O Seminário
Por: SonSolimar • 25/4/2018 • 2.965 Palavras (12 Páginas) • 281 Visualizações
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agora faremos menção às subcategorias do gás não convencional, a cartilha do ABRACE menciona que atualmente, se refere principalmente ao gás de xisto, mas existem diversas categorias de gás não convencional, sendo alocado em reservatórios a grande profundidade (deep gas) ou em águas profundas (deep water); em formações pouco permeáveis (tight gas); gás de carvão (coalbed methane); gás de zonas geopressurizadas (geopressurized zones) e hidratos submarinos e árticos.
Em termos mais comuns o Gás natural pode apresentar-se ainda de cinco formas, “Gás Natural Liquefeito (GNL) - É o gás natural liquefeito em escala comercial, por um processo de refrigeração, com redução do seu volume original em até 600 vezes, em Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - É obtido pela refinação do petróleo bruto ou do gás natural, se liquefaz a temperaturas normais e pressões moderadas, sendo armazenado em botijões, o Hidrocarboneto - É um composto constituído apenas por carbono e hidrogênio, o Hidrocarboneto Leve - É o que possui um baixo número de moléculas de carbono e o City Gate - Estações de redução de pressão e medição de gás, em gasodutos. O termo é bastante usado nas referências de preço do combustível, uma vez que normalmente é usado na conexão entre as redes de transporte e as de distribuição”.
A matéria orgânica fóssil também pode ser chamada de querogêneo. Desta forma, se divide em dois tipos: querogêneo seco, proveniente de matéria vegetal, e querogêneo gorduroso, proveniente de algas e material animal (FERREIRA, 2006). No processo de formação do planeta, as transformações da matéria orgânica vegetal, celulose e lignina, produziram o querogêneo seco, o qual ao alcançar maiores profundidades na crosta terrestre sofreu processo gradual de cozimento, transformando-se em linhito, carvão negro, antracito, xisto carbonífero e metano, dando origem às reservas de carvão do planeta (POULALLION, 1986). Já o querogêneo gorduroso não sofreu processo de cozimento, dando origem ao petróleo (ROCHA, 2002).
Segundo a Natural gás “o gás natural é gerado a partir de diversas formações geológicas, cada uma delas, demanda técnicas específicas de extração e produção”. Mas de modo geral, uma vez que o depósito potencial de gás natural é localizado por geólogos e geofísicos, cabe à equipe de perfuração cavar onde houver a maior probabilidade de existência de gás. A localização exata da extração depende de inúmeros fatores, incluindo, por exemplo, a natureza da formação potencial a ser perfurada, as características geológicas da superfície e o tamanho do depósito alvo. Se for confirmada a existência de gás natural, então ele será desenvolvido e a produção se iniciará.
Podemos mencionar, em linhas gerais, que a cadeia produtiva do gás natural, segundo Praça (2003), pode ser dividida em cinco atividades interligadas, sendo a primeira a exploração que consiste no reconhecimento e estudo das formações propícias ao acúmulo de petróleo e/ou gás natural, comprovadas através da perfuração dos poços, na produção na qual o gás natural passa por separadores para a retirada da água e dos hidrocarbonetos no estado líquido sendo que esta pode ocorrer tanto na terra quanto no mar, a pesquisa mostra que em sua maioria a produção brasileira ocorre no mar, no processamento, que ocorre em Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN), onde o produto é desidratado e fracionado, gerando três subprodutos: o gás natural processado, formado a partir do metano e etano, o GLP, originado do propano e do butano e a gasolina natural, depois vem a de transporte, uma das mais críticas do processo, podendo o gás ser transportado no estado gasoso e líquido e por último a distribuição, geralmente realizada através de gasodutos, levando o produto final aos consumidores residencial, comercial, industrial ou automotivo. (apud FIOREZE, 2013)
Ainda segundo os autores, sobre o território brasileiro encontrasse aproximadamente 4,4 milhões de km² em extensão de bacias sedimentares, representando 51,7% da porção territorial, sendo que 18,2% dessas bacias localizam-se no mar. A maior reserva provada de gás natural encontra-se na Rússia, com 27% do total mundial, seguida pelo Irã (15%) e Qatar (14%), ao passo que na América Latina, as maiores reservas estão localizadas na Venezuela (2,4%) e na Bolívia (0,7%) (PRATES et al., 2006).
O gás natural é uma fonte energética que tem um amplo aspecto de aplicações, sendo eles uso como combustível industrial, comercial, domiciliar e residencial, também na recuperação secundária de petróleo em campos petrolíferos; como matéria-prima nas indústrias petroquímica (plásticos, tintas, fibras sintéticas e borracha) e de fertilizantes (uréia, amônia e seus derivados); e na redução do minério de ferro na indústria siderúrgica.
Mesmo com tantas aplicações, ainda há outra forma importante de utilização do gás natural é como combustível na geração de eletricidade, em usinas termoelétricas, em unidades industriais, instalações comerciais e de serviços, e em regime de cogeração (produção combinada de vapor e eletricidade). Este gás pode ser utilizado por diversos segmentos da sociedade, no intuito de melhor a qualidade de vida das pessoas visando o bem comum.
No ramo da indústria, gás natural pode substituir qualquer combustível sólido, líquido ou gasoso frequentemente. É excelente para a produção de cerâmica e em fábricas de vidro, já que este processo que exige a queima em contato direto com o produto final. Podendo ainda, pode ser aproveitado como matéria-prima para os setores petroquímico, siderúrgico e de fertilizantes. No setor comercial, por sua versatilidade pode ser utilizado em restaurantes, academias e churrascarias, nas residências em fogões no aquecimento da água dos chuveiros e piscinas e como combustível automotivo sendo este tido como econômico, de bom rendimento e respeito ao meio-ambiente.
Os limites de inflamabilidade podem ser definidos como as percentagens mínima e máxima de gás combustível em composição com o ar, a partir das quais a mistura não irá inflamar-se e permanecer em combustão. O limite inferior representa a menor proporção de gás em mistura com o ar que irá queimar sem a aplicação contínua de calor de uma fonte externa. Em proporções menores ao limite inferior a combustão cessa quando interrompida a aplicação de calor. O limite superior é a proporção de gás na mistura a partir da qual o gás age como diluente e a combustão não pode se auto propagar. Para o Gás Natural, os limites de inflamabilidade inferior e superior são, respectivamente, 5% e 15% do volume.
O gás natural tem baixos índices de emissão de poluentes
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