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FILOSOFIA MODERNA – QUESTÃO DO CONHECIMENTO

Por:   •  22/2/2018  •  4.028 Palavras (17 Páginas)  •  349 Visualizações

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Locke dividiu, basicamente em dois tipos de ideias:

- Ideias da sensação: que são nossas primeiras ideias, aquelas que vêm das experiências sensoriais, das sensações, ele entendia por sensação, as ideias de quente, frio, mole, duro, amargo, doce etc. Ideias moldadas pelas qualidades próprias dos objetos externos.

- Ideias da reflexão: Combinações e associações das sensações por reflexão, fazendo com que a mente desenvolva uma série de ideias não obtidas de coisas externas, como a percepção, o crer, o raciocinar, etc., sendo o nosso sentido interno, onde nossa mente olha para si mesma, analisando suas próprias operações.

Com este pensamento, o filósofo transportou suas teorias para o campo sociopolítico, se não existiam ideias inatas, também não poderia existir poder inato (ou de origem divina), como antes era defendido pelos adeptos do absolutismo.

Ele foi um dos primeiros dos tempos modernos a se ocupar com a questão dos papéis sexuais, expressando pensamentos liberais, que vieram durante o Iluminismo francês, na política chamou a atenção para o fato de termos que separar o Poder Legislativo do Poder Executivo, defendendo o princípio da divisão de poderes, Montesquieu (1689-1775), inspirou-se nele para formular a teoria da separação dos três poderes, evitando a tirania e o abuso do poder.

Defendeu também os direitos que constitui a natureza humana (liberdade, vida, bens), e a criação de leis capazes de proteger essa natureza, estes direitos inalienáveis.

Com todo este pensamento e ideias políticas, Locke foi considerado por alguns filósofos, o pai do Empirismo e do Iluminismo, tornou-se um dos inspiradores para a criação de várias constituições, seu pensamento exerceu influência na fundamentação ideológica da democracia liberal burguesa, divisão de valores iluministas como a tolerância religiosa, o respeito pela liberdade individual, o sistema educacional e a livre iniciativa econômica.

Enfim, um filósofo com um grande papel na construção da sociedade moderna.

- Iluminismo, a Luz da Razão (1650-1800)

Foi um movimento cultural que dominou o século XVIII, que passou a ser conhecido como o Século das Luzes, onde segundo seus filósofos este pensamento tinha o objetivo de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.

O iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: liberdade, igualdade e fraternidade. Caracterizado principalmente por creditar à razão a capacidade de explicar racionalmente os fenômenos naturais, sociais e até a crença religiosa. Tem início no Renascimento, despertado pelos filósofos John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727), com a descoberta da razão como ferramenta de compreensão do mundo, e que teve fim, no início do século XIX, coincidindo com o início das Guerras Napoleônicas (1804-1815).

No contexto histórico, o Iluminismo marca o fim da transição entre feudalismo e capitalismo.

O movimento surge em uma época de grandes transformações tecnológicas, conhecido como Revolução Industrial. Houve o desenvolvimento de técnicas de produção, que levaram a um grande desenvolvimento das ciências naturais, pois, para se expandir a produção, era necessário conhecer as propriedades da matéria. Ocorreu então, um desenvolvimento considerável de ciências, como a mecânica, a física e a química, e o surgimento do tear mecânico, da máquina a vapor, entre outras máquinas.

As ciências naturais desenvolviam o método experimental de Francis Bacon, e o método analítico, que era o estudo das partes de um todo, foi introduzido também nas chamadas ciências do homem. Importantes filósofos desse período, que acreditavam que o mundo se baseava em dois elementos, a matéria e a consciência.

A consciência ou a razão humana é a única fonte de conhecimento da natureza e da vida em sociedade. Esse racionalismo, o uso da razão, implicava numa crítica à fé como fonte de conhecimento. Os racionalistas, portanto, se punham contra a religião e a Igreja, onde viam um instrumento de ignorância e tirania.

Nesse cenário, a classe burguesa se fortaleceu e tornou-se uma das maiores incentivadoras dos ideais iluministas, pois, apesar do dinheiro que possuíam, não tinha o poder político devido a sua participação ser limitada.

As principais características do Iluminismo eram:

- Valorização da razão: considerada o mais importante instrumento para se alcançar qualquer tipo de conhecimento.

- Crença nas leis naturais afirma que as relações sociais, como os fenômenos da natureza, são reguladas por leis naturais.

- Crença nos direitos naturais que todos os indivíduos possuem em relação à vida, à liberdade, à posse de bens materiais.

- Crítica à Igreja Católica, embora não se excluísse a crença em Deus: o iluminismo acredita na presença de Deus na natureza e no homem, e no seu entendimento através da razão, mas nega a necessidade de intermediação da Igreja entre o homem e Deus e prega a separação entre Igreja e Estado.

- Valorização do questionamento da investigação e da experiência como forma de conhecimento da natureza, da sociedade, da política e economia.

- Defesa da liberdade política e econômica e da igualdade de todos perante a lei.

- Crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do clero: a doutrina do liberalismo político substitui a noção de poder divino pela concepção do Estado como criação do homem e entregue ao soberano mediante um contrato, o contrato social.

Para os teóricos do Iluminismo o homem é naturalmente bom e todos nascem iguais. É corrompido pela sociedade, em consequência das injustiças, opressão e escravidão. A solução é transformar a sociedade, garantindo a todos a liberdade de expressão, fornecendo mecanismos de defesa contra o arbítrio e a prepotência.

Segundo o Iluminismo, a sociedade deve ser guiada pelo princípio da busca da felicidade. Cabe ao governo garantir os "direitos naturais" como liberdade individual, direito de posse, tolerância e igualdade perante a lei.

Os principais filósofos do Iluminismo são John Locke (1632-1704), Voltaire (1694-1778), Jean-Jacques Rousseau (1712-1778),

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