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História da américa

Por:   •  2/1/2018  •  834 Palavras (4 Páginas)  •  235 Visualizações

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2) Quais eram as imagens recorrentes associadas ao papel da mulher nas biografias analisadas pela autora?

Com base na leitura de Maria Ligia Prado, temos várias evidências sobre a participação política das mulheres no processo de independência das Américas. Participação estas, que muitas vezes não obtiveram o seu devido reconhecimento.

Voltando um pouco no tempo, devemos enfatizar que George Mosse traçou, no século XVIII na Europa, o que podemos considerar como sendo os papeis do homem e da mulher perante a sociedade, tendo seus lugares evidenciados e distintos.

Deixando essa questão clara, podemos retomar ao enredo da independência das Américas. Ao homem, era cabível as ações regidas pela razão, movimentados pelo interesse da liberdade, mas também um desejo intrínseco por notoriedade e bens materiais.

Já a figura feminina, que teve papel fundamental nos processos políticos, era atribuída a paixão, o amor, a benevolência, a exemplar mãe de família. Como se a sua razão fosse ofuscada e a sua paixão fosse inflamada pelo amor à pátria, levando-as a acompanharem seus maridos, se engajarem nas tramas políticas e muitas, ainda levando seus filhos consigo.

Suas ações fora do padrão, algumas revolucionárias, como por exemplo Manuela Sáenz, casada até então com um médico inglês, separando-se dele e acompanhando Bolívar em suas campanhas. Mesmo após a morte do revolucionário, ela se recusa a voltar para o marido, que ainda a queria. Tais ações como esta, ou “desvios”, eram justificadas pelo “amor à pátria”, dando enfoque a figura feminina, tranqüila, que zela pelo bem da família e da nação.

Outro ponto chave nessa mistificação da figura feminina era que, durante os atos revolucionários, as nações precisavam de algo que os ligassem, que os fizessem ter um sentimento único e patriótico, e mesmo sabendo que as mulheres tinham um papel além do doméstico, utilizavam-se desse artifício para enredar mais simpatizantes a causa, deixando a pátria como uma grande família, que permanece unida e lutando pela sua independência.

Por fim, após os deveres dedicados a serviço da nação, a mulher deveria retornar aos seus afazeres do lar, ou seja, cuidar dos filhos, lavar, passar, cuidar do marido, para a órbita do privado, para o seu lugar “natural”.

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