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Benedict Anderson - Comunidades Imaginadas

Por:   •  26/6/2018  •  Resenha  •  965 Palavras (4 Páginas)  •  455 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Instituto de História - IH

Disciplina: História da América II – Integral

Prof.: Rafael Bosisio

Aluna: Viviany A. S. Marinho de Oliveira

Neste capítulo, Benedict Anderson busca explicar que não foi o liberalismo nem o iluminismo os responsáveis por criar a ideia de nação (apesar de estes terem exercido uma certa influência, possibilitando críticas ao Antigo Regime), mas sim os funcionário-peregrinos e a imprensa.

A princípio, é necessário que compreendamos que a língua não era um elemento que os diferenciasse nem o Brasil, nem o os EUA e os outros países hispânicos das respectivas metrópoles imperiais; isso porque, todos estes estados eram formados por crioulos, logo, possuíam a mesma língua e a mesma origem.  Na realidade, nesse momento das primeiras lutas nacionais em busca da libertação, nunca envolveu a questão da língua.

A elite temia as chamadas classes inferiores, pelas recentes revoltas de Tupac Amarú no Perú e de Toussaint L’Ouverture no Haiti. Sendo assim, a última coisa que fariam era tentar conduzi-las à vida política.


A partir daí, começa a questionar-se o porquê de as comunidades crioulas serem as primeiras a surgir com as concepções sobre a condição nacional, bem antes do restante da Europa; e o porquê das colônias mais oprimidas e que não falavam espanhol, deram origem aos crioulos que trouxeram essa ideia de populações integrantes de uma mesma nacionalidade.

Além disso, questiona-se também como um império que possuía três séculos de existência, acabaria por se dividir em dezoito Estados.

As justificativas mais comuns a esses fatos são: o aumento do controle madrilenho e a difusão das ideias do iluminismo. Além disso, a vitória das 13 colônias e a eclosão da Revolução Francesa, também apresentariam sua parcela de contribuição. Entretanto, mesmo sendo fatores cruciais, estes por si só não bastam para explicar tudo.

Os primeiros moldes das unidades administrativas da América, se deram de uma forma um tanto quanto não planejadas e de maneira muito arbitrária. Além disso, a dificuldade na comunicação entre elas facilitou a fragmentação. Somado a isso, ainda temos a política de comércio exercida por Madri, que fez com que as unidades administrativas se transformassem em zonas econômicas distintas, sendo ainda o comércio entre elas proibido.

Para compreendermos como se deu o processo de transformação das áreas administrativas para pátrias na América e no mundo, é preciso observar de que modo as organizações administrativas criam significado.

Quando vigorava o período das religiões, a determinação territorial era feita através da peregrinação que os fiéis de tal religião faziam para Roma, Meca ou Benares. Com a ascensão do regime absolutista, os reis passaram a exercer uma tentativa de unificar o reino que estava fragmentado pelo sistema feudal. A partir daí, surge outro tipo de viagem para demarcar o território. Esse novo tipo era reconhecido quando o funcionário do Rei viajava por uma determina extensão de terras, demarcando-as conforme ia passando e determinando-as como propriedades do reino.

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