Reflexão sobre o que é a metafísica de Martin Heidegger

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o ser-ai se sente suspenso porque “ela põe em fuga o ente em sua totalidade. Isto é, “quando ela atinge o ser-ai ela faz com que o nada se manifeste”.

“Na angustia, na medida em que todo ente e o próprio ser-aí se esvaem, o homem vai ao encontro do nada. O próprio nada encontrar-se diante dele. Existência humana (...) é encontrar-se lançado para fora, ser retido no nada. (...) Se a transcendência é um caminhar-se para além de todo ente, um lançar a questão para além de todo ente, então a essência do ser-aí é transcendência em meio ao nada” (STORIG, 2008). Isto é, o ser-aí estar suspenso ao nada coloca o homem além do ente em sua totalidade, ou seja, transcende o ente.

Com isso Heidegger apresenta a própria metafísica: “além do ente enquanto tal”. “Metafísica é perguntar além do ente para recuperá-lo, enquanto tal e em sua totalidade, para a compreensão”. Neste sentido, ela constitui a própria natureza do homem, porque o ser-aí deste, encontra-se suspenso no além e aquém do ente.

Enfim, a ciência não pode mais ignorar o nada, pois não há apenas o ente ou somente o nada. Só no instante de confronto do ser-ai com o nada é que se transcende e se percebe enquanto ente em sua totalidade.

Referencia bibliográfica:

CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

REALE, Giovanni. História da Filosofia, 6: de Nietzsche à Escola de Frankfurt. São Paulo: Paulus, 2005. – (Coleção História da filosofia)

STORIG, Hans Joachim. História geral da Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2008.