Atividade 6ª semana Epistem. 2016 1º semestre
Por: YdecRupolo • 11/4/2018 • 2.614 Palavras (11 Páginas) • 379 Visualizações
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A Geografia Moderna ou Tradicional passou a ser discutida e a tomou novos rumos, a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O movimento de renovação da Geografia surgiu em meados do século 20, apresentando várias vertentes, devido às diferentes concepções de mundo dos autores.
A "Revolução Quantitativa e Teorética na Geografia" surgiu, então, como uma nova corrente na Geografia que passou a ser denominada de “Geografia Quantitativa” ou “Geografia Neopositivista” ou ainda “Nova Geografia”, em 1963, pelo geógrafo Ian Burton.
Ao conceber as múltiplas relações entre os elementos da paisagem como relações matemáticas, meramente quantitativas, tal pensamento trouxe um empobrecimento à Geografia.
Surgiu, na década de 1960, uma corrente preocupada em ser crítica e atuante: A Geografia Crítica ou Radical. Essa nova corrente geográfica assume uma postura crítica radical, pensando nas questões sociais, na luta por uma sociedade mais justa, ao adotar como método de análise o Materialismo Dialético ou Materialismo Histórico.
As demais correntes surgidas do movimento de renovação da Geografia, as chamadas “correntes alternativas”, buscaram incorporar o estudo psicológico e social à Geografia.
Neste contexto, surgem:
- A Geografia Humanística, que emprega a fenomenologia (o estudo da consciência sob o ponto de vista do comportamento humano).
- A Geografia Idealista, que estuda as ações envolvidas pelo pensamento, que levam às atividades humanas.
- A Geografia Têmporo-Espacial, que estuda as atividades do homem segundo o tempo e o espaço traçando ritmos de vida.
- Defina de forma sintética e direta:
Espaço geográfico - é o espaço natural modificado pela ação humana. Em Santos (1978, p. 119) encontra-se a seguinte definição: [...] o espaço geográfico é a natureza modificada pelo homem através de seu trabalho.
Paisagem – é a porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão. Segundo Santos (2008, p.103): [...] A paisagem é um conjunto de formas que, em dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre o homem e a natureza.
Região – etimologicamente, a palavra deriva do latim regere, que significa dominar, reger, assumindo um significado político de poder, implicando a organização do espaço pelos Estados. Sob a perspectiva de Corrêa (2000, p. 45), região é uma realidade concreta, síntese do movimento de produção e reprodução do capital e de todas as suas contradições.
Regionalização – para Rogério Haesbaert (1999, p. 28), a regionalização pode ser vista como um instrumento geral de análise, um pressuposto metodológico para o geógrafo. Coloca-se como um instrumento de investigação da realidade, a partir do qual é possível reconhecer, por meio de determinados critérios, a unidade da diversidade espacial e proceder sua organização e agrupamento.
- Quais as principais mudanças ocorridas na organização do espaço com o desenvolvimento das técnicas de trabalho e de vida em sociedade? Descreva duas mudanças ocorridas após a revolução neolítica e duas mudanças ocorridas após a primeira Revolução Industrial.
A organização do espaço pela sociedade humana é um processo lento, iniciado há milhões de anos. Sabe-se que desde as primeiras formas de vida até o surgimento de vida humana, possivelmente na África do leste, em uma paisagem com reduzidas florestas, muitos milhões de anos se passaram. Pesquisadores consideram isto a partir de vestígios de um habitat ali construído, segundo Gatty (1986, p. 73), são "[...] cabanas cobertas de ramagens ou talvez de peles de animais, cujos esteios para segurar o teto eram apoiados nesses montes de pedras".
Pesquisas arqueológicas dão indícios de uma vida em grupo, baseada em cooperação para caça e transporte de grandes animais, bem como sua partilha utilizando utensílios cortantes. Os estudos apontam para o desenvolvimento de ferramentas ou extensões dos braços e do início da linguagem já no Homo Habilis (LUMLEY-WOODYEAR, 2001).
Num processo de adaptação, chegamos ao Homo sapiens sapiens, segundo Darwin, por efeitos da seleção natural das espécies. GATTY (1986, p. 79) afirma ser a forma do homem atual.
Neste mesmo período, Paleolítico, já se encontra vestígio de traços religiosos.
A criação de utensílios e o domínio do fogo, podem ser apontados como avanços tecnológicos importantes, marcando o domínio do homem sobre a natureza.
O domínio do fogo permitiu mudanças essenciais no modo de vida do homem. Ele passa a utilizar o fogo para aquecer-se, afugentar animais e cozinhar alimentos, passando a viver em cavernas, modificando sensivelmente seus hábitos, inclusive, os alimentares.
O marco principal da passagem para o Neolítico é a sedentarização. Isso ocorreu a cerca de 12.000 anos atrás, na região conhecida como Crescente Fértil, no Vale dos rios Tigre e Eufrates, percebe-se uma verdadeira revolução técnica, com a construção de casas feitas inclusive de tijolos modelados. A produção da agricultura, principalmente nas margens do rio Nilo, após os períodos das cheias do rio, foi decisiva para que os homens melhorassem as técnicas em sua produção e construíssem casas, fixando sua moradia.
O aumento populacional aliado ao aumento da produção de alimentos levou a disputas por produtos e espaços, surgiram, assim, as primeiras aldeias; as relações sociais estreitaram-se e os grupos passaram a organizar o espaço ao redor. Surge o comércio e as relações econômicas e, atreladas a elas, as relações de poder político que desembocaram na formação do Estado.
De acordo com Santos (1978, p. 189):
Um Estado-Nação é essencialmente formado de três elementos básicos: 1. o território; 2. um povo; 3. a soberania. A utilização do território pelo povo cria o espaço. As relações entre o povo e seu espaço e as relações entre os diversos territórios nacionais são reguladas pela função da soberania.
Mais tarde, a organização social e a ocupação do espaço tornam-se mais estruturadas, dando lugar às civilizações. Ocorre a evolução natural das civilizações, através da organização social e espacial, por meio de avanço tecnológico diferenciado.
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