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O manifesto comunista

Por:   •  7/11/2018  •  2.496 Palavras (10 Páginas)  •  306 Visualizações

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e transformadas em relações monetárias. Portanto, na visão deles, todo este avanço tecnológico que a sociedade sofre, causa a desestruturação da mesma, ocasionando uma mudança de comportamento, de visão e de cultura. A burguesia revolucionou os instrumentos de produção, levando a revolução das mudanças de produção, e com isso, todas as relações sociais.

Contribuindo para o entendimento desta visão, a partir da afirmação de Marx e Engels a respeito de que a burguesia invadiu todo o mundo, é notável a dependência da sociedade em relação à esta sociedade transformada. Devido à necessidade de mercados sempre novos, a burguesia precisa existir em toda parte, para explorar e criar vínculos. Portanto, essa transformação ocorreu no mundo inteiro e fez com que todos ficassem dependentes dela. Atualmente, podemos observar o efeito de toda esta transformação com a globalização e as empresas multinacionais.

Marx e Engels afirmam que a burguesia atingiu o campo e a cidade de todas as nações. Mas a adoção do modo burguês ocorreu devido ao medo da ruína total. Ou seja, os autores afirmam que a burguesia obrigou a todos que adotasse o modo de produção deles. Essas nações não tinham saída se não acompanhar este sistema, caso contrário, seriam arruinados. Devido à esta condição, a tendência em todas as sociedades foi a forte urbanização e uma centralização política.

No entanto, com o domínio do modo burguês em todo o mundo, assim que ocorre uma crise, ocorre uma desordem na sociedade inteira. Isso é possível ser observado na atualidade, em momentos de crise financeira. Todo esse sistema interligando todas as partes do mundo, quando sofre catástrofes, atinge todas as partes.

Ainda assim, a burguesia consegue vencer por meio da destruição de forças produtivas e conquista de novos mercados pela exploração. Mas ao mesmo tempo em que há um preparo para crises cada vez mais rigorosas, os meios de evita-las ficam cada vez mais limitados. Marx e Engels afirmam que as armas que a burguesia utilizou para abater o feudalismo voltam-se hoje contra a própria burguesia.

Os autores ainda afirmam que a burguesia também produziu os homens que lutarão contra si, os proletários. Estes só vivem quando tem trabalho e só possuem trabalho enquanto seu trabalho aumenta o capital. Portanto, os proletários são como mercadorias, sujeitos à todas as flutuações do mercado.

É possível compreender também a volta da burguesia contra ela mesma devido ao crescente emprego de máquinas e a divisão do trabalho. Estes tornaram o operário uma simples parte da máquina, fazendo com que o trabalho tornasse mais simples. E por causa disso, a força do homem e o seu trabalho autônomo não eram mais valorizados, levando ao emprego de mulheres e criança. Marx e Engels afirmam que quanto mais aumentava a maquinaria e a divisão do trabalho, aumentava também a quantidade de trabalho. E isso levou ao emprego de condições desumanas de trabalho.

Mas, essa situação não ocorreu de forma silenciosa. Os operários foram se transformando em uma massa única e começaram a lutar. Marx e Engels afirmam que no começo no começo era a luta de operários isolados, depois de uma mesma fábrica, e por fim de um mesmo ramo. Essa unificação é presentada pelos sindicatos que começaram a existir e permanecem até hoje. A característica deste é que atacavam não só o modo de produção como também os instrumentos de produção. E o resultado disso, são trabalhadores unidos e cada vez mais fortes. E esta luta ocorre por causa da burguesia, por isso a burguesia produz a arma que ataca a si própria.

Este primeiro capítulo do livro retrata a transformação da sociedade feudal em sociedade moderna, a qual vivemos atualmente.

1.2 Proletários e Comunistas

Esta seção tem o objetivo de elucidar a posição dos comunistas frente ao proletariado. Para isso os comunistas dizem ser parte do proletariado assim garantindo que não são opostos aqueles feitos por outros partidos operários, que seus interesses não se separam do proletariado geral e que não pretendem modelar o movimento operário.

Afirmam ainda que seus ideais são apenas a manifestação das condições reais das lutas de classes existentes, e que a abolição das relações de propriedade, é algo que não é inerente ao comunismo e que ocorre desde antigamente. Com a revolução francesa, por exemplo, a propriedade feudal foi trocada pela propriedade burguesa, onde o que caracteriza a teoria comunista é sim a abolição da propriedade privada.

O capital também é caracterizado não como uma força pessoal e sim uma força social, pois, é gerado pelo trabalho do proletário. Logo, o capital pertence a todos os membros da sociedade e não como propriedade pessoal que passou a ser social, mas, o que foi mudado foi apenas o caráter social da propriedade, a qual perdeu a classe.

O comunismo afirma que certas organizações sociais devem mudar, assim como a família, a qual o próprio autor fala, a abolição da família, sobre a justificativa de que a família se repousa sobre o capital e sobre o ganho individual, e que em sua grande maioria desapareceriam junto ao capital, caso esse último deixasse de existir.

Os comunistas se autodenominam culpados de pensamentos que levam a equidade entre os sexos e de substituição da educação doméstica pela educação social.

Dizem que os burgueses tratam as mulheres como instrumentos de produção e são acusados de tentar introduzir a sociedade feminina sendo que está sempre existiu.

Outro pensamento comunista é a abolição da pátria e da nacionalidade seguindo o argumento de que uma vez retirados as repressões de um homem sobre o outro não mais existiram repressões de nações sobre as outras.

O Manifesto explica também como deveria ser feita a revolução operaria onde o proletariado é a classe dominante e este usa de sua supremacia para extinguir a pequenos passos o capital burguês e centralizar tal capital nas mãos do estado, e isto só se realizaria com violações dos direitos e relações burgueses, seguindo medidas que variam de pais em pais. Os ideais comunistas pregam a igualdade de direitos e eliminação direitos privilegiados para minorias, apesar de usar métodos considerados radicais assim como é dito no próprio livro diversas vezes, parece ser o melhor modo de igualdade social.

1.3 Literatura Socialista e Comunista

a) Socialismo feudal

A

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