Os Quilombos e as Novas Etnias
Por: Juliana2017 • 2/12/2018 • 757 Palavras (4 Páginas) • 359 Visualizações
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Ressalta-se ainda que o conceito de quilombo esteja muitas vezes ligado com o contraste e oposição à plantation, motivo pelo qual tudo que envolve o quilombo seria o oposto ao que envolve a grande propriedade, inclusive o espaço e distância geográfica. Todavia, Almeida saliente que é possível encontrar quilombos aos arredores das grandes propriedades, bem como inseridos nelas. Isto decorre muito da perda econômica dos grandes proprietários em decorrência dos golpes do mercado à produção da cana-de-açúcar e do algodão no Brasil.
Assim, impera a necessidade de se abstrair da definição clássica e estagnada de quilombo e passar a visualizá-lo como algo além dos conceitos criados por personagens aquém dos que fizeram parte dessa experiência.
O autor expõe que o principal desafio, atualmente, para se compreender o significado de quilombo, é entender como, historicamente, esses agentes sociais se colocaram frente a seus antagonistas, é entender as suas lógicas, suas estratégias de sobrevivência, é entender como eles estão se colocando hoje ou como estão se auto definindo.
O outro principal ponto levantando pelo autor nessa nova reestruturação étnica é o do uso da terra por esses agentes sociais, que é uso sustentável, tendo um grau de preservação muito maior de que em outras áreas do nosso território, devendo tal forma de uso da terra ser adotada pela sociedade brasileira, é um manejo de terra para ser projetado para o futuro da nossa nação, assim a noção de quilombo não é pretérita e muito menos figura de escavação arqueológica, devendo ser usada como base para um manejo sustentável da terra futuramente.
Dadas às particularidades e complexidades do tema, Almeida limita-se na contribuição de identificar limites, superficialidades e deficiências nos conceitos estratificados, bem como contribui com um rol de ferramentas para se repensar a temática.
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