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O EXPERIMENTO DE APRISIONAMENTO STANFORD A TORTURA EM NOME DA CIÊNCIA

Por:   •  28/11/2018  •  1.499 Palavras (6 Páginas)  •  262 Visualizações

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Aqueles que haviam sido classificados como carcereiros recebiam um cassetete, um óculos escuro que possuía a função de torna-los diferentes dos demais e cada um possuía seu uniforme. Os carcereiros executavam suas atividades em turnos e possuíam condições mais dignas que os internos.

2.4 DO PSICOPATA NO PODER

A psicopatia difere da histeria, pois o psicopata não trata-se de um psicótico, ou ainda de um ser com alguma psicopatologia. A psicopatia é um desvio moral, o psicopata não conserva os sentimentos morais, especialmente quando tange sobre a compaixão ou a culpa. Tais sentimentos são ausentes no seu ser não por desconhecimento, mas sim pelo fato de que o psicopata o vivência de maneira intelectual, como uma mera informação a ser utilizada mas sem seu envolvimento íntimo. Sendo assim, quanto maior for esse seu distanciamento moral maior será seu poder de manipulação sobre os demais membros da sociedade, havendo um poder de manipulação sobre as emoções de tais seres, usando-as para seus próprios fins malignos, criminosos, vis e abjetos. (LOBACZEWSK, 2014)

Ao propósito justamente pelo fato de psicopatas não compartilharem o sentimento de compaixão e culpa conseguem identificar e despertar tais sentimentos em outrem. Nesse caso a ideologia funciona como um vírus que muda o interior do hospedeiro que começa a manipular para seus fins de empoderamento. Assim como dito na obra ponerologia: psicopatas no poder:

“Apesar de suas deficiências de conhecimento psicológico e moral, eles desenvolvem um conhecimento próprio que algumas vezes falta ás pessoas com uma visão de mundo natural. Eles aprendem a reconhecer um ao outro em uma multidão, mesmo quando crianças, e desenvolvem uma ciência da existência de outros indivíduos parecidos com eles.” (LOBACZEWSK, 2014, p.118).

Todavia, o poder dos paranoicos reside no fato que eles escravizam facilmente mentes menos críticas, como por exemplo, as pessoas com outros tipos de deficiências psicológicas, que tem sido vitima da influencia egoístas de indivíduos com distúrbios de caráter e em particular um grande segmento de pessoas jovens.

2.5 DA CONEXÃO ENTRE A EXPERIÊNCIA E A PONEROLOGIA

Temos como objetivo de analise na área da ponerologia o experimento realizado em Stanford, no qual foi propiciado um ambiente similar ao sistema prisional. Tendo como finalidade a aferição da mutação comportamental sofrida pelos encarcerados; assim como trata Foucault, 2014 quando versa sobre sistema prisional: “A característica dessas instituições é uma separação decidida entre aqueles que têm o poder e aqueles que não têm”. Assim como na experiência o sujeito que tem facilidade no acesso ao poder, assim como diz a ponerologia exerce o reconhecimento do mesmo, executando então um controle totalitário sobre o sistema, iniciando atos de violência extrema em face dos prisioneiros como a limitação alimentar, tratamentos vexatórios, o cerceamento do convívio social do encarcerado com seus demais companheiros (solitária), tais castigos eram uma forma de reconhecer e alavancar a superioridade daqueles que momentaneamente possuíam o monopólio do poder. (FOUCAULT, 2007). A cada dia havia a reafirmação do ciclo ponerológico pois que estavam em estado de cárcere eram constantemente reprimidos, resultando em revoltas (rebeliões) até o momento de choques entre os polos, que até então são opostos devido a relação “carcereiro e encarcerado”. Como consequência das rebeliões obtiveram mártires carismáticos como transtornos ponerológicos quem apenas são uma maneira de repelir a perversidade que lhes foi dada. (ARENDT, 1989). Resultam ainda na trágica luta pelo poder totalitário em nome de uma pseudoliberdade e solenidade. “Dizendo que agem em nome de uma ideia mais valiosa, tais pedagogos atualmente solapam os valores que dizem defender e abrem a porta para ideologias destrutivas. (FOUCAULT, 2007, p. 55).

Quando retiramos o básico, deixando a sociedade a mercê do seu estado de natureza primitivo a sociedade passa a se comportar como se primitiva fosse. Torna-se insana a maneira com que o ser é induzido a comporta-se de acordo com as condições externas de onde ela habita. Realizando uma analogia com o que ocorre no experimento é notório que aqueles que monopolizam o poder fazem com que os oprimidos não tenham mais noção de raciocínio, sendo assim não podem mais distinguir a verdade da mentira, são inclinados a aceitar a paralógica e a paranormal dos psicopatas e caractopatas[5]*. (LOBACZEWSK, 2014).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Da observação direta de analise, as transformações geradas pelo totalitarismo soviético na vida e na mente dos seus compatriotas, e da análise dos ícones e líderes daquele projeto de poder totalitário. É assim que Karl Marx aparece como um exemplo de psicopatia esquizoide; Lênin, uma amostra de caracteropatia paranoica e Stálin de caracteropatia frontal. Isto é o suficiente para reconhecer a importância do trabalho de Lobaczewsk. Não para se produzir uma atmosfera tenebrosa e fomentar o desespero. É um passo inicial no esforço para amenizar este estado de coisas, pois a compreensão - semelhante ao processo da psicoterapia - é o princípio da cura da personalidade humana. E para recuperar um senso comum saudável - na esperança de destituir uma patocracia - a busca da verdade é o melhor remédio.

4 REFERÊNCIAS

ARENDT, Hannah. As Origens

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