. É o que se chama polifonia (...)

Muitas vezes, o próprio leitor é colocado como voz no texto (...)

(...) Algumas outras vezes, o autor coloca explícita ou implicitamente, uma outra voz, no texto, cujo entendimento depende de o leitor ter, em seu repertório, conhecimento de um outro texto. É o que se costuma chamar de intertextualidade. (ABREU, 1991, p. 45-46).

7. Impessoalização do Texto, p. 51

O autor define a impessoalização como a omissão dos agentes do texto. De acordo com ele, lança-se mão desse recurso “... ou porque seja redundante explicitá-los [os agentes] ou por não haver conveniência em fazê-lo” (ABREU, 1991, p. 51).

São apresentadas três maneiras de impessoalizar o texto: por meio da voz passiva analítica, que usa o verbo auxiliar ser, mas, para que o texto fique impessoal, sem mencionar o agente da passiva – “A casa foi pintada por dentro e por fora.” (Idem, p. 52); com o emprego da voz passiva pronominal – “Pintou-se a casa por dentro e por fora.” (Idem, p. 52); e fazendo-se uso verbo no infinitivo impessoal e ou no imperativo – “Pintar a casa por dentro e por fora (...) Pinte a casa por dentro e por fora” (Idem, p. 53).

Além dos procedimentos anteriores, também é possível a combinação de dois deles, “Pinte-se a casa por dentro e por fora” (Idem, p. 54) – uso combinado da voz passiva pronominal e do imperativo.

8. Parágrafo. Tópico de Parágrafo e Desenvolvimento, p. 56.

O parágrafo é o segmento textual necessário para desenvolver uma ideia-núcleo. “O parágrafo é uma estrutura superior à frase, que desenvolve, eficazmente, uma idéia núcleo [sic]” (ABREU, 1991, p. 56). Tópico de parágrafo é a frase inicial do parágrafo, a qual contém a ideia-núcleo.

Como exemplos de tópicos de parágrafos, são apresentados: a declaração inicial – “... trata-se de iniciar o parágrafo fazendo uma declaração” (Idem, p. 56); a alusão histórica – “Trata-se de iniciar o parágrafo, fazendo alusão a um fato conhecido, real ou fictício” (Idem, p. 57); a interrogação – “A idéia núcleo do parágrafo é colocada por intermédio de uma pergunta” (Idem, p. 57); e a omissão de dados identificadores, que é a catáfora – “... ocultação de elementos que somente vão aparecer no desenvolvimento do parágrafo” (Idem, p. 57).

Quanto ao desenvolvimento do parágrafo, o autor apresenta as seguintes possibilidades: desenvolvimento por detalhes, por definição, por exemplo específico, por fundamentação da proposição inicial, por comparação.

Segunda Parte, p. 61.

9. Composição do Texto, p. 63.

A partir desse capítulo, objetiva-se a composição de textos concretos, com diversas finalidades, por intermédio do emprego dos elementos fundamentais da textualidade. Para isso, abordam-se a questão da relevância ilocucional para a escolha do tipo textual, dissertativo ou narrativo; e o papel do repertório e da metáfora no processo de esfriamento de textos.

Para Abreu, na prática dificilmente se terá um texto puramente dissertativo, puramente narrativo ou puramente descritivo. Geralmente uma composição mescla esses três tipos. Assim, para que se determine a natureza do texto, é preciso identificar a enunciação.

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