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O FEMINISMO E A ASCENSÃO DA MULHER AO LONGO DA HISTÓRIA

Por:   •  5/1/2018  •  1.466 Palavras (6 Páginas)  •  490 Visualizações

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Mary Wollstonecraft, na Inglaterra em 1792 escreve ‘Defesa dos direitos da mulher’, exigindo a independência econômica das mulheres e denunciando a falsa igualdade alardeada pelos filósofos iluministas franceses. Eclodem movimentações iguais a estas nos Estados Unidos, no Canadá e no Brasil.

Nos anos 1800 proliferam inventos, inventores, fábricas, oficinas, laboratórios, indústrias. Temos aí a segunda Revolução Industrial, as mães abandonam os lares para trabalhar nestes lugares, gerando consequências drásticas para a vida dos filhos. A desestruturação dos lares, das camadas trabalhadoras e os vícios decorrentes do ambiente de trabalho promíscuo fez crescer os conflitos sociais. A Revolução Industrial incorporou o trabalho da mulher no mundo fabril, industrial e separou o trabalho doméstico daquele remunerado fora do lar. A mulher foi incorporada subalternamente ao trabalho industrial. Em épocas de alta produção juntava-se a mão de obra da mulher e do homem. Em épocas de crise substituía-se o trabalho do homem pelo da mulher (por ser mais barato devido à teoria de fragilidade).

No início século XX temos o feminismo como movimento sócio-político forte, engajado e atuante. A luta do movimento não se esgota na equalização das condições de trabalho entre homem e mulher. Cuida de modificar a concepção naturalizada de que a mulher é mais frágil que o homem. Luta ainda por equiparação de salário, reivindicam direitos trabalhistas, igualdade de jornada de trabalho, locais de trabalho salubres, direito da maternidade, reinvindicação de creches e escolas onde deixar filhos durante a jornada de trabalho.

Durante a I Guerra Mundial a mulher trabalha em regime de quase escravidão nas indústrias de armamentos. A partir dos anos 20 o movimento feminista intensifica a luta pelo sufrágio feminino na Inglaterra espalhando-se por toda a Europa e América Latina. Direito este, conquistado na Nova Zelândia (1983), Finlândia (1906). A luta das sufragistas funde-se a luta do movimento operário. Deste modo o movimento e as militantes alinham-se aos partidos de esquerda, socialistas e comunistas.

Na II Guerra Mundial as mulheres judias foram escravizadas em fábricas, crematórios e dependências da SS nazista. As inglesas e francesas engajaram-se no movimento chamado resistência francesa participando de combates, dos trabalhos de espionagem, em mapeamento geográfico, serviços de informações. Mulheres de outras nacionalidades, em especial, russas e americanas dedicaram-se ao serviço de informação e contrainformação (espionagem), levando e trazendo informações valiosas para os aliados. Brasileiras, australianas serviram ativamente como enfermeiras, principalmente na Itália através da FEB e Real Força Aérea Britânica.

Após a guerra o velho patriarcado tenta algemar novamente as mulheres ao lar e tarefas domésticas...

Lutam por e para manter os direitos adquiridos, neste contexto surge Simone Beauvoir – que denuncia ainda a opressão feminina e estabelece um tratado para as lutas da mulher a partir do pós-guerra. Em seu livro ‘O Segundo Sexo’ (1949) estabelece um existencialismo feminista, ou seja, “não se nasce mulher, torna-se mulher”. Neste momento o movimento feminista embate-se ainda, pela autonomia da mulher, contra os casamentos arranjados, a integridade do seu corpo e direito ao aborto.

A década de 60 traz novas batalhas: a liberação feminina de vestir, andar, escrever, estudar e se expressar livremente. Betthy Friedan com o seu livro ‘Mística Feminina’ insiste na valorização intelectual. Discute-se a presença da mulher na politica.

Atualmente o feminismo busca compreender a desigualdade entre os sexos e mantem seu foco em políticas relacionadas aos sexos, às relações de poder e a sexualidade. Lutam ainda por direitos contraceptivos, violência dentro e fora do lar contra a mulher em todas as faixas etárias.

Nos últimos 150 anos o movimento feminista tem sido responsável por diversas conquistas para a mulher, no entanto, ainda há busca por melhores condições e respostas eficazes... A discriminação contra a mulher não acabou. Ainda se faz presente em países desenvolvidos e em desenvolvimento. A desigualdade de direitos ou até a inexistência deles é desesperadora em sociedades e países da África e da Ásia.

As mulheres hoje detêm pouco mais de 1% da riqueza mundial (segundo censo da OMT e OMS, 2010). Ganham pouco mais de 10% das receitas mundiais e constituem 51 % da população global (segundo dados da OMT, 2010). A mulher continua trabalhando mais do que o homem (considerando a criação da prole e cuidado doméstico). Trabalha 20% a mais que o homem no mundo industrializado e 30% a mais no resto do mundo não industrializado.

A representação feminina em corpos legislativos é de apenas 9% a nível mundial (segundo censo da ISM – Internacional Socialista de Mulheres, 2011). Cresce o percentual de mulheres chefes e mantenedoras de família

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