A Primeira Guerra Mundial

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forma, os Estados Unidos entram oficialmente na guerra, formando os Aliados juntamente com a Grã-Bretanha e a França. A decisão foi tomada para evitar uma maior perda de mercado do que já havia sido perdido com a Rússia, dado que a potência americana era a responsável por fornecer armas, alimentos e medicamentos aos soldados da Tríplice Entente.

A batalha segue, assim, até 1918, quando o então presidente norte-americano Woodrow Wilson (1913-1921) apresenta “Os 14 pontos de Wilson”, um plano com o intuito de levar a paz ao continente europeu. O ponto mais importante elaborado por ele foi a “criação de uma Sociedade ou Liga das Nações”, a qual seria responsável por monitorar os conflitos na Europa e evitar que uma nova guerra estourasse. Os Estados Unidos, no entanto, não entram na Liga, pois seu Congresso Nacional acredita que aderir a esta seria ir contra sua política externa tradicional.

Contudo, é apenas no ano de 1919 que os países vencedores se juntam para a criação do Tratado de Versalhes – ou Ditado de Versalhes, como foi chamado pelos alemães. A Alemanha, com este, teria que devolver boa parte dos territórios conquistados ao longo dos anos e passar por uma desmilitarização. Além disso, o país seria obrigado a pagar indenizações por 30 anos e fornecer 40 milhões de toneladas de carvão anualmente aos vencedores da guerra.

Como se já não fosse o bastante, o artigo 231 do Tratado também punia os impérios Austro-Húngaro e Otomano, além da Bulgária, por terem se aliado à Alemanha na batalha. Estes teriam que partilhar seus territórios, o que levou ao fim dos impérios e à criação de novos países independentes.

Tais medidas, entretanto, levaram a uma sede por vingança muito forte que levaria a Segunda Guerra Mundial. Dessa forma, historiadores, como Arno Mayer, professor da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, consideram a Primeira Guerra Mundial uma pequena parte da chamada Guerra dos Trinta Anos. Esta que teria ido de 1914 a 1945, abrangendo os dois grandes conflitos e o entre guerras, vendo-os como um acontecimento único.

Para Mayer, a Grande Guerra não teria surgido por causa do crescimento do capitalismo industrial, mas sim por causa da insistência do Antigo Regime europeu. A elite europeia, com suas atitudes de caráter nobre, teria sido a responsável pelo início do processo que levaria ao fim desse sistema ao tentar provar sua hegemonia política no continente. Muitos outros estudiosos, no entanto, contrariam sua teoria, afirmando que ele teve seu fim ainda no século XVIII por conta do surgimento do Iluminismo.

Desse modo, é possível perceber que a Grande Guerra foi o produto de uma gigante ganância por poder. Ganância essa que não levou país algum a adquirir mais domínios, mas sim à morte de milhões que soldados que deixaram para trás suas esposas e filhos já sem esperanças de dias melhores.