O ARTIGO FASCINO E NAZISMO NA EUROPA
Por: YdecRupolo • 24/12/2018 • 1.610 Palavras (7 Páginas) • 464 Visualizações
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Dessa forma haviam sido derrotados os dois temores da Republica de Weimar: o desemprego e a inflação, com uma grande intervenção estatal na economia que tinha como principal finalidade de se preparar para a guerra, após o plano de Quatro Anos entrar em vigor esse armamentismo se acelerou mais rápido do que a capacidade econômica de sustenta-lo ocasionando um grande desgaste nas empresas, a inciativa privada passou a ser atacada por empreendimentos estatais custeado por um regime cada vez mais impaciente com a prioridade que o capitalismo conferia ao lucro.
“Os princípios darwinianos que anivavam o regime ditavam que a competição entre companhias e indivíduos permaneceria o principio condutor da economia, assim como a competição entre diferentes agencias do Estado e do Partido seria o principio condutor da politica e administração”[3]
A real intenção que o Furher visava garantir seria a competição das firmas para preencher as metas estabelecidas por sua politica, porem estas se apresentavam contraditórias, de um lado havia um planejamento para enfrentar uma guerra demorada todavia o rearmamento era perseguido de maneira temerária mostrando pouco respeito pelos ditames da autossuficiência nacional, ocasionando um programa de armamento incompleto aliados uma grande escassez de matérias primas.
A corrupção, extorsão, expropriação e roubo inequívoco se tornaram marcas registradas do regime nazista, colocando a pilhagem no cerne da atitude destes em relação ao sustento e bens dos não arianos, sendo os antigos combatentes do partido nazista recompensado com propriedades, renda e dinheiro e o povo era destinado todo o sacrifício de guerra como racionamentos e investimentos forçados em poupanças que beneficiavam o governo.
Essa relação promiscua entre os escalões partidários e o regime nazista fixa exemplificado em vários trechos do texto de Ewans bem como uma evidente corrupção aliada a furto e extorsão quando os lideres nazistas entravam em contato com os indefesos e vulneráveis motivados pelo ódio que sentiam dos judeus, esquerdistas e demais inimigos dos nazistas juntamente com a impunidade para quem cometia esses delitos.
A corrupção ficava velada aos meios de comunicação e não havia instituições que fiscalizassem o partido nazista, pois seus lideres eram avessos a estruturas administrativas formais e poder se tornava um rápido caminho a riqueza de quem tivesse participação no partido.
Na citação abaixo temos claros exemplos[4] de corrupção no alto escalão do partido nazista:
“O ministro de propaganda do Reich Joseph Goebbels, por exemplo, declarou uma renda anual de não mais que 619 reismarks para as autoridades tributarias em 1932. Dentro de poucos anos, porem ganhava 300 mil reismarks anuais em honorários pelos editoriais para a revista semanal o Reich, uma soma fora de qualquer proporção das remunerações jornalísticas de praxe, representando na pratica uma enorme propina anual do editor de revistas Max Amann. De sua parte Goebbels deduzia 20% de seus rendimentos como despesas de trabalho, embora na verdade não tivesse nenhuma. Com esse dinheiro o ministro da Propaganda comprou entre muitas coisas uma vila na ilha Schwanenwerder em Berlim cuja proprietária anterior a médica judia Charlotte Herz foi forçada a vender. Em 1936 a cidade de Berlim colocou outra propriedade a disposição de Goebbels em caráter vitalício no lago Constança, ele então gastou 2,2 milhões de reismarks na ampliação e decoração”[5]
“O mais notório de todos foi Hermann Göring, cuja casa de caça de Carinhall foi ampliada e redecorada ao custo de mais de 15 milhões de reichsmarks em dinheiro dos contribuintes. A manutenção e administração das instalações palacianas custavam pouco menos de meio milhão de marcos, pagos mais uma vez pelos contribuintes; além disso, Göring possuía outra casa de caça no leste da Prússia, uma villa em Berlim, um chalé em Obersalzberg, um castelo – Burg Veldenstein –, e mais cinco casas de caça, sem falar de um trem particular cujos vagões acomodavam dez automóveis e uma padaria em funcionamento, enquanto os aposentos particulares de Göring no trem, ocupando dois vagões inteiros, custaram ao Estado 1,32 milhão de reichsmarks em 1937 antes mesmo da instalação da mobília e acessórios de luxo extravagantes. No mesmo ano, a Associação dos Fabricantes de Automóveis do Reich doou-lhe um iate no valor de 750 mil reichsmarks para uso pessoal. Em todos esses locais, Göring exibia uma grande e sempre crescente coleção de obras de arte, embora a verdadeira oportunidade para desenvolvê-la não surgisse até a guerra. Como as outras lideranças nazistas, ele também conseguiu esconder boa parte de seus rendimentos das autoridades tributárias e obteve isenções maciças para o resto; a evasão fiscal foi facilitada por uma regra de 1939, que estabelecia que os assuntos tributários dos ministros do Reich e dos líderes do Partido Nazista do Reich deveriam ser tratados exclusivamente pelos escritórios financeiros de Berlim central e de Munique do norte, onde podiam estar certos de um tratamento solidário”
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BERTONHA, João Fabio. Fascismo, nazismo e integralismo. SP. Ática, 2004.
SALUN, Alfredo Oscar. Revolucionários e Tiranos. SP. Todas as Musas, 2011.
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