Focault, Michel. O Nascimento da Medicina Social.

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Por último e um pouco já mencionada, tem-se a medicina da força de trabalho, que surgiu na Inglaterra durante a Revolução Industrial, com o surgimento da classe trabalhadora, considerada pobre e frágil, que, segundo o autor, passaria a ser uma ameaça à saúde da população. Antes da industrialização, a classe proletária era bem menor, por isso não havia muita visibilidade, e com seu aumento, alguns aspectos a tornaram preocupante, como seu número, que consequentemente à sua elevação, há o aumento da sua força enquanto povo que se revolta contra o poder, e sua condição de vida durante o trabalho, que na época era extremamente insalubre. Com isso, o pobre passou a ter destaque, uma vez que exposto a várias doenças, poderia expor outras pessoas e assim sucessivamente, podendo causar proliferações de patógenos. Dessa forma, na Inglaterra foi criada a Lei dos pobres, que protegia os funcionários em questão de saúde, pois os proporcionava vacinas, intervenção no ambiente de trabalho inadequado, entre outros, como protegia as classes ricas, impedindo a proliferação.

Portanto, mesmo que com interesses que não visavam o lado menos favorecido, cada etapa para a socialização da medicina foi de extrema importância, uma vez que propiciou benefícios não vistos antes, como a disponibilidade a uma condição mínima de saúde, visando vacinas, por exemplo. Dessa forma, mesmo articuladas de maneira diferente, é necessária a integralização das três etapas, com o intuito de focar no indivíduo como também no que gera a doença, sem ficar centralizado em apenas um aspecto ou outro.