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AS REPRESENTAÇÕES FEMINISTAS NO FILME: AS SUFRAGISTAS

Por:   •  19/12/2018  •  13.010 Palavras (53 Páginas)  •  317 Visualizações

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Figura 5: Maud Watts sendo forçada a se alimentar através de sonda nasal. 43

Figura 6: Cena do filme retratando acidente de Emily Wilding Davison, em corrida de cavalo. 44

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

1. HISTÓRIA E GÊNERO 17

1.1. O CONCEITO DE GÊNERO 17

1.2. O GÊNERO DENTRO DA HISTORIOGRAFIA 20

1.3. A PRIMEIRA ONDA FEMINISTA 23

2. CINEMA, HISTÓRIA E O FILME “AS SUFRAGISTAS” 28

2.1. RELAÇÕES ENTRE HISTÓRIA E CINEMA 28

2.2. O FILME “AS SUFRAGISTAS” 33

2.3. ANÁLISE DO FILME 34

CONSIDERAÇÕES FINAIS 46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48

FONTE 50

ANEXOS 51

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INTRODUÇÃO

Em diversas sociedades, homens e mulheres exerceram papéis sociais diversos, porém por muito tempo os historiadores ignoraram a presença da mulher na história, era como se as mulheres estivessem ausentes no processo histórico.

Em muitas sociedades a mulher conviveu com limitações sociais, entretanto, muitas mulheres mostraram e mostram que as suas habilidades e capacidades não podem jamais ser entendidas como inferiores às habilidades possuída pelos homens.

Desde as mais antigas civilizações, a figura da mulher foi encarada com fascínio ou medo, na sociedade ocidental, por exemplo, foi representada como pecadora e adultera ou como santa.

Algumas personagens são emblemáticas, dentro da religiosidade como Eva, considerada a primeira mulher da Terra na tradição judaico-cristã, enganada por uma serpente é considerada como a introdutora do pecado no Mundo, induzindo seu parceiro Adão ao pecado; Maria Madalena, prostituta que teve papel de destaque entre os seguidores de Jesus Cristo, e Maria, mãe de Jesus, que, a despeito da veracidade de sua concepção virginal e de sua santidade, exerceu e ainda exerce uma influência enorme sobre milhões de pessoas.

Nessa historiografia masculina, muitas mulheres se tornaram “invisíveis”, as únicas com menção foram àquelas ligadas a algum evento político.

No Egito Antigo tivemos várias mulheres influentes, entre elas a mais famosa de todas, Cleópatra, cuja persuasão influenciou dois generais de prestígio do Império Romano, Júlio César e Marco Antonio. No período medieval, a mulher de maior representatividade foi Joana D'Arc, vista como assexuada, que chefiou tropas do exército francês na Guerra dos Cem Anos, mas acabou sendo perseguida e morta, acusada de heresia.

Na transição da Idade Média para a Idade Moderna, temos a rainha Isabel de Castela, que, ao lado de seu marido Fernando de Aragão, promoveu a Unificação da Espanha no fim do século XV, expulsando os muçulmanos da Península Ibérica.

Na entrada da Era Moderna, a rainha Elizabeth, da Inglaterra, teve também grande notabilidade, assim como Maria Stuart, da Escócia. Mais adiante, no século XVIII, temos mulheres como Catarina, a Grande, czarina da Rússia de 1762 a 1796, que foi considerada um dos déspotas esclarecidos, isto é, os reis absolutistas que tiveram aberturas para algumas das ideias reformistas propostas pelo Iluminismo.

E não podemos nos esquecer de Olympe de Gouges que defendeu a emancipação das mulheres e reivindicou a igualdade de sexo entre homens e mulheres durante a Revolução Francesa, juntamente com a instituição do divórcio e o fim da escravatura, considerada precursora do feminismo moderno. Ao desdobrar da revolução que tinha por lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, Olympe saiu às ruas e foi determinada o suficiente para criticar os desgostos que trazia saber o Antigo Regime juntamente com os exageros do novo regime, entretanto ela foi presa, acusada por contestar “valores republicanos”, e sem direito a defesa foi condenada a morte na guilhotina, em novembro de 1873. Olympe Gouges é considerada a pioneira do movimento social, denominado, feminismo.

No Brasil do século XIX, várias mulheres romperam com as limitações impostas a elas. Nomes como Anita Garibaldi, que recebeu o apelido de heroína dos dois mundos, ao lutar no Brasil na Revolução Farroupilha e na Guerra dos Curitibanos, e na Batalha de Gianicolo na Itália, ao lado de seu marido Giuseppe Garibaldi; Maria Quitéria de Jesus que foi uma militar brasileira heroína da Guerra da Independência que teve que se disfarçar de homem meses antes para poder lutar contra os portugueses nas batalhas travadas na Bahia, dentro da esfera de poder temos a Princesa Isabel, que governou o Brasil durante as viagens de D. Pedro II.

Porém nem todas as mulheres foram alvo dos holofotes, como é o caso, por exemplo, de Ruby Bradley que era enfermeira na base de Pearl Harbor, capturada logo após o ataque japonês a base e que ficou confinada durante 37 meses, enquanto estava no campo de concentração continuou realizando suas atividades como enfermeira, realizando mais de 230 cirurgias e partos, sem alguma circunstância de higiene apropriada; durante esse período Ruby levava mantimentos e remédios, sem ordem, para os prisioneiros, quando foi liberta em 1945 pesava em torno de 36 kg.

Outra mulher que fascinou com sua biografia foi Lyudmila Pavlichenko, que trabalhou desde adolescente em uma fabrica de armas e munições, aprendendo a manusear uma arma tão bem quanto os oficiais treinados do exército. Ao iniciar a Segunda Guerra Mundial, sentiu o desejo de usar o seu conhecimento em armas e sua eficácia como sniper para defender seu país, onde a principio foi rejeitada pelo exercito, mas por obstinação, teve a oportunidade de passar por um exame. Pavlichenko matou 309 soldados, incluindo 36 snipers alemães.

Existem ainda, muitos outros relatos que não são de conhecimento do grande público, mulheres que ficaram com seus feitos “as margens” da história, entretanto todas foram importantes para a formação de nossa sociedade. Contudo, ao analisarmos os muitos relatos existentes poderemos perceber que as mulheres tinham algo em comum seus direitos não eram igual a dos homens. Muitas mulheres

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