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O islã no tempo

Por:   •  29/4/2018  •  2.251 Palavras (10 Páginas)  •  322 Visualizações

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Em Medina, a comunidade que foi criada por Maomé, o estado e igreja se confundia, essa confusão foi transferida depois para o estado império muçulmano. Essa complexidade de organização dura até hoje. Isso ocorre porque no Império Bizantino não se conhecia uma separação entre essas duas dimensões ‘’espiritual e temporal’’ que eles viviam era o chamado cesaropapismo, e o Islã toma essa ideia como modelo, mas, muito mais do que o cristianismo ou qualquer outro, o Islã abrange todas as esferas da vida o islã não é apenas uma religião, é também uma comunidade (umma) que regulariza em todos os sentidos da vida e desenvolvimento do indivíduo, passa pela filosofia, educação, pela filosofia, governo, pela relação entre homem e mulher, a vida familiar e pelo comércio. Esse estilo de vida é também conhecido como “xaria” ou caminho certo.

A cominudade do Islã conhecida como umma, tinha um papel de incentivar a participação dos fiéis, para sempre buscar mais conquistas em nome da fé, Maomé era um líder militar também. Por isso esse caráter de guerra é sempre presente no islã. O Islã ele se baseia em um sistema jurídico-religioso.

A expansão muçulmana foi bastante significativa, e teve como principais conquistas primeiramente o Oriente Médio a África do Norte entre outras regiões até mesmo partes da Índia. Hoje em dia o islã é a religião que mais se expande, representando 25% da população mundial. Devemos lembrar que nesse período existia um grande debate sobre a figura de Jesus, com o concilio de Niceia os cristãos chegaram à conclusão que Jesus tinha tanto a natureza divina quanto a natureza humana. Com isso os monofisistas que acreditavam apenas na natureza divina de Jesus foram perdendo espaço no Império Bizantino, e eram taxados de hereges.

O islã veio se expandindo e os monofisistas tiveram o primeiro contato com esses povos, devido as frustações que estavam tendo, e a falta de identidade com os bizantinos, acabaram se convertendo ao islã. Além dos conflitos internos o Império acabou por sofrer baixas no seu território , uma dessas baixas acabariam por acontecer em rotas comerciais importantes que os levaram a buscar novas rotas, assim o comércio favoreceu uma região semi-selvagem e a cidade de Meca.

Com a morte de Maomé em 632 o islã começou a entrar em embates para decidir quem iria suceder o profeta pois ele não deixou nenhuam instrução de quem seria, surgiram duas hipóteses, a primeira a ser considerada era de que a sucessão deveria seguir laços familiares, com isso que assumiria, seria seu genro, casado com sua filha Fátima, Ali ibn Abi Talib. A segunda que foi mais aceita pelos seguidores era de que qualquer islâmico poderia ser o sucessor de Maomé, isso gerou grande alvoroço. Quem assumiu o poder foi Abu Bakr , que era um grande companheiro de Maomé, ele conseguiu consolidar o poder muçulmano sobre os Árabes. Sucedido por Omar Ibn em 634 que conquistou várias regiões, para os muçulmanos, ele foi exemplar através de suas regras rígidas. Quando Ali Ibn subiu ao trono, houve uma grande guerra, que levou ao seu assassinato em 661. Muawiyya fundou assim a primeira dinastia califal a dos Omiadas. Com este derramamento de sangue e a morte a Ali Ibn a ideia de união dos muçulmanos despareceu. Para os seguidores de Ali, Mu’awiyya era um usurpador e não merecia esse cargo, e a partir daí eles fundem o partido de Ali, a xia, vem daí então o surgimento dos xiitas, ramo do islã que acredita que a linha de sucessão deve ser feita a partir da hereditariedade original. Com isso, suas esperanças estavam voltadas para o filho de Ali, Hussein.

Quando Mu’awiyya foi sucedido por seu filho Yazid, em 680, iniciou assim um novo princípio de hereditariedade e uma nova dinastia, com isso uma rebelião dos xiitas se iniciou sob o governo de Hussein. Essa minoria xiita foi rapidamente massacrada em Karbala. Hussein foi decapitado no dia 10 do mês Muharram. Como resultado destes eventos os Omiadas se consolidaram, e se tornaram seguidores da tradição (sunna como é conhecida até hoje) . A xia não foi erradicada do império, e se transformou em seita de oposição, tendo como base suas próprias tradições, onde glorificavam o suposto sacrifício voluntário de Hussein. Sempre militando para que quem assume o império fosse o sucessor de Ali, o Imã. E contestando a legalidade do governo assumido pelos califas.

Muawiyya fundou assim a primeira dinastia califal a dos Omidas. Foi marcado pela transição de uma comunidade religiosa para um estado mais centralizado. Os laços Árabes se enfraqueceram com as elites locais quando expressões de regionalismo foram reprimidas pelo califado

O império Omíada Árabe (661-750) foi um dos mais importantes para os povos muçulmanos, pois o islã deixou de ser apenas uma comunidade religiosa.

Neste império foi caracterizado uma maior tolerância religiosa dos islâmicos para com os chamados, povos dos livros, ou seja, os cristão e os judeus, mesmo esses povos tendo outras religiões, os muçulmanos os respeitavam pelo fato deles possuir um livro sagrado assim como eles, com o Alcorão.

Uma série de embates palacianas marcou o reinado dos últimos Omíadas. Os opositores à dinastia Omíada , durante a qual a religião foi relegada para um segundo plano, uniram-se a um grupo liderado pelos descendentes de Maomé, Abbas, ficando por isso conhecidos como os Abássidas.

A dinastia dos Abássidas foi iniciada com Abu al-Abbas as-Saffah. O seu sucessor, Al-Mansur (754-775), mudou a capital do império em 762 para Bagdade, uma cidade construída para servir esse propósito. Nessa dinastia que foi datada então, de 750 a 1258, houve uma grande mudança no islã, se estabeleceu o direito igual a todos, árabes e não árabes, o que resultou na separação de identidade por todo território. E com esses direitos iguais para os não árabes eles conseguiram chegar nas elites persas, pois a capital havia mudado para Bagdá . Devido a esse multiculturalismo dentro do território, o Imperador decretou que o árabe era a língua sagrada para os muçulmanos em todo o mundo, com o intuito das origens não se perderem . O controle do Califas Abássidas sobre o vasto território do império era ténue e a desagregação política, com o surgimento de várias dinastias em diferentes espaços, foi uma marca quase desde o início, o que gerou problemas que levaram ao seu fim.

Chegamos ao Império Otomano, datado de (1281 a 1924), com esse governo que foi marcado por muitas expansões, A capital era Istambul, antiga cidade de Constantinopla, que já foi capital do Império Bizantino, nesse período as ilhas do mar mediterrâneo foram

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