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Filosofia e Turismo TGT - AD1

Por:   •  14/8/2018  •  1.730 Palavras (7 Páginas)  •  687 Visualizações

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Pitágoras, desta forma, acentua, com esta afirmação, que o desejo de entender o mundo e a humanidade devem partir de iniciativa movida apenas pelo interesse em completar as infinitas lacunas do conhecimento humano, sem que, se transforme em uma mera atividade remunerada ou premiada.

Bibliografia:

- Apostila do Curso de Filosofia - Cederj – O que é a Filosofia? Aula 1.

- Didak. A Vida Examinada (The Examined Life). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HyOAcepjQzQ). Acesso. 22 fev. 2017.

- Quais são as características fundamentais que diferenciam o pensamento mítico e o pensamento filosófico? (20 pontos)

Anterior ao pensamento filosófico, o pensamento mítico buscava as respostas à existência humana e ao mundo que a cercava através do conhecimento obtido pelas tradições, crenças e costumes transmitidos oralmente, por gerações, amparados por intuição, fantasia, desejos e magia. O mito era, continuo sendo e ainda existe como necessidade humana que se tem na tentativa de se controlar o mundo, superando adversidades internas, como o medo e a insegurança.

A verdade concebida no pensamento mítico não obedece à lógica empírica, isto é, não foi experimentada e comprovada cientificamente; não necessita de provas e sustenta-se na intuição, confortando e conformando o homem.

O pensamento filosófico, ao contrário, é marcado pelo inconformismo, pelo incômodo em sempre buscar respostas às indagações fundamentais da vida. Não se detém diante da aparência imediata das coisas e não se satisfaz diante da obviedade e é universal.

Por natureza, a filosofia chega a todas as vertentes das ciências humanas, questionando a humanidade, seu modo de ser, seu mundo, a sociedade, suas práticas (científicas, culturais, artísticas, sociais, técnicas, éticas, econômicas e políticas). Tem a função incômoda de lançar infinitas indagações sobre todas as áreas, ameaçando até mesmo a ordem estabelecida.

Como vimos na primeira questão, o pensamento filosófico significou a ruptura com o pensamento mítico, quando revelou novas formas de explicar a realidade humana. A realidade da nova organização social, cada vez mais comprometida com o mundo concreto, com a intensidade da nova atividade política e com o expansão comercial e monetária, não aceitava mais o apelo aos mistérios e ao sobrenatural.

Mas esse novo caminho não extinguiu a presença do fenômeno mítico. Muitos de seus elementos resistiram ao tempo e à mudança do pensamento humano e permanecem presentes no imaginário da sociedade contemporânea incorporados às superstições, crenças, e fantasias.

Bibliografia:

- Apostila do Curso de Filosofia - Cederj – O que é a Filosofia? Aula 1.

- Apostila do Curso de Filosofia - Cederj – Do saber mítico ao saber filosófico. Aula 2.

- Com base nas suas leituras iniciais, e fundamentado em seu conhecimento sobre o fenômeno turístico, como a Filosofia pode se relacionar com o turismo? Desenvolva um texto autoral com o mínimo de 10 linhas (30 pontos).

Observando a natureza do conhecimento Filosófico e do estudo do fenômeno turístico, encontraremos similaridades básicas. A principal é que as duas disciplinas transitam por inúmeras outras, correlacionando-as de forma sistemática.

A relação da Filosofia com a ciência do Turismo é mesma que se estabelece com outras áreas do conhecimento. Vimos que o conhecimento filosófico permite completar as infinitas lacunas sobre o mundo, sobre a existência humana e de suas relações. Assim, entendendo que o estudo do Turismo também faz parte destas relações e que integra muitas outras ciências, não seria de se estranhar sua afinidade com a Filosofia. “Através desse olhar filosófico, o estudante e/ou o profissional do turismo poderá indagar sobre o que é turismo, enquanto fenômeno complexo que é, compreendendo as relações interpessoais inseridas no contexto social, por exemplo, entre inúmeros questionamentos” (LIMA, 2017).

Mesmo reconhecendo sua importância como atividade de efeito econômico multiplicador, isto é, que acelera outras atividades econômicas e gera indiretamente tantas outras, é inegável que a expansão do fenômeno turístico lança questões incômodas, como os efeitos negativos desta atividade: a desagregação causada pelo intenso movimento de turistas, o aumento de efeitos sociais adversos, a deterioração do meio-ambiente, a descaracterização de culturas, etc.

É preciso, portanto, entender estes fluxos, até mesmo para buscar soluções contra tais ameaças, reduzindo os efeitos negativos e permitindo o desenvolvimento de uma atividade lucrativa, sustentável e consonante com os interesses da sociedade. “Ao analisar o turismo enquanto fenômeno (e, fenômeno filosófico complexo) estamos analisando a temática do turismo associada à reflexão sobre a relação homem e natureza, em suas interfaces com as questões de desenvolvimento (social e econômico), conservação da biodiversidade e inclusão social” (LIMA, 2017).

A sistematização do estudo do fenômeno turístico é recente e atende a um setor que vem registrando um crescimento vertiginoso. O impacto gerado pela relação entre o turista (via de regra, oriundo de uma sociedade de economia forte) e o anfitrião, deve ser motivo de estudos não só com a preocupação de preservar o modo de vida nativo, como também de permitir que se desenvolva uma atividade de importância socioeconômica para aquela comunidade.

Não há como entender estes diferentes cenários e como podem se relacionar através da atividade turística sem um estudo dos fenômenos sociais, antropológicos, econômicos, religiosos e de todas as ciências que se envolvam, sem que se provoque reflexão e argumentação, presentes na atividade teórica, base do pensamento filosófico: “Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência, são questões filosóficas. O cientista parte delas como questões já respondidas, mas é a Filosofia quem as formula e busca respostas para elas” (CHAUI, 2001).

Tais respostas nunca são conclusivas. Sempre haverá condição para novas questões e reflexões. Como atividade dinâmica e multidisciplinar, sujeita a interferências de toda ordem, a o Turismo tal como se vem desenvolvendo,

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