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Resenha critica rene descartes

Por:   •  20/2/2018  •  2.494 Palavras (10 Páginas)  •  482 Visualizações

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Descartes achava que para se obter a verdade era necessário ter experiências na convivência com as pessoas de seu lugar no entanto ele limitava-se a considerar os costumes dos outros homens mas poucos o satisfazia pois nele existiam tanta diversidades como já tinha sido notados anteriormente por outros filósofos, mesmo assim tirou proveito das experiência da convivência com as pessoas que embora para ele parecia extravagantes e ridículas era aprovadas por outros grandes povos mas que isso não deixava utilizar a razão nos seus pensamentos, Descartes deixa bem claro isso, “aprendi a não crer demasiado firmemente em nada do que me fora inculcado só pelo exemplo e pelo costume; e, assim, pouco a pouco, livrei-me de muitos erros que podem ofuscar a nossa luz natural e nos tornar menos capazes de ouvir a razão.” (DESCARTES, 1979, p. 8).

A segunda parte da obra Descartes fala sobre as principais regras do método, Descartes deixa claro a desconfiança em tudo que se foi imposto em seu aprendizado, antes de ter em mente que seria necessário utilizar a razão, a sua razão intemporal onde ele em relação as opiniões que antes ele admitia agora era melhor rejeita-las mesmo que depois ele venha admiti-las novamente mas assim utilizando da razão para provar sua verdade, Descartes dizia que uma obra feita apenas por um homem era melhor de que uma obra feita por vários homens, pelo fato de ter um caminho lógico e não várias correntes de pensamento, ele fala que se nós quando criança se tivéssemos apenas um tutor nossos juízos seriam puros e sólidos mas desde o nascimento tivemos opiniões de várias pessoas que frequentemente divergia uma das outras nos seus conselhos que nos tornamos com esse pensamento com grandes divergências.

E assim pensei que a ciência dos livros, ao menos aquelas cujas razões são apenas prováveis e que não apresentam quaisquer demonstrações, pois se compuseram e avolumaram pouco a pouco com opiniões de mui diversas pessoas, não se acham, de modo algum, tão próximas da verdade quantos os simples raciocínios que um homem de bom senso pode fazer naturalmente com respeito às coisas que se lhe apresentam. (DESCARTES, 1979, p. 9).

Descartes criou essas regras para seu método para que sua epistemologia fosse isento de defeitos, criando assim quatro regras para utilizar no seu método:

A primeira regra é a da clareza e distinção das ideias, evitando a precipitação e só tomar por verdadeiro aquilo que se apresentar claro institivamente ao espírito e que não puder ser duvidado.

A segunda regra é dividir por dificuldades nas menores partes possíveis, onde lembra um pouco a geometria que dividem as equações em pequenas partes para depois resolve-las.

A terceira regra é estabelecer uma ordem de razão, partindo das mais fáceis e mais simples de conhecer para as mais difíceis.

E a última regra é fazer várias enumerações para não correr o risco de omitir nada que seja importante.

Descartes sempre considerou a matemática como a ciência mais próxima da verdade, “considerando que entre todos que, entre todos os que precedentemente buscaram a verdade nas ciências só os matemáticos puderam encontrar algumas demonstrações, isto é, algumas razões certas e evidentes,” (DESCARTES, 1979, p. 14).

A terceira parte da obra Descartes fala sobre a moral que tirou do método, ele fala sobre a dúvida metódica para se chegar a certeza e não duvidar apenas por duvidar, ele conta que formou uma moral provisória porque a moral que poderia ser chamada de definitiva chamais foi demostrada, Descartes tenta com essa moral constituir três máximas para ser seguidas que a primeira era obedecer as leis e os costumes do país dele, lembrando de sua religião que foi instruído desde a infância, e não queria contar para nada a sua própria opinião para que sua dúvida fosse posta a prova tendo assim que seguir as opiniões mais moderadas praticadas pelos mais sensatos daqueles que ele vivia, mas para saber quais eram verdadeiramente as opiniões dos sensatos reparava no que eles praticavam e não naquilo que diziam. A segunda máxima consistia em ser firme nas suas ações e não seguir ações duvidosas ou voltar atrás em uma ação já feita, “quando não está no nosso poder o discernir as opiniões mais verdadeiras, devemos seguir as mais prováveis;” (DESCARTES, 1979, p. 18). O pensamento cartesiano levava a crer que se Deus nos concedeu a luz para discernir o que era o verdadeiro do falso, ele não devia se contentar apenas com as opiniões dos outros e sim utilizar a razão para provar que elas são verdadeiras ou falsas.

Todo o meu intuito tendia tão-somente a me certificar e remover a terra movediça e a areia, para encontrar a rocha ou a argila. O que consegui muito bem, parece-me, tanto mais que, procurando descobrir a falsidade ou a incerteza das proposições que examinava, não por fracas conjeturas, mas por raciocínios claros e seguros. (DESCARTES, 1979, p. 21).

Descartes começa assim a reconstruir tudo que tinha aprendido partindo praticamente do zero, duvidando de tudo que era imposto a ele, mas utilizando a razão para transformar aquelas opiniões inicialmente descartadas em opiniões verdadeiras.

A quarta parte da obra Descartes comenta as provas da existência de Deus e da alma humana que são fundamentos de sua metafisica. Então Descartes age ao contrário da moral e rejeita como falso tudo aquilo que lhe pudesse lhe dar um mínimo de dúvida, tendo então que tudo era falso por formar dúvidas nele, Descartes busca uma verdade absoluta e encontra uma verdade absoluta:

Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu , que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceita-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava. (DESCARTES, 1979, p. 23).

Descartes pensava sobre tudo aquilo que ele duvidava, e como sabia que ele não era perfeito pois tinha em mente que conhecer era perfeição maior que duvidar, ele começou a pensar em algo mais perfeito do que ele e usando sua razão queria achar uma evidencia devia de algo que de fato fosse alguma natureza perfeita.

No concernente aos pensamentos que tinha de muitas outras coisas fora de mim, como do céu, da terra, da luz, do calor e de mil outras, não me era difícil saber de onde vinham, porque, não advertindo neles nada que me parecesse torna-los superiores

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