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Resenha: IGGERS, Georg - Desafios do século XXI à historiografia

Por:   •  21/10/2018  •  879 Palavras (4 Páginas)  •  365 Visualizações

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Índia e América Latina se convencionou chamar de giro cultural. Tratemos também da ligação no Ocidente entre o giro cultural e giro linguístico. No cerne de ambos os giros há a crítica da crença comum dos historiadores dos dois séculos anteriores de que pesquisa sistemática permitia saber objetivo. Esse movimento apontava para a necessidade de considerar o significado da cultura e linguagem para as construções conceituais da realidade mutante. Esta nova forma de pesquisa agrega em seu aporte um tom político, remete-se à clamada história vista de baixo, com direcionamento a uma crítica ao papel do capitalismo que mantém e amplia as injustiças sociais. Essa perspectiva é útil em vários aspectos, mas danosa em outros. Útil na perspectiva de consideração dos aspectos culturais e linguísticos, mas danosa no radicalismo culturalista, que despreza os fatores políticos e econômicos.

A tendência na história feminista e de gênero emerge a partir dos anos 1980, marcada pelos objetivos políticos. O paradigma de história vista de baixo permite o trato com a história das mulheres. Temas transnacionais e globais são elencados e se coloca para além das diferenças cravadas no corpo de carne e osso. Outro aspecto de importante problematização é a dissolução da divisão entre público e privado como espaços políticos.

Encontramos ainda a ocupação com a história universal, atenta também as mudanças da ciência histórica em termos transnacionais e transculturais. Discute-se nessa tendência duas principais teorias, a da dependência, atrelada aos efeitos do capitalismo ocidental no mundo e outra menos ligada às questões econômicas, disposta a incluir épocas mais remotas. Há também, de forma próxima a essa perspectiva a história global, mas ligada esta as questões de migração de populações, doenças infecciosas, flutuações econômicas, comércio de longa distância, ou seja, atenta aos processos de globalização.

A tendência de nacionalismo está ligada as diferentes formas de nacionalismos, em que a história se concentra na singularidade de seus espaços. A ligação entre história e ciências sociais deve ser elencada também em seu aspecto de atenção a interdisciplinariedade e a ligação entre ciências sociais e história da globalização na atenção ao capitalismo ocidental e a modernização ligada à expansão do capital financeiro.

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