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Construção de Identidade: Hip Hop

Por:   •  19/4/2018  •  1.861 Palavras (8 Páginas)  •  271 Visualizações

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6.Conclusão

7.Referencias Bibliográficas

8.Fontes

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Resumo:

Esta monografia enfoca a cultura hip hop e suas subculturas como uma produção artística e literária de setores periféricos que propõe novos encaminhamentos tanto para a noção de “arte” e “cultura” quanto para as questões sociais e políticas objetivas. Essa cultura enfrenta os desafios do fenômeno denominado globalização, a presença da indústria cultural e os avanços tecnológicos, o que permitiu a criação de uma nova e formidável forma de fazer arte bem no centro das tensões e contradições urbanas. A produção artística do hip hop oferece uma forma determinada a questionar as vozes hegemônicas na sociedade, com isso constituindo-se como uma narrativa insurgente, perturbando a ordem que mantém determinadas regiões da cidade (como as favelas, por exemplo) apartadas dos benefícios da “vida moderna”.

Palavra-Chave: Monografia; Hip Hop; Globalização; Questionar; Perturbar.

Abstract:

This monograph focuses on hip hop culture and its subcultures as an artistic and literary production of peripheral sectors that proposes new referrals for both the notion of "art" and "culture" and for social issues and policy objectives. This culture is facing the challenges of the globalization phenomenon called the presence of the cultural industry and technological advances, which allowed the creation of a new and formidable way of making art in the center of tensions and urban contradictions. The artistic production of hip hop offers a certain way to question the hegemonic voices in society, thus constituting himself as an insurgent narrative, disturbing the order that keeps certain areas of the city (such as slums, for example) set apart from the benefits of "modern life ".

Keyword: Monograph; Hip Hop; globalization; question; disquiet.

Introdução

Nascida nas ruas periféricas[1] de Nova York na década de 1970, a cultura Hip Hop vem crescendo a cada dia. Porém quando se fala de cultura, cada indivíduo tem uma interpretação diferente, dado que cultura tem um significado subjetivo, tal como a arte, e por final, no meio dessas subjetividades, algumas culturas são supervalorizadas tanto quanto outras discriminadas pela sociedade.

O preconceito[2] ainda continua sendo um dos grandes males que assolam a humanidade. Pois o mundo até então apresenta uma grande quantidade de pessoas conservativas em seu modo de agir e pensar.

A manifestação da cultura Hip Hop mostra o preconceito e a discriminação presente nos dias atuais, já que o praticante da cultura é taxado como “marginal” ou “favelado”. No entanto o principal fator que leva a discriminação nomeia-se como a falta de conhecimento sobre o assunto.

O Hip Hop é uma cultura de rua, todavia o próprio não deve perde valor por tal consideração, uma vez que o mesmo apresenta além de suas roupas e gírias os alicerces[3] como dança, música e artes visuais.

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História

Os Estados Unidos estava na época de um sistema político profundamente racista com políticas segregacionistas vergonhosas, os negros se encontravam em condições precárias e se rebelavam contra as diversas leis fascistas, como as de Jim Crow[4] e passavam a se mobilizar em defesa de seus direitos civis. A população negra já somava vários milhões de pessoas, e grande parte destes em condições subalternas, vivendo em áreas totalmente periféricas, esquecidas pelo Estado imperialista. As condições impostas principalmente pelo Sul dos Estados Unidos acabaram sendo responsáveis diretas pela migração milhões de negros para o Norte até a década de 70, o que acabou acarretando a criação de imensos subúrbios com falta de infraestrutura, que acabaram sendo vítimas da profunda exploração do país que rapidamente se industrializava. Frente aos inúmeros e intoleráveis problemas na época, muitos militantes começaram a trabalhar para de alguma forma combater as atuais dificuldades, e dois dos mais importantes foram, Malcolm X[5] e Martim Luther King[6], ambos assassinados por lutar pelos direitos dos negros.

Com a morte de Martim Luther King, Malcom X, e a perseguição a qualquer outro militante ou grupo que se destacasse a favor ao movimento negro, a comunidade afro-americana se viu quase que perdida. Ainda que tivessem conquistado algumas coisas através da luta dos que se foram, faltava mudar bastante o cenário para frear a chamada “América Branca” e dar os mesmos direitos também aos negros e a outras minorias e impor um respeito e consciência entre ambos. Na época depois da luta de inúmeros negros destacados em meio aos movimentos, a situação do povo afro-americano tinha melhorado um pouco quando se tratava das leis segregacionistas e direitas civis, entretanto, a qualidade de vida nos guetos ainda continuava profundamente precária e a violência policial ainda ocorria.

Nos anos 70, exilados da América Branca, os negros norte-americanos procuravam lazer da forma que lhes era conveniente, e naquela época, tempos de bastante agitação cultural e mudanças políticas, o Rock and Roll[7] dominava o topo das paradas musicais, entretanto para os negros eram tempos de Soul[8], um ritmo criado por eles mesmos que acabou criando uma importantíssima consciência para o povo afrodescendente. O gênero tinha uma característica bem emotiva e era bastante melódica, possuindo uma postura leve de protesto que acabava colocando-o em um patamar meio politizado. Ainda na mesma época, derivado da mistura de Soul, Jazz[9] e Rhythm[10] and Blues, nasce o Funk, uma nova forma de música rítmica dançante que atingiu grande sucesso. Repleto de vocais e coros de acompanhamento cativante, o novo gênero extremamente energético explodiu mundialmente ao som de James Brown[11], que costumava gritar “Say it loud: Im black and proud!” (Diga alto: sou negro e orgulhoso!), frase de Steve Biko, líder sul-africano. Os EUA presenciavam tempos onde os negros assumiam suas naturalidades e sentiam orgulho de si próprios. Ainda nesta década emergia um movimento que pegaria a comunidade branca de surpresa, o movimento

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