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O PREÇO DO AMANHÃ

Por:   •  20/6/2018  •  940 Palavras (4 Páginas)  •  366 Visualizações

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Marx já nos alertara sobre essa fome por mais “tempo”, (dinheiro):

“O dinheiro é a essência alienada do trabalho e da existência do homem; a essência domina-o e ele adora-a”.

O sistema trabalha justamente para que nossa consciência afirme-se mediante os valores estabelecidos por ele. Fazemos desses valores nossos princípios, fazemos desses princípios nossa realidade, fazemos dessa realidade nosso campo social, contudo, não pertencemos a essa mesma esfera, a esse mesmo campo. Somos subprodutos de um campo que produz em massa uma ideologia que nos ocupa enquanto sujeitos e que produz em nós uma sensação de pertencimento enganosa, fabulosa – como diria Milton Santos. Ficamos presos a tradições que não morreram, apenas trocaram sua roupagem. Mais uma vez busco em Marx a inspiração para falar sobre esse aspecto, afinal, “Os homens fazem a sua própria história, mas não o fazem como querem (…) a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos”.

É justamente contra a tradição que o filme se desdobra, contra as tradições dos grandes monopólios, oligopólios e afins, do mesmo modo como nós deveríamos nos desdobrar. Permanecemos (pelo menos a grande maioria da população) num estado letárgico profundo, numa inércia sem precedentes, enquanto forças simbólicas nos empurram para o único futuro que elas planejaram para nós, nossa falência (morte para ser mais preciso).

E como um dia gritou Marx, o filme parece o parafrasear: Cidadão de todos os povos uniu-vos.

“O relógio não é bom para ninguém. Os pobres morrem e os ricos não vivem. Podemos ser eternos desde que não façamos algo inconsequente.”

O Preço do Amanhã

Qual a sua opinião sobre tudo isso? Será que essa é realmente a nossa realidade? Seria utopia?

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