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Paidéia platônica – A república e a formação do rei filósofo

Por:   •  22/1/2018  •  1.668 Palavras (7 Páginas)  •  512 Visualizações

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Numa parte da cidade, instalar-se lugares para criar as crianças de peito saudáveis, a cargo de mulheres especialmente destinadas a isso. As mães só terão acesso para amamentá-las, sem conhecer os próprios filhos, pois deverão querer a todos por igual. De certo modo, pretendia unir o Estado como se fosse uma grande família, em que todos os pais se sentissem pais e educadores de todos os filhos, e estes guardassem para com os adultos o mesmo respeito como se fossem seus pais e educadores. Um Estado assim seria o melhor dos estados, por ser mais unido, aquele em que maior quantidade de pessoas entendia por seu.

O Estado ideal que Platão imagina e a cidade-estado. Neste critério coincide com a realidade da vida politica, tal como desenvolvera ao longo da historia da Grécia. Vez ou outra classifica de cidade grega o seu Estado. Não é o maior material étnico que infunde valor à comunidade de Platão, mas a perfeição. Esta se baseia na completa unidade do novo Estado e suas partes. E é a partir disto que se tem que compreender o seu caráter como cidade-estado.

A educação militar dos guardiões constitui uma decepção para o moderno soldado. Este elimina da educação militar tudo o que é técnico e concentra no que é a Paidéia. O que ele se propõe é fazer, dos homens e mulheres do escalão dos guardiões, guerreiros autênticos. Tem, por isso, de começar cedo, quando a alma humana é ainda facilmente moldável. Devem eles ser iniciados na guerra logo desde a infância. Sendo que os filhos dos guardiões não podem receber uma educação pior do que a dos pais.

O Estado ideal de Platão, verdadeira pátria do homem filósofo

O paralelo entre a construção ideal socrática e a imagem do ser humano mais belo indica qual é a verdadeira finalidade visada por Platão na República. O tema desta não é, em primeiro lugar, o Estado, mas sim o Homem e a sua capacidade para cria-lo. O que corresponde antes é o tipo ideal de homem justo. O Estado ideal é apenas o espaço adequado que ele necessita para a edificação da sua forma. O homem perfeito só num Estado perfeito se pode formar, e vice-versa: a formação deste tipo de Estado é um problema de formação de homens. É nisso que se baseia o fundamento da correlação absoluta que existe entre a estrutura interna do Homem e a do Estado, entre os tipos de Homem, e os tipos de Estado.

Por conseguinte quando Platão afirma que sua ficção do Estado ou do Homem ideal é um poema mítico. É sobre este fundo que se deve projetar o Estado ideal e o homem justo da Republica. Se o ideal de um homem justo num Estado perfeito pode se concretizar, a educação a criar aquele tipo será, em última instância, uma questão de poder.

Surge assim a famosa tese platônica segundo a qual não acabara a miséria politica do mundo enquanto os filósofos não se tornarem reis ou os reis não começarem a investigar de forma verdadeiramente filosófica. Para Platão, a tese do reinado dos filósofos nasce da consciência de que é a Filosofia a força construtiva deste novo mundo em gestação, isto é, precisamente aquele espirito que o Estado pretende destruir na pessoa de Sócrates. Só ela, a força que criou o Estado perfeito no mundo do pensamento, é capaz de coloca-lo em pratica, se lhe derem o poder necessário para fazê-lo.

O homem filosófico distingue-se, por ser desconhecido do mundo, de todos os anteriores ideais dos homens, a elevada imagem platônica do homem e da virtude filosófica esta em oposição com a virtude cívica da coletividade, que assim deixa de ser. Depois de o filosofo baixar à resignação da grandeza ignorada e do retraimento perante o mundo, é difícil voltar à ideia do que representa o homem chamado a dominar o Estado futuro.

No átrio da Paidéia dos governantes, Platão coloca simbolicamente a imagem do humano ou do semelhante ao humano como o conteúdo autentico e o autentico sentido do verdadeiro Estado. Sem uma imagem ideal do homem é impossível uma cultura humana. A formação pessoal, a que de momento efetivamente se reduz a Paidéia filosófica, ganha o seu sentido social mais alto, ao ser referir ao Estado ideal possível embora difícil.

CONCLUSAO

A República platônica é antes de tudo, uma obra de formação humana. Não é uma obra politica no sentido habitual do politico, mas sim no seu sentido socrático. No plano estrutural do texto o autor utiliza o método do dialogo onde desdobra a dialética, e questiona posições através de argumentos, pois as ideias são construídas por meio de oposições.

Platão idealiza uma cidade onde seria utilizada a pura racionalidade. Nela encontra discípulos capazes de compreender todas as renúncias que a razão lhes impõe, mesmo quando duras. Os interesses pessoais se encontram com os da totalidade social. A obra não tem como ponto principal a reflexão sobre teoria política. Nesta o filósofo lida, sobretudo com as questões em torno da formação grega, na tentativa de impor uma orientação filosófica de educação.

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