Uma Visão de síntese da perspectiva geográfica

...

Em conta disto o embasamento filosófico de cunho critico fundamentado no historicismo passou a ser fortemente criticado pelos geógrafos teoréticos, esses que baseavam-se em uma geografia mais voltada para métodos matemáticos e estatísticos de compreensão do espaço, ao ver deles, uma maneira mais rigorosa de se analisar o espaço. Essas tendências passaram a ser conhecidas como neo-positivismo, caracterizada por uma construção teorico-quantitativa que tinha como base o uso de técnicas matemáticas a fim de explicar o espaço sem mais essa dicotomia de geografia física e geografia humana. Essa corrente nao foi muito bem aceita por vários geógrafos brasileiros, pois segundos eles os geógrafos teoreticos apresentavam uma composição de conteúdo extremamente abstrata.

A autora ainda destaca a obra de Yves Lacoste "A geografia serve em primeiro lugar pra fazer a guerra", obra essa que na visão de lacoste de que o estado e as grandes empresas eram detentoras de uma visão privilegiada devido as suas intervenções em vários lugares, enquanto o cidadão, não possui assim informações legitimas da realidade por ter apenas uma visão fragmentada do seu cotidiano.

O capitulo do livro se encerra citando que as mais variadas correntes do pensamento geográfico não ocorreram linearmente e que os embates teóricos metodológicos continuaram nas suas frentes da New Geography, da geografia tradicional geografia critica entre outras correntes.

O trabalho das autoras é importante pelo ponto de vista que elas trazem para o leitor uma visão de síntese sobre a geografia na perspectiva historico-dialética, na qual pontua como deve ser a abordagem da matéria em sala de aula e como foi a concepção da geografia ao longo do tempo e as mudanças dela decorrente, uma vez que é traçado a progressão dessa ciencia ao longo do tempo, e com diversos embates o leitor consegue perceber o valor da geografia para o cenário atual e como ela contribui para a difusão do pensamento critico em nossa sociedade.