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A Natureza dos homens é a mesma, são seus hábitos que os mantém separados

Por:   •  27/11/2018  •  3.896 Palavras (16 Páginas)  •  459 Visualizações

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existisse um razoável acordo entre os antropólogos sobre o conceito de cultura.

Ainda segundo o antropólogo Alfred Louis Kroeber que em 1950 venho a escrever que “a maior realização da antropologia na primeira metade do século XX foi à ampliação e a classificação do conceito de cultura”. Em 1871, Taylor acaba por definir como cultura todo o comportamento aprendido, tudo que independe de uma transmissão genética.

4. O DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE CULTURA

O conceito de cultura é um dos principais nas ciências humana ponto a antropologia se constituir como ciência quase somente em torno desse conceito. Os antropólogos, desde XIX ,procuram definir os limites de sua ciência por meio de definições de cultura. O resultado é que os conceitos de cultura são múltiplos, e às vezes, contraditórios. O significado mais simples desse termo afirma que cultura abrange todas as realizações, matérias e os aspectos espirituais de um povo. Ou seja, cultura é tudo aquilo que produzido pela humanidade, seja no plano concreto ou no plano imaterial, desde artefatos e objetos até ideais e crenças. Cultura é todo complexo de conhecimentos e toda habilidade empregada socialmente. Além disso, é também todo comportamento aprendido, de modo independente da questão biológica.

5. IDEIA SOBRE A ORIGEM DE CULTURA

A origem da cultura foi uma das primeiras preocupações dos estudiosos. Uma resposta simplificada para isto é que o homem adquiriu cultura a partir do momento em seu cérebro foi capaz de trazer resultados. Esta não é exatamente uma resposta satisfatória, é uma questão que impõe muitas duvidas de como e por que o cérebro se modificou?

Segundo Richard Leackey e Roger Lewin, o inicio do desenvolvimento do cérebro humano começou a partir da vivencia em árvores. Neste caso o faro perdeu muito de sua importância, e trouxe o desenvolvimento da visão combinado com a utilização das mãos acarretou um mundo tridimensional. Poder pegar nos objetos atribuiu um significado próprio.

David Pilbeam acredita que o bipedismo foi o resultado de intimidações seletivas "para o animal parecer maior e mais intimidante para transportar objetos, para utilizar armas e para aumentar a visibilidade. Kenneth P. Oakley destaca que a posição ereta coma a habilidade manual propicia impulsos ao cérebro. Claude Lévi-Strauss discorre que a cultura surgiu a partir da primeira regra, que para ele seria a proibição do incesto. Leslie White antropólogo norte-americano acredita que o homem deixa do seu estado animal quando começa a gerar símbolos.

Todas as civilizações são baseadas em símbolos, sem os eles não haveria cultura o comportamento humano é um comportamento simbólico. Nenhum animal é capaz de compreender símbolos, o significado de um dele só pode ser reconhecido conhecendo a cultura que o criou. Essas são algumas explicações físicas e sociais que resultam que a cultura apareceu de repente um salto da natureza para a humanidade.

Alfred Kroeber diz "exprimir-se, aprender, ensinar e de fazer generalizações partir da infinita cadeia de sensações e objetivos isolados". Que nos remete a uma essência católica em que uma divindade vendo que um animal evoluiu organicamente foi lhe concedido uma alma. Hoje isto é considerado uma impossibilidade a natureza não age por saltos, a cultura foi um processo continuo e incrivelmente lento.

6. TEORIAS MODERNAS SOBRE CULTURA

Uma das principais tarefas da antropologia moderna, se não for a principal é reconstruir o conceito de cultura, que foi segregado por inúmeras reestruturações.

E aqui vai um pequeno compêndio do empenho já aplicado para a conquista de tal objetivo.

É bem verdade que já foram realizados alguns avanços nessa área, devido aos esforços do antropólogo Roger Keesing, que com êxito cataloga as modernas tentativas de obter uma definição exata do conceito de cultura.

Keesing inicia seu trabalho com as teses que consideram a cultura como um sistema para se adaptar. Esta tese foi criada por neoevolucionistas, que apesar de diversas divergências concordam que:

1. "Culturas são sistemas (de padrões de comportamento socialmente transmitidos) que servem para adaptar as comunidades humanas aos seus embasamentos biológicos. Esse modo de vida das comunidades inclui tecnologias e modos de organização econômica, padrões de estabelecimento, de agrupamento social e organização política, crenças e práticas religiosas, e assim por diante."

2. "Mudança cultural é primariamente um processo de adaptação equivalente à seleção natural."

3. "A tecnologia, a economia de subsistência e os elementos da organização social diretamente ligada à produção constituem o domínio mais adaptativo da cultura. É neste domínio que usualmente começam as mudanças adaptativas que depois se ramificam. Existem, entretanto, divergências sobre como opera este processo. Estas divergências podem ser notadas na posição do materialismo cultural, desenvolvido por Mavin Harris, na dialética social dos marxistas, no evolucionismo cultural de Elman Service e entre os ecologistas culturais, como Steward."

4. "Os componentes ideológicos dos sistemas culturais podem ter consequências adaptativas no controle da população, da da subsistência, da manutenção do ecossistema etc."

Depois Keesing aborda as teorias idealistas de cultura, que subdividem se em três abordagens diferentes. A primeira teoria considera a cultura um sistema cognitivo, um produto dos chamados "novos etnógrafos." Essa abordagem destaca-se pelo estudo da análise dos modelos construídos pelos membros da comunidade a respeito de seu próprio universo.

A segunda abordagem considera cultura como sistemas estruturais, ou seja, cultura é um sistema simbólico que é uma criação acumulativa da mente humana.

Keesing é bastante pragmático ao analisar essa abordagem, ele explica que o pensamento humano está subjugado a regras inconscientes, ou seja um conjunto de princípios, assim como a lógica de de contrastes binários, de relações e transformações, que controlam as manifestações empíricas de um respectivo grupo.

A última abordagem considera cultura como sistemas simbólicos. Um dos principais intuitos dessa abordagem era buscar a definição de homem baseada na definição de cultura e portanto contesta a ideia de uma forma ideal de de homem, que decorre do iluminismo e da antropologia clássica.

No que diz respeito a Keesing, o mesmo aborda que Geertz considera a abordagem dos

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